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(Brasília-DF, 06/09/2014) A classe C brasileira quer mais. Pesquisa de opinião sobre avaliação de serviços públicos e gestão do governo federal em 19 Estados e 154 municípios entre os dias 6 e 12 de agosto, indica que nos últimos doze anos esse segmento – de acordo com o critério da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa – sofreu uma expansão, com uma transferência da classe D para a C. No entanto, nos últimos seis meses, parou de ter ganho. Está é a atual insatisfação da classe C com o atual governo. A análise é do presidente da Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo Lopes de Oliveira. No Nordeste, por conta dos programas sociais do governo federal, há uma diluição dessa percepção. “Essa classe C quer mais”, frisou.
Na opinião de Murilo Hidalgo o grande desafio para quem ganhar a eleição presidencial é qual será a perspectiva a oferecer para esta classe C que hoje se encontra em boa parte endividada. “Esse o grande desafio dos candidatos (as) a presidente”, destacou. Em relação ao embate entre as candidatas a presidente Marina Silva (PSB) e à reeleição, Dilma Rousseff (PT), o que se sente é que a primeira cresceu nas pesquisas com eleitorado antipetista.
Contra e a favor do PT
“Não é anti-Dilma, é anti-PT. Existe hoje uma turma do eleitorado que quer manter o PT no poder e a turma que quer tirar o PT. E ela (Marina Silva) é quem representa hoje, a maior possibilidade de tirar o PT do governo. Por isso, que ela cresceu”, avaliou.
Agora, se Marina Silva se manterá na liderança essa é uma questão que ainda ninguém tem uma resposta. As próximas pesquisas que forem divulgadas deverão sinalizar se Marina Silva conseguirá manter a curva ascendente ou não. Ou seja, se atingiu o teto das intenções de votos.
Para Murilo Hidalgo, se Marina Silva passar credibilidade ao longo da campanha, fazendo com que o eleitorado acredite em seu projeto, ela poderá chegar em condições de vencer as eleições. E se, em contrapartida, passar desconfiança, com certeza ela poderá cair do patamar no qual se encontra. “Ela não ganha”, sintetizou.
Vantagem de Marina
O cenário da eleição presidencial é esse, sem possibilidade de substituições de candidatos, acredita Murilo Hidalgo. “A não ser que Deus tire alguém de novo o cenário é esse.” A vantagem de Marina Silva é que ela está mais identificada com essa classe que Aécio Neves e Dilma Rousseff, segundo Murilo Hidalgo. De qualquer modo, na próxima rodada de pesquisas é que se saberá se Marina Silva se manterá o sofrerá queda no desempenho junto às intenções de voto do eleitorado. “Se ela não cair, começará a ficar ruim para PT”, complementou.
Metodologia
Para a realização desta pesquisa foi utilizada uma amostra de 2.009 habitantes, estratificada por sexo, faixa etária, posição geográfica. O trabalho de levantamento de dados foi feito através de entrevistas pessoais com habitantes maiores de 16 anos em 19 Estados e 154 municípios brasileiros entre os dias 06 a 12 de agosto de 2014, sendo checadas simultaneamente à sua realização em 19,91% das entrevistas.
E a amostra representativa do Brasil atinge um grau de confiança de 95,0% para uma margem estimada de erro de 2,0% para os resultados gerais. Nas análises das questões por localidade, o grau de confiança atinge 95,0% para uma margem de erro de 3,5% para o estrato da Região Sudeste, onde foram realizadas 870 entrevistas, 4,0% para o estrato da Região Nordeste, onde foram realizadas 546 entrevistas, 6,0% para o estrato das Regiões Centro-Oeste + Norte, onde foram realizadas 295 entrevistas e 6,0% para o estrato da Região Sul, onde foram realizadas 298 entrevistas.
Para a seleção da amostra utilizou-se o método de amostragem estratificada proporcional. Conforme o mapeamento do Brasil nas cinco regiões, Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, segundo o IBGE. Essa divisão geográfica foi considerada como primeira estratificação. Dentro de cada região, agruparam-se os municípios em grupos homogêneos, procedendo-se à estratificação proporcional final da amostra.
