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  • Contato Brasil, 29 de março de 2024 11:58:26
Genésio Jr.
  • 26/09/2021 13h03

    Pague para ver, Presidente!

    A vida está dura, difícil

    Vida difícil mas pode melhorar?!( Foto: Empreendedor)

    (Brasília-DF) Esta semana o Governo Federal vai lembrar as coisas positivas dos simbólicos 1000 dias do Governo Bolsonaro.

    A boa notícia é que o chefe de Governo e Estado, Jair Bolsonaro(sem partido) não vai entrar a semana positivo para. Covid-19. Ainda bem.  Ele tem agenda por toda a semana, até quinta-feira, 30, com eventos lembrando a data.

    É aquela história, em dia de festa(?!) se coloca a melhor roupa e a melhor comida será servida.  Não vai ser fácil contar coisa boa. Os três ministérios que geram mais resultados – Infraestrutura, Desenvolvimento Regional e Agricultura – serão as estrelas. 

    Ainda na prévia da data, as coisas ruins.  A Anistia Internacional divulgou 32 ocorrências de ações contra direitos humanos durante este governo, assim como números do chamado cadastro único do Governo Federal revelam que ao final do governo Temer existiam 12,7 milhões de pessoas na extrema pobreza e, agora, são 14,7 milhões. A matemática não nega, foram 2 milhões e pessoas na extrema pobreza nestes dois anos de Governo Bolsonaro.

    A vida está dura, difícil. É bom lembrar que o auxílio emergencial especialmente no primeiro ano da pandemia foi um dos maiores do mundo, só perdeu para o dos Estados Unidos e os europeus, destaque-se.  A inflação, na prática, engoliu tudo de bom. O IPCA 15 divulgado nesta semana já está em dois dígitos. As pesquisa apontam o presidente da República entre 51% e 56% de rejeição entre todas as pesquisas divulgadas e em algumas que circulam internamente em consultorias.

    O presidente Bolsonaro vive, de fato, um momento muito ruim.  Seus defensores raiz buscam selecionar os pontos positivos do governo, porém a turma que, mesmo o apoiando, se fia no senso geral, entende que não há muito o que comemorar.

    O presidente Bolsonaro numa longa entrevista na revista “Veja”, algo raro, pois ele se esforça em desmoralizar a imprensa sempre que pode, na expectativa de que consiga fazer com que as pessoas não avaliem seu governo pelo que sai na imprensa tradicional – afirmou que a vida está difícil sim, mas que é possível melhorar nos próximos 12 meses de governo.

    E conta que haverá recuperação constante da atividade econômica, mais pessoas vão ter ocupação ou empregabilidade e que o custo de vida vai ficar menor. Bolsonaro, é claro, para começar a esperar que isso tenha sucesso tem que contar que nesta semana engrene a Proposta de Emenda Constitucional(PEC) dos Precatórios e que surja uma alternativa legal para que o Orçamento de 2022  e caiba, ao menos, o Auxílio Brasil dos esperados R$ 300,00.

    Caso consiga isso, o que não é impossível, ele conseguirá segurar, ao menos, que não avance a extrema pobreza, mesmo que a economia não cresça tanto no ano que vem. Isso, em primeira análise pois a especulada estagnação da economia nos próximos meses, infelizmente, poderá fazer com que a inflação continue num patamar mais alto. Já se fala que a nossa moeda não precisava estar tão desvalorizada como está e que isso se deve muito ao “Risco Bolsonaro”.

    O presidente da República vai precisar parar de entrar em disputas políticas e passar, ao menos, a impressão que está dedicado a encontrar soluções para melhorar a vida das pessoas.

    Na vida e na cena pública vale mais a impressão que fica que qualquer outra coisa. Bolsonaro já está surpreendendo nos últimos dias, após o 7 de Setembro, e seu público o tem aceito assim. Isso é um demonstração de que ele poderá avançar numa ação pública de um homem preocupado em melhorar a vida das pessoas. Ele pode insistir em dizer que o mundo está todo difícil, fala da crise da Argentina, e mostra que existem alternativas possíveis e que ele vai lutar para isso.

    Está na hora de deixar de colocar a culpa nos outros e trabalhar. O povo adora ver um esforçado mostrando serviço. Pague para ver, Presidente!

    Por Genésio Araújo Jr, jornalista

    e-mail: [email protected]


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