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  • Contato Brasil, 29 de março de 2024 10:32:20
Genésio Jr.
  • 03/10/2021 12h01

    Entre ruindades e intransigentes!

    Além desse flagrante se viram as vaias e pretestos contra o ex-ministro Ciro Gomes

    Ciro Gomes foi vaiado na Paulista( foto: revista Oeste)

    (Brasília-DF) O mês de outubro é de revoluções e contra revoluções. A 6ª onda de manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro(sem partido) neste ano, o “Fora Bolsonaro”, mostrou que se o chefe de governo e Estado tem problemas de sobra mas seus opositores os tem, também!

    Esse evento de sábado 2 de outubro tinha o objetivo, e formalmente teve, de reunir 21 partidos, sejam de direita, centro ou de esquerda para mostrar que Bolsonaro precisa não só ser repudiado mas defenestrado do poder. Claro, por vias democráticas e seus remédios, sejam o impeachment seja a derrota nas urnas.

    Vimos, na prática, que vários representantes do centro e dos conservadores não participarem “fisicamente” dos eventos, mas virtualmente, ou até se ausentaram, como foi emblemática a não presença dos governadores tucanos de São Paulo, João Dória, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. O PSDB como instituição se fez presente, ressalte-se.  É forçoso dizer que uma solução dentro dos tucanos é vista como decisiva para uma definição sobre uma propalada terceira via na disputa de 2022.

    Além desse flagrante se viram as vaias e pretestos contra o ex-ministro Ciro Gomes, o presidenciável do PDT. Ficou latente aquela máxima conservadora de que as esquerdas só se unem na cadeia.

    Os eventos desse sábado apesar do signo da união foi marcadamente controlado pelas esquerdas. As críticas duras de apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra Ciro Gomes mostram, de forma clara, as mágoas nesse grupamento.

    O que chamou atenção, também, nos eventos é que a pauta da crise econômica e social que atinge todas as camadas da sociedade, especialmente os mais pobre com o aumento constante, e sem freio, dos preços - com o gás de cozinha, os combustíveis e os alimentos, foi a grande estrela. Imagens com totens infláveis de sacos de arroz e principalmente de butijões de gás se espalharam pelo Mundo.    

    Bolsonaro não esconde que não deseja ser o presidente de todos os brasileiros, que suas ideias além de não serem para poucos são velhas, não são contemporâneas aos desafios das novas tecnologias e da boa gestão do meio ambiente. Bolsonaro tem os clássicos problemas com as pautas de saúde e democracia, apesar de afirmar que não, ao alegar que foi prestimoso com as vacinas e com a liberdade de expressão.

    O maior problema de Bolsonaro é sua incompetência para fazer vida ficar melhor para o povo. Não adianta insistir que ficou refém da pandemia. Os problemas que já carrega na mala parecem perder importância para esses de agora.

    Seus opositores colocaram para todo mundo ver que eles tem problemas também, porém mesmo com as dificuldades de diálogo que existem entre eles, acharem que podem tudo (ainda não tem nada), contam com a falsa convicção que vão ganhar de W.O , de fato, a incapacidade do atual governo para ofertar remédios ao maior problema do momento ainda lhes dá um boa vantagem nessa disputa que, infelizmente, deveria ser no ano que vem, mas que já começou!

    O 2 de outubro foi mais um momento para ver que temos um governo muito ruim, sim, mas a oposição ainda está sem um projeto claro para mostrar ao Brasil que essa ruindade toda tem solução.  O ruim ganha mais uma oportunidade para tentar ser ao menos não tão ruim.

    Triste de um país que lida com ruindades, arrogantes e intransigentes!

    Por Genésio Araújo Jr, jornalista

    e-mail: [email protected]

     


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