( Publicada originalmente às 18h 44 do dia 19/11/2019) 

(Brasília-DF, 20/11/2019) O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), aceitou na última quarta-feira, 13, os argumentos apresentados pelo deputado João Henrique Campos (PSB-PE) para que a Casa inicie uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as origens do derramamento de petróleo que desde agosto invadem o litoral nordestino.

De acordo com Maia, o próximo passo agora é a indicação por parte dos líderes partidários para que a referida CPI seja instalada. O requerimento que pede a abertura da CPI teve o apoio de 267 deputados, 96 parlamentares a mais do que o necessário que exige o apoiamento de 171.

O filho do ex-governador pernambucano Eduardo Campos quer saber quem são os culpados pelo “maior desastre ambiental em extensão ocorrido no país”. Ele classificou as ações tomadas até o momento pelo governo do presidente Jair Bolsonaro de “muito ruins”.

“A ação foi muito ruim do governo federal. Ou a não ação. Foi no dia 30 de agosto a data da primeira aparição no estado da Paraíba e logo em seguida no estado de Pernambuco e a gente tem a primeira ação conjunta do Ministério do Meio Ambiente notificando as demais autoridades 41 dias depois, no dia 11 de outubro”, lamentou o socialista pernambucano.

“E aqui o papel da CPI. Nós entendemos que o desastre foi muito grande, agora nós temos que limpar as praias para garantir a alta estação. Então nem se pode menosprezar o tamanho do problema, mas também não pode criar um pânico generalizado que vai afetar toda a cadeia produtiva do Nordeste brasileiro”, complementou. A tradição na Câmara é que o propositor de comissões provisórias tenha o cargo de relator. A Política Real apurou que o MDB deverá ficar com a presidência e que será um parlamentar do Nordeste. O nome cotado no MDB seria o de Isnaldo Bulhões(MDB-AL)

Comissão externa

Por outro lado, uma comissão externa do Senado que já visitou alguns estados nordestinos na última semana visitará agora na próxima quinta-feira, 21, as primeiras praias do Espírito Santo, no Sudeste do País, que também começam a receber as manchas de óleo.

(por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)