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( Publicada originalmente às 22h 43 do dia 09/10/2019)
(Brasília-DF, 10/10/2019) A Câmara Federal instalou nesta quarta-feira,9, Comissão Externa do Pinheiro, destinada a acompanhar os danos causados pelo afundamento do solo nos bairros Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto. O caso chama atenção pois corre um risco de gerar um “desastre maior que Brumadinho”, avaliam especialistas em risco. A comissão será presidida pelo deputado JHC(PSB-AL) e será relatada pelo deputado Marx Beltrão(PSD-AL)
A comissão foi autorizada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM). A criação atende a um requerimento de JHC. A comissão será composta também pelos deputados Tereza Nelma (PSDB-AL)), Rodrigo Augusto (PSB-SP), André Janones (Avante-MG) e Guilherme Derrite (PP-SP).
ENTENDA
Em 8 de maio DE 2019, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) divulgou relatório parcial sobre os eventos ocorridos nos bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro. No documento, as causas do aparecimento de fissuras e rachaduras no bairro do Pinheiro foram atribuídas à extração de sal, tendo sido o problema agravado pelo aumento da infiltração de água de chuva no terreno.
Em função dos desdobramentos decorrentes da divulgação deste laudo, de forma preventiva e seguindo os padrões de segurança aplicáveis, no dia 9 de maio, a Braskem paralisou a atividade de extração de sal e, na sequência, a fábricas de cloro-soda em Maceió, que permanece fora de operação. A empresa não voltará a explorar sal nos três bairros. As plantas de PVC de Alagoas e Bahia estão operando com matéria-prima importada (EDC).
Em março de 2018 houve um abalo sísmico que atingiu a região de Maceió com reflexos no bairro do Pinheiro. A Braskem, divulgou nota dizendo que vem colaborando com as autoridades na identificação das causas e informando com transparência e responsabilidade os estudos realizados por consultores brasileiros e pesquisadores reconhecidos internacionalmente.
Em abril deste ano, a Branken iniciou no bairro do Pinheiro e região ações de melhoria de estruturas, acordadas com o Município de Maceió, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas (Crea-AL) e os Ministérios Públicos Federal, Estadual e do Trabalho.
Essas iniciativas incluem a estruturação da Central de Monitoramento da Defesa Civil com equipamentos de alta tecnologia, inspeção do sistema subterrâneo de drenagem de água pluvial, a instalação de estação meteorológica e dos GPS de alta precisão para detecção da movimentação do solo, a recuperação da pavimentação de vias e a revisão de estrutura de edificações críticas, entre outras ações.
A Política Real apurou que apesar de todas essas ações a insatisfação nos bairros é muito grande o que motivou a representação federal de Alagoas a se movimentar.
( da redação com informações do Instagram e de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)