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(Brasília-DF, 27/11/2024) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em queda e no Brasil atenção no Brasil, o foco está nos dados do mercado de trabalho, com a divulgação do relatório Caged.
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Mercados globais
Nesta quarta-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem em queda (S&P 500: -0,2%; Nasdaq 100: -0,3 %), impactados por performance negativa no setor de tecnologia após resultados de Dell, Crowdstrike e HP decepcionarem. A semana é mais curta por conta do feriado de ação de graças, e é marcada pela divulgação da ata da última reunião do FOMC e do deflator PCE, medida de inflação preferida pelo Fed.
Na Europa, as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -0,3%) com França particularmente afetada após uma piora em indicadores de confiança no país. As bolsas chinesas fecharam em alta (CSI 300: 1,7%; HSI: 2,3%) lideradas pelo setor de tecnologia e impulsionadas por movimento técnico, de compra de fundos.
Economia
No cenário internacional, Israel e Hezbollah anunciaram um acordo de cessar-fogo. Ademais, a ata da reunião de política monetária do banco central dos Estados Unidos, realizada em novembro, sinalizou que os membros do Comitê optaram por uma abordagem gradual nas próximas decisões sobre cortes de juros. Essa decisão reflete a solidez da economia americana, que aliviou as preocupações em relação à dinâmica do mercado de trabalho.
IBOVESPA +0,69% | 129.922 Pontos. CÂMBIO +0,04% | 5,81/USD
Ibovespa
O Ibovespa fechou em alta de 0,7% ontem, aos 129.922 pontos, apesar de um IPCA-15 de novembro acima das expectativas, e com os investidores ainda aguardando o anúncio do pacote de corte de gastos, que se aproxima e deve ser anunciado nesta semana. Além disso, os papéis cíclicos se destacaram no pregão, como as varejistas Magazine Luiza, Lojas Renner e Assaí (MGLU3, +6,3%; LREN3, +5,0%; ASAI3, +4,9%)
O principal destaque de alta do dia foi Brava (BRAV3, +9,3%), repercutindo um sentimento positivo do mercado com a aproximação da entrada em operação do FPSO Atlanta, com a visita da ANP à plataforma marcada para esta semana. Já o principal destaque negativo foi BRF (BRFS3, -2,3%), em movimento técnico.
Nesta quarta-feira, teremos o deflator PCE de outubro e a segunda leitura do PIB do 3º trimestre nos EUA.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com leve fechamento por toda a curva. No Brasil, o mercado decidiu não tomar novas posições em meio à espera pelo pacote fiscal do governo. Com isso, o DI jan/26 encerrou em 13,27% (queda de 0,2bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,325% (queda de 0,9bp); DI jan/29 em 13,085% (queda de 2,5bps); DI jan/31 em 12,91% (queda de 3,8bps).
Nos EUA, a confiança do consumidor voltou a subir após a conclusão das eleições. No entanto, membros do Federal Reserve ressaltaram a incerteza em relação ao ritmo de corte de juros na maior economia do mundo. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia estáveis em 4,21% e os de dez anos subiram para 4,30% (+3,0bps).
No Brasil, o IPCA-15 – prévia da inflação do mês – avançou 0,62% entre outubro e novembro, acima das expectativas de 0,50%. Os preços de passagens aéreas (subitem volátil) dispararam 22% no mês, acima de nossa projeção de 6%. Ao incorporar esta surpresa, elevamos nossa projeção para o IPCA de 2024 de 4,9% para 5,0%. Ainda sobre inflação, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu postergar a distribuição do valor de R$ 1,3 bilhão do bônus de Itaipú para janeiro – valor que resulta em um desconto na conta de luz dos consumidores no mês correspondente. Consequentemente, projetamos que o IPCA de janeiro cairá 0,6 p.p. e o de fevereiro subirá na mesma magnitude. Desse modo, a medida não afetará a inflação fechada de 2025.
No calendário de hoje, o destaque é a divulgação da inflação ao consumidor dos Estados Unidos referente a outubro, medida pelo deflator de despesas do consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) – este é o dado de inflação mais relevante para o banco central americano. Além disso, teremos a segunda leitura do PIB do 3º trimestre, que apontou uma alta preliminar anualizada de 2,8%.
No Brasil, o foco está nos dados do mercado de trabalho, com a divulgação do relatório Caged, que mostra a criação de empregos formais. No fiscal, o pacote de gastos será anunciado ainda nesta semana, sem um dia definido. Os jornais reportaram que Fernando Haddad deve fazer um pronunciamento na TV e no rádio logo após a divulgação das propostas.
(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)