(Brasília-DF, 20/03/2020) O presidente Jair Bolsonaro falou aos jornalistas à porta do Palácio do Alvorada na manhã desta sexta-feira, 20. Ele deu grande destaque, questionado pelos jornalistas, às medidas que os governadores estão tomando por conta da crise do novo coronavirus assim como tratou de afimar que é “zero” problema nas relações com a China, mesmo com as recentes declarações tanto de seu filho deputado Eduardo Bolsonaro como da Embaixada da China

Ele avalia que os governadores estão tomando medidas exageradas e que querem colocar a culpa nele pelo tamanho da crise no país com os efeitos do enfrentamento do novo coronavirus.

"Tem certos governadores que estão tomando medidas extremas que não competem a eles, como fechar aeroportos, rodovias, shoppings e feiras", afirmou Bolsonaro ao deixar o Palácio da Alvorada, nesta sexta-feira.

Ele comentou que a imprensa estava divulgando que ele estava despreocupado com o novo coronavirus, mas que não se pode levar para o extremismo.

“ Vocês tem levando para o lado que estou despreocupado, na verdade a gente não pode levar para o extremismo, pessoas estão acompanhando nas redes sociais, em vários sites, estão preocupado pois quem está em casa não tem como vender nem uma mariola no sinal porque o trânsito diminuiu.Não tem como vender, o pessoal da informalidade, está em casa, está complicado, vai ficar sem alimento. Da nossa parte estamos criando um voucher, é pequeno, mas vamos faze para 20 milhões de pessoas”, disse.

Ele disse que tinha que tranquilizar as pessoas pois senão tudo vai piorar.

“Eu como chefe de Estado não posso dizer: vai morrer tudo mundo. Não podemos entrar nessa situação, do pânico, piora a situação no Brasil. Eu tenho que falar a verdade e transmitir tranquilidade ao povo brasileiro. “, disse.

Ele disse que o vírus mata mas a paralização da economia pode matar pela fome.

“O comério pára e o povo não tem o que comer. O vírus mata sim, mas muitos vão morrer sem comida. A pessoa com a alimentação deficitária é mais propensa a pegar o vírus e complicar a situação sanitária levando até a óbito", afirmou.

Ele continuou a destacar a falat de comida e disse que poderá haver saques.

“ Olha só, Eles(os governadores) vão querer colocar a responsabilidade para cima de mim. A economia está parando, parando, estão tomando medidas, no meu entender, exageradas “   “Daqui a pouco vamos te problemas de saque”, disse.

CHINA

Logo no início da “conversa” com os jornalistas, ele foi questionado sobre a situação com a China. A Política Real vem tratando do assunto desde ontem, 19, face a repercussão que o tema tomou com manifestações de diversas autoridades em apoio a China e contra as acusações feitas pelo deputado Eduado Bolsonaro(PSL-SP) no sentido de que o país asiático seia o responsável pela pandemia.

“Não há problema com a China. Zero problema com a China. Se tiver que ligar para o Presidente Chinês, eu ligo sem problema algum......vocês tem escrito há mais de dois meses que o vírus nasceu na China. Vocês tem dito isso, constatemente”, disse.

Ele foi questionado se achava que a China era a culpada pelo novo coronavirus

“Eu não manifesto minha opinão sobre este assunto.”, disse.

Ele foi questionado se iria pedir desculpas ao Estado e povo chinês.

“Eu fiz alguma acusação? Por que você não pede, desculpa, então? O governo brasileiro está muito bem com a China.”, disse.  Foi uma atitude exagerada do deputado( Eduardo Bolsonaro), perguntaram?

“Pergunta para o deputado. Vocês sabem o que está em jogo nisso....Outra pergunta. Esse assunto é página virada”, disse.

Ele disse que poderá ligar para o Presidente Xi Jinping, mas sugeriu que seria para pedir apoio.

“Se houver necessidade. Bem, tem necessidade muito maior. A questão do vírus. Lá a curva está em descendência, os hospitais estão sendo desativados, certo?! O que foi utilizado para chegar a esse ponto. Se tiver necessidade eu ligarei para o Presidente Chinês, parte do meu ofício é tomar uma atitude como essa”, finalizou.

Virus

Ele foi questionado se iria manter o ritmo de trabalho no Palácio do Planalto, visto que já tem 18 pessoas de sua comitiva na ida aos Estados Unidos com o novo coronavirus(Covit-19)

“Eu estou bem. Talvez até faça mais um( exame para o novo coronavirus). Talvez, recebo orientação médica.”, disse.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)