No âmbito regional, quando a questão estimulada foi proposta aos entrevistados se de uma maneira geral, “com relação ao Brasil o sr. (a) diria que sente”:
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Muito |
Satisfeito |
Nem satisfeito, |
Insatisfeito |
Muito |
Não sabe |
|
Satisfeito |
|
nem insatisfeito |
|
insatisfeito |
|
|
|
|
|
|
|
|
Norte / Centro-Oeste |
4,5% |
23,4% |
19,7% |
36,2% |
15,4% |
0,9% |
Nordeste |
3,4% |
26,7% |
19,1% |
38,8% |
11,8% |
0,2% |
Sudeste |
2,1% |
20,9% |
22,2% |
43,3% |
11,2% |
0,3% |
Sul |
1,6% |
27,7% |
24,1% |
30,0% |
15,7% |
0,8% |
|
|
|
|
|
|
|
Quando a questão foi “Pensando no Brasil o sr (a) diria que está”:
|
Muito otimista |
Otimista |
Nem otimista, |
Pessimista |
Muito |
Não sabe/ |
|
com relação |
com relação |
nem pessimista |
com relação |
pessimista com |
não opinou |
|
ao futuro do |
ao futuro do |
com relação ao |
ao futuro do |
relação ao |
|
|
Brasil |
Brasil |
futuro do Brasil |
Brasil |
futuro do Brasil |
|
|
|
|
|
|
|
|
Norte / Centro-Oeste |
4,4% |
34,3% |
24,7% |
25,7% |
9,5% |
1,4% |
Nordeste |
4,1% |
29,1% |
23,8% |
29,3% |
11,3% |
2,5% |
Sudeste |
2,1% |
29,8% |
26,4% |
33,5% |
6,9% |
1,4% |
Sul |
2,7% |
34,4% |
23,1% |
25,0% |
11,7% |
3,2% |
|
|
|
|
|
|
|
Já quando a questão foi “Quais dessas áreas o próximo presidente (a) deveria dar mais atenção?”:
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Não sabe |
Nenhuma |
Saúde |
Educação |
Segurança |
|
|
|
|
|
pública |
|
|
|
|
|
|
Norte / Centro-Oeste |
1,4% |
0,5% |
47,6% |
13,4% |
11,1% |
Nordeste |
1,3% |
0,0% |
49,4% |
14,5% |
14,9% |
Sudeste |
0,1% |
0,1% |
51,3% |
16,9% |
10,5% |
Sul |
1,8% |
0,2% |
49,9% |
13,1% |
13,9% |
|
|
|
|
|
|
Continuação:
|
Combate a |
Drogas |
Geração de |
Outras citações |
|
Corrupção |
|
Empregos |
|
|
|
|
|
|
Norte / Centro-Oeste |
9,1% |
6,1% |
3,8% |
6,9% |
Nordeste |
6,0% |
7,3% |
3,1% |
3,5% |
Sudeste |
6,6% |
5,5% |
3,5% |
5,5% |
Sul |
6,2% |
6,1% |
0,5% |
8,3% |
|
|
|
|
|
Sobre a avaliação da Presidenta Dilma Rousseff:
|
Ótima |
Boa |
Regular |
Ruim |
Péssima |
Não sabe/ |
|
|
|
|
|
|
não opinou |
|
|
|
|
|
|
|
Norte / Centro-Oeste |
5,4% |
22,7% |
36,4% |
16,3% |
18,0% |
1,1% |
Nordeste |
6,7% |
27,0% |
40,1% |
10,6% |
14,8% |
0,8% |
Sudeste |
5,0% |
19,0% |
39,1% |
13,7% |
22,3% |
0,9% |
Sul |
3,8% |
20,3% |
39,0% |
16,4% |
18,6% |
1,9% |
|
|
|
|
|
|
|
Na resposta à questão: “De uma maneira geral o sr. (a) diria que aprova ou desaprova a administração da presidenta Dilma Rousseff até agora?”
|
Aprova |
Desaprova |
Não sabe/ |
|
|
|
Não opinou |
|
|
|
|
Norte / Centro-Oeste |
41,4% |
53,2% |
5,4% |
Nordeste |
54,1% |
42,4% |
3,5% |
Sudeste |
38,2% |
57,2% |
4,6% |
Sul |
42,3% |
52,8% |
4,9% |
|
|
|
|
No tocante á questão: “Qual dessas áreas o sr. (a) considera que a administração da presidenta Dilma Rousseff está indo melhor que a administração Lula?”
