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  • Contato Brasil, 19 de abril de 2024 12:28:24
Genésio Jr.
  • 24/10/2021 12h05

    Até parece que jogamos pedra na Lua!

    Qual que nada!

    Pedra ou foguete na Lua( Jornal Arte)

    (Brasília-DF) Começamos a última semana de outubro tendo que lidar com um conjunção de situações imbricadas da política e da economia, o que demonstra um forte enfraquecimento do Governo Federal e do Presidente da República.

    Se imaginava que só depois do 21 de novembro haveria, oficialmente, uma definição da maioria das pré-candidaturas à Presidência da República, pois o processo pré-eleitoral( eleitoral, para ser evidente!) ganhou pernas. A data virou um marco pois será quando o PSDB nacional irá realizar suas inéditas prévias entre os pré-candidatos João Dória, Eduardo Leite e Arthur Virgílio. 

    Qual que nada! o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou sua saída do Democratas-PSL(União Brasil) e filiação ao PSD. Nesse final de semana, foi “convidado” a ser candidato à Presidência do Brasil.  O ex-ministro e ex-juiz Sérgio Moro que se imaginava abatido, após a saída do Governo Bolsonaro e o desnudar da “Vaza Jato”, tem filiação já pré-anunciada ao Podemos no dia 10 de novembro.

    Já são 11 pré-candidatos à presidência entre grupos partidários de centro que acabaram ficando direta, ou indiretamente, com Bolsonaro em 2018.  Na prática, se eles se antecipam também se pode antecipar acordos futuros, destaque-se.

    Na economia, vamos enfrentar dias de convencimento improvável.  O ministro da Economia, Paulo Guedes, em fala ao lado do Presidente Jair Bolsonaro(sem partido) ,ainda na sexta-feira à tarde, disse que não queria tirar 10 em fiscal e zero em social e preferiu o retórico argumento de atender o social.  O Mercado, com a mágica que se monta para o Governo ter(em torno) R$ 100 bilhões para gastar no orçamento acima do teto de gastos - que caminha para ser flexibilizado num arranjo congressual – já sabe que nossa âncora fiscal que tinha data certa para acabar, em 2036, já foi para as calendas.

    Poucos acreditam que a mágica vá dar certo e os agentes econômicos sabem que a ficção vai ser mostrada como realidade e já apostam um dólar em crescente e empresas perdendo dinheiro.  Apesar das aparências, não é um ataque especulativo - é concreto.

    Esse conjunto de situações apontam claramente as graves dificuldades que vão marcar todo o mês de novembro, que antecede a votação do orçamento mais improvável que se poderia imaginar neste país depois que foram os difíceis anos Dilma Rousseff. 

    Não imaginava que após os anos de reconstrução de Michel Temer, o breve, poderíamos embarcar em momento tão difícil. A vida pública e política brasileira não para de nos surpreender, negativamente, também.

    A democracia brasileira tem sido resiliente. Nunca é bom esquecer que temos uma Constituição, mesmo com tantas alterações, em vigor há 33 anos e que mal ou bem fez apostas que se viram inadequadas.  Se fizemos tantas mudanças até aqui, poderemos fazer mais adiante, sim.

    As  dificuldades deste momento mostram como nossos políticos, sejam de um lado ou de outro do espectro, tiveram dificuldades para fazer as mudanças profundas que precisamos para sermos tão grandes como merecemos, não só para nós mesmo mas para o planeta Terra.

    Não precisamos que os outros venham dizer onde estamos errando, pois de tanto errarmos seja com um lado seja com o outro, sabemos muito bem onde o sapato aperta. Precisamos nos convencer, em meio a essa boba e infrutífera polarização, que não adianta ter razão momentânea, mas um compromisso com o uma efetiva melhora. Até parece que estamos jogando pedra na Lua!

    Por Genésio Araújo Jr, de Brasília.

     

     

     


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