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STF decide que ministro Alexandre de Moraes será o relator da ação que deseja anular decisão do Congresso que tornou sem validade decreto de Lula sobre IOF
30/06/2025 16h10
Foto: Arquivo Política Real/

(Brasília-DF, 30/06/2025). Por decisão do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), foi designado que o ministro Alexandre de Moraes será o relator da ação na qual o PSOL busca anular as votações da Câmara dos Deputados e do Senado que derrubaram o decreto editado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para aumentar as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

A princípio, a ação, ainda na sexta-feira, 27, foi distribuída para o ministro Gilmar Mendes, o decano da Corte. Mendes, porém, afirmou que o caso deveria ser analisado por Alexandre de Moraes, que já atua como relator de outras ações sobre a questão.

Barros, no despacho proferido, concordou que Moraes deve comandar o processo.

"A análise do tema exige que primeiro se delimite se o Presidente da República exerceu seu poder dentro dos limites regulamentares ou da delegação legislativa. Diante do exposto, determino a redistribuição do processo para o ministro Alexandre de Moraes", decidiu.

Iniciativa

O PSOL protocolou uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) no STF para derrubar a deliberação do Congresso sobre o decreto do IOF.

O partido, que faz parte da base do governo, reconhece que a Constituição autoriza o Congresso a sustar medidas do Executivo. Contudo, a legenda diz que a suspensão só pode ocorrer nos casos em que houver exorbitância do poder regulamentar do presidente da República.

Segundo a legenda, o decreto apenas alterou as alíquotas do IOF, "não havendo qualquer desrespeito ao limite de atuação normativa".

"O Congresso Nacional, ao sustar o Decreto nº 12.499/2025, por meio do DL 176/2025, sem a devida demonstração de exorbitância de poder normativo, violou os próprios limites fixados no art. 49, V, da Constituição. O STF, inclusive, já declarou inconstitucional decreto legislativo editado nessas mesmas condições, como se verifica no julgamento da ADI 5744", argumenta o partido.

Decreto

O decreto fazia parte de medidas elaboradas pelo Ministério da Fazenda para reforçar as receitas do governo e atender às metas do arcabouço fiscal. No fim de maio, o presidente Lula editou um decreto que aumentava o IOF para operações de crédito, de seguros e de câmbio. Diante da pressão do Congresso, o governo editou, no início de junho uma medida provisória com aumento de tributos para bets (empresas de apostas) e para investimentos isentos.

A medida provisória também prevê o corte de R$ 4,28 bilhões em gastos obrigatórios neste ano. Em troca, o governo desidratou o decreto do IOF, versão que foi derrubada pelo Congresso nesta semana.

( da redação com informações e textos da Ag. Brasil. Edição: Política Real)

 

 

 

 



Link da notícia
http://politicareal.com.br/noticias/derradeiras/603620/stf-decide-que-ministro-alexandre-de-moraes-sera-o-relator-da-acao-que-deseja-anular-decisao-do-congresso-que-tornou-sem-validade-decreto-de-lula-sobre-iof