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VACINA: Butantan solicita testes clínicos da vacina ButanVac na Anvisa
23/04/2021 16h20
Foto: Flick do Governo de São Paulo

(Brasília-DF, 23/04/2021) Nesta sexta-feira, 23, durante a coletiva de prestação de contas do Governo de São Paulo no Palácio Bandeiras, na capital paulista, foi anunciado que o Butantan solicitou à Anvisa( Agência Nacional de Vigilância Sanitária) os testes clínicos da vacina ButanVac.

“O Instituto Butantan enviou hoje à Anvisa a solicitação do início dos testes clínicos da Butanvac. No mês de março, o Instituto Butantan já havia enviado à Anvisa o dossiê do desenvolvimento clínico dessa vacina e agora encaminha o dossiê pedindo o início dos testes para aplicação em humanos da Butanvac”, destacou o vice governaod de São Paulo, Rodrigo Garcia(DEM).

Os testes de fase 1 e 2 com o imunizante em humanos irão começar imediatamente após a autorização por parte do órgão regulador.

“Esperamos ter até o mês de junho, ou julho, pelo menos 40 milhões de doses dessa vacina que estará aguardando o resultado do estudo clínico. Submetemos hoje e aguardamos agora o parecer da Anvisa. Esperamos que isso ocorra dentro do mais curto espaço de tempo possível, dada a urgência do momento”, destacou o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.

Os estudos deverão começar com 1,8 mil voluntários. Já a fase 3, com maior escala de participantes, deverá incluir 9 mil pessoas.

“O Instituto Butantan enviou hoje à Anvisa a solicitação do início dos testes clínicos da Butanvac. No mês de março, o Instituto Butantan já havia enviado à Anvisa o dossiê do desenvolvimento clínico dessa vacina e agora encaminha o dossiê pedindo o início dos testes para aplicação em humanos da Butanvac”, destacou Rodrigo Garcia.

Os ensaios clínicos da nova vacina deverão durar cerca de 20 semanas. Serão feitos com voluntários adultos a partir dos 18 anos de idade. Tanto quem já tomou a vacina quanto quem já teve covid-19 poderá ser incluído nos testes.

Em 26 de março o Butantan encaminhou para a Anvisa o Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento, contendo informações sobre a nova vacina. Desde então técnicos do instituto e do órgão regulador têm mantido estreito contato.

Dimas Covas diz que os resultados dos testes pré-clínicos realizados com animais se mostraram promissores, o que permite evoluir para estudos clínicos em humanos.

Butanvac

A tecnologia da ButanVac utiliza o vírus da Doença de Newcastle geneticamente modificado desenvolvido por cientistas norte-americanos na Icahn School of Medicine at Mount Sinai, em Nova Iorque (EUA). O vetor viral contém a proteína Spike do coronavírus de forma íntegra. O desenvolvimento complementar da vacina será todo feito com tecnologia do Butantan, incluindo a multiplicação do vírus, condições de cultivo, ingredientes, adaptação dos ovos, conservação, purificação, inativação do vírus, escalonamento de doses e outras etapas.

A Doença de Newcastle é uma infecção que afeta aves e, por isso, o vírus se desenvolve bem em ovos embrionados, permitindo eficiência produtiva num processo similar ao utilizado na vacina de Influenza do Butantan. O vírus da doença de Newcastle não causa sintomas em seres humanos, constituindo-se como alternativa muito segura na produção. Ele é inativado para a formulação da vacina, facilitando sua estabilidade e deixando o imunizante ainda mais seguro.

A iniciativa do novo imunizante faz parte de um consórcio internacional do qual o Instituto Butantan é o principal produtor, responsável por 85% da capacidade total, e tem o compromisso de fornecer essa vacina ao Brasil e aos países de baixa e média renda. A produção-piloto do composto já foi finalizada para aplicação em voluntários humanos durante os testes.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)

 

 



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http://politicareal.com.br/noticias/nordestinas/587058/vacina-butantan-solicita-testes-clinicos-da-vacina-butanvac-na-anvisa