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- Contato Brasil, 21 de novembro de 2024 15:57:21
(Recife-PE) Em meio a tantas notícias malvadas, com Estados radicalizando nas medidas de prevenção da covid, chega de Brasília algo que abre uma janela de esperança para um dos setores mais atingidos pela pandemia, o de eventos. De autoria do deputado pernambucano Felipe Carreras (PSB), o plenário da Câmara aprovou, ontem, um socorro emergencial para empresários, artistas, produtores culturais, enfim, para quem vive da promoção da cultura em geral no País.
Faz, de imediato, o parcelamento de débitos de empresas do setor com o Fisco Federal. Entram nesse rol empresas de hotelaria em geral, cinemas, casas de eventos, casas noturnas, casas de espetáculos, serviços turísticos e empresas que realizem ou comercializem congressos, feiras, feiras de negócios, shows, festas, festivais, simpósios ou espetáculos em geral e eventos esportivos, sociais, promocionais ou culturais.
Também ficam contempladas as entidades sem fins lucrativos. “O setor de eventos foi o primeiro a parar e será o último a ter suas atividades retomadas”, desabafa Felipe Carreras. Segundo ele, mais de 450 mil empregos viraram pó no rastro da pandemia. “Milhares de trabalhadores estão sem renda e sem perspectiva há um ano. Não falo apenas pelas grandes empresas, dos artistas e dos músicos. Eu sou a voz do montador de palco, dos seguranças, dos donos de barraquinhas de comidas, dos bilheteiros, cenógrafos, técnicos de som e luz, faxineiros e tantos outros. O nosso projeto vai voltar a dar dignidade aos milhares de trabalhadores desse setor”, atesta.
Evento rima com turismo, um está atrelado ao outro. São fortes fomentadores da economia e geradores dos empregos informais. Quantos empregos, por exemplo, Caruaru deixou de gerar impedido de promover o São João? E o belíssimo espetáculo da Paixão de Cristo, em Nova Jerusalém? Isso sem falar na maior de todas as festas, o Carnaval. Centenas ou milhares de artistas estão há mais de um ano sem fazer show, deprimidos em casa, vendo seus negócios ruir, sem nenhuma sinalização de luz no final do túnel.
A economia informal – e ninguém entende mais do que ela do que Felipe, que antes de entrar para a política vivia de eventos – é uma usina fomentadora de empregos. Propícia o turismo, sustenta os grandes espetáculos e eventos, que formam a maior cadeia geradora de renda no País. Lamentável que o Governo não tenha reagido para proteger um setor tão importante, que agoniza e que vai demorar – e muito - a se recuperar, dependendo apenas dos ventos que vão acelerar a chegada da vacina para todos, indiscriminadamente.
Sem cirurgias – A Secretaria de Saúde suspendeu, ontem, cirurgias eletivas em todas as unidades hospitalares do Estado como parte das medidas para conter o avanço da Covid-19. A suspensão dos procedimentos, publicada no Diário Oficial, ocorre entre os dias 8 e 19 de março. A determinação leva em conta a necessidade de "destinar o maior número de leitos disponíveis para pacientes diagnosticados ou com suspeita de infecção pela Covid-19". Em fevereiro, o Estado já havia suspendido cirurgias eletivas em unidades públicas e privadas de 63 cidades do interior.
Trânsito livre – Filiado ao Republicanos, partido do ministro João Roma Neto, o deputado Silvio Costa Filho, parlamentar já com projeção nacional com apenas dois anos de mandato em Brasília, tem prestígio com o titular da pasta de Cidadania e ontem, na primeira audiência com o aliado, deu provas disso ao assegurar tratamento diferenciado para o Estado nas ações de todos os programas federais de matriz social sob a responsabilidade do neto de João Roma, o famoso Diabo Loiro.
Consórcio da vacina – Prefeitos de 39 municípios pernambucanos já oficializaram o interesse em participar do consórcio nacional para compra de vacinas contra a Covid-19, liderado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP). O prazo dado para que as cidades façam a adesão vence amanhã. A FNP reúne prefeituras de cidades com mais de 80 mil habitantes, mas qualquer município pode aderir ao consórcio público para aquisição de vacinas. Até então, a aquisição e a distribuição das vacinas são coordenadas pelo governo federal, por meio do Ministério da Saúde.
Apenas 7 milhões – O Brasil vacinou pelo menos 7.255.888 pessoas com a primeira dose de imunizantes contra o coronavírus até as 16h de ontem. Desses, 2.236.720 receberam a segunda dose. Ao todo, foram 9.492.608 doses administradas no País. O número de vacinados com a primeira dose no País representa 3,4% da população brasileira. Os vacinados com as duas doses são 1%. Os dados são do CoronavirusBot, que compila dados das secretarias estaduais de saúde. A quantidade de pessoas que receberam a segunda dose (2.236.720) no Brasil equivale a 31% dos que tomaram a primeira dose (7.255.888). As vacinas que estão em uso são a CoronaVac e a de Oxford/AstraZeneca. Ambas são administradas em duas doses.
Bolsa no teto – O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anunciou, ontem, que o Bolsa Família ficará dentro do teto de gastos. Ao longo do dia se discutiu, no Senado, abrir uma exceção no limite de despesas públicas para o benefício. Seria dentro da votação da PEC emergencial. A declaração de Lira foi dada ao lado do ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos. Antes, eles estavam reunidos com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), outros congressistas e representantes do Ministério da Economia.
CURTAS
OS VALORES – A nova rodada do auxílio emergencial deve beneficiar 45 milhões de brasileiros, mas ao mesmo tempo restringir os valores e o número de contemplados por família. A versão mais recente da minuta de medida provisória que recria o programa prevê quatro parcelas mensais, em valores que vão de R$ 150 a R$ 375.
PROFESSORES – O governo Jair Bolsonaro informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) ter incluído trabalhadores da área de educação na lista dos serviços essenciais e que vão fazer parte do grupo prioritário de vacinação contra covid-19 no País, em documento encaminhado à corte na noite da última terça-feira e visto pela Reuters.
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