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PRESTANDO CONTAS: Depois de falar que Senado cometeu um crime ao país, Guedes diz que sua fala foi um “lamento”
02/09/2020 07h32
Foto: imagem de Streaming

( Publicada originalmente às 16h 50 do dia 01/09/2020) 

(Brasília-DF, 02/09/2.020) Depois de falar que o Senado Federal tinha cometido um crime contra o país ao votar contra o veto do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), que impede que servidores das áreas de educação, saúde e da segurança tenham reajuste salarial até o final do ano de 2.021, como as demais categorias do funcionalismo em todos níveis de governo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira, 1º de setembro, que a sua fala foi uma “expressão” e um “lamento” e pediu para que os senadores relevassem a afirmação.

Um dia após a declaração do ministro, a maioria dos deputados votou favorável ao veto de Bolsonaro e assim manteve a proibição de que o serviço público receba até o fim do próximo ano algum tipo de reajuste salarial. Para o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), o episódio já foi superado. na sequência, o emedebista tocantinense pediu união que as demais reformas de Estado em debate no parlamento sejam aprovadas.

“O que os senhores ouviram, foi o lamento de uma pessoa, a decepção de uma pessoa, depois de acordos públicos entre o Senado, a Câmara e a Presidência, me senti totalmente abandonado e isolado. Como forma de expressão, falei que foi um crime, mas a expressão foi me referindo ao voto, nunca contra o Congresso ou os senadores”, falou o ministro.

“Principalmente ao conforto do presidente [do Congresso, senador] Davi Alcolumbre, que é o autor do requerimento [de convite do ministro, ele] sabe já desta notícia. Então, a partir de agora [que possamos retomar] nossa linha de ação das reformas e de atendimento aos estados e municípios. Ninguém reforma o Estado sem discutir, sem brigar, sem divergir. Mas quando a causa é boa, o resultado é bom para a população”, complementou Eduardo Gomes.

Prorrogação do auxílio

Na oportunidade, Guedes explicou aos senadores as razões que levaram o governo federal prorrogar o auxílio emergencial, atualmente de R$ 600,00, por mais quatro meses no valor de R$ 300,00. Segundo ele, é preciso acomodar este período em que a economia ainda segue atingida pelos efeitos da pandemia do novo coronavírus (covid-19) que já matou mais de 121 mil brasileiros e quase 820 mil pessoas em todo o mundo. Mas permitir as condições de retomada do crescimento.

“O auxílio emergencial estava em torno de R$ 600,00 para 64 milhões de brasileiros. Então, é uma tentativa de aterrissagem suave agora, descendo para R$ 300,00, [em] quatro prestações até o final do ano. Ainda no orçamento de guerra, são mais R$ 80 bilhões, quase R$ 90 bilhões, quer dizer, é bastante, mas mostrando, ao mesmo tempo, que essas são as últimas camadas de proteção que nós estamos lançando. [... E] menos da metade [dos recursos] chegou. Ainda vem 55% dos recursos, daqui até o final do ano. Uma enxurrada de dinheiro até o final do ano. Além disso vem R$ 37 bilhões do FGTS [Fundo de Garantia por Tempo de serviço] que começaram a ser liberados, agora”, complementou o ministro da Economia.

(por Humberto Azevedo, especial para a Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)



Link da notícia
http://politicareal.com.br/noticias/nordestinas/584086/prestando-contas-depois-de-falar-que-senado-cometeu-um-crime-ao-pais-guedes-diz-que-sua-fala-foi-um-lamento