|
Não sabe |
Nenhuma |
Habitação |
Geração de |
Educação |
Saúde |
Área |
|
|
|
|
empregos |
|
|
social |
|
|
|
|
|
|
|
|
Norte / Centro-Oeste |
7,0% |
27,1% |
12,7% |
8,7% |
6,6% |
4,0% |
4,8% |
Nordeste |
9,2% |
24,6% |
10,3% |
8,4% |
8,5% |
7,4% |
4,9% |
Sudeste |
8,8% |
26,5% |
9,2% |
8,3% |
8,1% |
5,9% |
6,9% |
Sul |
11,8% |
23,2% |
9,2% |
9,9% |
8,4% |
7,6% |
4,2% |
|
|
|
|
|
|
|
|
Continuação:
|
Combate a |
Segurança |
Infraestrutura |
Transporte |
Apoio a |
Outras |
|
Corrupção |
pública |
|
público |
agricultura |
citações |
|
|
|
|
|
|
|
Norte / Centro-Oeste |
5,5% |
3,5% |
3,6% |
3,2% |
4,3% |
9,1% |
Nordeste |
5,6% |
3,4% |
1,7% |
2,8% |
3,3% |
9,8% |
Sudeste |
3,9% |
4,1% |
4,4% |
3,9% |
1,9% |
8,3% |
Sul |
6,7% |
3,4% |
2,9% |
2,8% |
4,7% |
5,2% |
|
|
|
|
|
|
|
No caso da opinião sobre qual área que Dilma Rousseff está indo melhor que Lula:
|
Não sabe |
Nenhuma |
Saúde |
Segurança |
Educação |
|
|
|
|
pública |
|
|
|
|
|
|
|
Norte / Centro-Oeste |
4,1% |
2,9% |
39,5% |
15,3% |
6,5% |
Nordeste |
6,7% |
7,1% |
33,0% |
18,5% |
5,1% |
Sudeste |
3,9% |
4,3% |
44,3% |
11,1% |
9,2% |
Sul |
7,6% |
5,0% |
31,9% |
17,5% |
5,8% |
|
|
|
|
|
|
Continuação: |
|
|
|
|
|
|
Combate à |
Drogas |
Geração de |
Transporte |
Outras |
|
Corrupção |
|
empregos |
público |
Citações |
|
|
|
|
|
|
Norte / Centro-Oeste |
7,8% |
7,3% |
1,9% |
2,8% |
11,9% |
Nordeste |
4,9% |
7,6% |
4,6% |
4,1% |
8,5% |
Sudeste |
5,5% |
4,0% |
3,7% |
3,1% |
11,0% |
Sul |
8,8% |
5,6% |
3,0% |
2,8% |
12,1% |
|
|
|
|
|
|
Em relação à situação econômica do entrevistado e de sua família, nos últimos seis meses, melhorou muito; melhorou; nem melhorou nem piorou; piorou ou piorou muito?
|
Melhorou |
Melhorou |
Nem melhorou, |
Piorou |
Piorou muito |
Não sabe |
|
muito |
|
nem piorou |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Norte / Centro-Oeste |
1,5% |
22,7% |
54,0% |
16,4% |
5,5% |
0,0% |
Nordeste |
1,6% |
22,4% |
52,4% |
18,1% |
5,6% |
0,0% |
Sudeste |
1,2% |
25,9% |
49,1% |
19,7% |
3,9% |
0,2% |
Sul |
1,2% |
19,6% |
54,5% |
20,7% |
4,0% |
0,0% |
|
|
|
|
|
|
|
Em relação à situação econômica do entrevistado e de sua família, nos últimos seis meses, melhorou muito; melhorou; nem melhorou nem piorou; piorou ou piorou muito?
|
Melhorou |
Melhorou |
Nem melhorou, |
Piorou |
Piorou muito |
Não sabe |
|
muito |
|
nem piorou |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Norte / Centro-Oeste |
6,8% |
53,0% |
25,0% |
12,2% |
2,6% |
0,3% |
Nordeste |
5,5% |
49,4% |
31,8% |
10,1% |
3,0% |
0,2% |
Sudeste |
5,6% |
45,3% |
33,6% |
13,9% |
1,4% |
0,3% |
Sul |
4,7% |
56,3% |
25,6% |
10,9% |
2,1% |
0,3% |
|
|
|
|
|
|
|
Alta de alimentos
Quando o entrevistado foi perguntado se nos últimos seis meses notou que os preços dos alimentos subiram:
|
Não |
Sim |
Não sabe |
|
|
|
|
Norte / Centro-Oeste |
4,0% |
95,6% |
0,4% |
Nordeste |
7,2% |
92,8% |
0,0% |
Sudeste |
5,2% |
94,8% |
0,0% |
Sul |
6,4% |
93,2% |
0,5% |
|
|
|
|
(Por Maurício Nogueira, especial para Agência Política Real, com edição de Valdeci Rodrigues)