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(Brasília-DF, 17/06/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em queda e no Brasil não haverá divulgação de importantes índices nas véspera da divulgação de comunicado do Copom.
Veja mais:
Mercados globais
Nesta terça-feira, os futuros dos Estados Unidos operam em queda (S&P 500: -0,6%; Nasdaq 100: -0,6%), com investidores monitorando os desdobramentos do conflito entre Israel e Irã e aguardando os dados de vendas no varejo e a decisão de juros do Fed nesta quarta-feira.
As taxas das Treasuries sobem levemente (10 anos: +2bps para 4,45%; 2 anos: +1bp para 3,97%), com os mercados reprecificando o risco geopolítico. A expectativa majoritária ainda é de manutenção da taxa pelo Fed nesta reunião.
Na Europa, as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -0,9%), com destaque negativo para o FTSE 100 (-0,5%), mesmo após o anúncio de um novo acordo comercial entre EUA e Reino Unido. Ações do setor aeroespacial e automobilístico, que poderiam se beneficiar do corte de tarifas, têm pouca reação.
Na Ásia, os mercados fecharam mistos. Na China, as bolsas fecharam mistas (CSI 300: estável; HSI: +0,3%). No Japão, o Nikkei subiu 0,6%, após o Banco do Japão manter os juros inalterados em 0,5% e sinalizar que reduzirá o ritmo de compras de títulos a partir de abril.
IBOVESPA +1,49% | 139.256 Pontos. CÂMBIO – 1,01% | 5,49 /USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de segunda-feira em alta de 1,5%, aos 139.256 pontos. No cenário internacional, o Irã sinalizou, por meio de canais diplomáticos, maior disposição para retomar negociações sobre seu programa nuclear. Como resultado, os mercados globais se recuperaram das perdas da última sexta-feira (13) (S&P 500 +0,9%; Nasdaq +1,4%) e o preço do petróleo recuou (Brent -1,4%). O real continuou a se valorizar frente ao dólar, com a cotação da moeda americana saindo de R$ 5,54 para R$ 5,49 (-0,9%), o menor patamar dos últimos oito meses.
A Embraer (EMBR3, +5,3%) ficou entre os destaques positivos do dia na Bolsa brasileira, refletindo o anúncio de um pedido de Portugal para a aquisição de um KC-390, em meio ao Paris Air Show. Na ponta negativa, destaque para as petroleiras Prio e Petrobras (PRIO3, -1,8%; PETR4, -1,0%), acompanhando a queda no preço do petróleo.
Nesta terça-feira, o destaque da agenda será a divulgação dos dados de vendas no varejo e da produção industrial de maio nos EUA. O foco da semana segue sendo as decisões de política monetária ao redor do mundo, com atenção especial para o Brasil e os EUA na quarta-feira, e para a China e o Reino Unido na quinta-feira.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de segunda-feira com abertura nos vértices curtos, e fechamento na parte longa da curva. No cenário internacional, os investidores ficaram mais otimistas com a diminuição das tensões entre Israel e Irã, após notícias apontarem que o governo persa estaria disposto a negociar com os EUA sobre seu programa nuclear.
No Brasil, além dos efeitos vindos do exterior, o mercado seguiu dividido quanto ao próximo movimento do Banco Central na quarta-feira, no qual se precifica a elevação de 25 bps (60% das apostas) e a manutenção dos juros (40%). A votação da urgência sobre o decreto do IOF também seguiu no radar. Na curva americana, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,97% (+2,5bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,45% (+5,0bps). DI jan/26 encerrou em 14,88% (+4,3bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,17% (+0,4bp); DI jan/29 em 13,47% (- 5,5bps); DI jan/31 em 13,61% (- 5,6bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) fechou a segunda-feira em alta de 0,38%, mantendo a tendência positiva do final da semana passada. Com isso, a queda acumulada do índice no mês foi reduzida para 0,84%. Tanto os Fundos de Papel quanto os FIIs de Tijolo registraram desempenhos médios positivos na sessão, com altas de 0,40% e 0,30%, respectivamente. Entre as maiores altas do dia estiveram KIVO11 (2,2%), JSAF11 (2,0%) e BTAL11 (1,5%). Já RBFF11 (-1,8%), SNCI11 (-1,3%) e SPXS11 (-1,3%) registraram as maiores quedas.
Economia
No Brasil, o IBC-Br – prévia do PIB do Banco Central – avançou 0,2% em abril na comparação com março, resultado em linha com as expectativas. O Boletim Focus mostrou queda considerável na mediana das projeções para a inflação de 2025, de 5,44% para 5,25%. Por fim, divulgamos o “Esquenta do Copom: decisão apertada”, nosso relatório com nossa estimativa do que irá acontecer na reunião do Copom.
Na política, a Câmara aprova urgência de projeto que revoga alta do IOF.
Na agenda internacional de hoje, o destaque fica para a divulgação da produção industrial e vendas do varejo nos Estados Unidos. Na agenda doméstica, nenhum indicador relevante.
(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)