• Cadastre-se
  • Equipe
  • Contato Brasil, 25 de abril de 2024 15:48:52
Genésio Jr.
  • 21/03/2021 13h24

    Esperamos estar errados!

    Não resta dúvida que Lira e, especialmente, Pacheco não vem querendo problemas com Bolsonaro, mas eles também sinalizam que não vão ser sócios das coisas ruins

    Jair Bolsonaro, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco ( foto: Uol notícias)

    (Brasília-DF)  Já informei por aqui, e em outros canais onde conto as coisas de Brasília, que o grande mundo econômico está irritado com o Governo Bolsonaro, principalmente com o Presidente da República.

    A frase histórica do senador Tasso Jereissati - “É preciso parar esse cara!” – é mais que a declaração de um político de um partido que não tem mais a importância do passado. Não é mera grita de um excluído da festa. Bem mais que isso. Jereissati é um grande empresário, com ramificações familiares do grande capital, atua em várias áreas da economia. Ele fala o que grandes empresários não podem dizer para todos ouvirem.

    Nesta semana já podemos dizer que a irritação dos políticos do Centrão, fiadores de Bolsonaro no Congresso, fica  mais que audível. Se imaginava que as vitórias de Bolsonaro, com a chegada do deputado Arthur Lira(Progressistas-AL) e  do senador Rodrigo Pacheco(DEM-MG), seriam um passaporte da felicidade em dias de tanta tristeza.

    Não resta dúvida que Lira e, especialmente, Pacheco não vem querendo problemas com Bolsonaro, mas eles também sinalizam que não vão ser sócios das coisas ruins. Só lhes interessa ter sociedade com coisa boa! Nesta semana Arthur Lira, numa conversa virtual com o ministro do STF, Gilmar Mendes, patrocinada pelo site jurídico “Consultor Jurídico” - falou que a pandemia no Brasil seria um “vexame internacional”.

    Depois que o presidente Bolsonaro falou que existe um “estado de sítio” no Brasil com as medidas adotadas pelos governadores, e também prefeitos, mais restritivas para enfrentar o avanço da pandemia, assim como os toques de recolher, para, em seguida, falar que poderiam vir “medidas mais duras” foi motivo para o cuidadoso Pacheco dizer que, no Brasil, nem se cogita condições para um estado de sítio, um filho mais encorpado do estado de emergência.

    Pacheco deu conselhos ao ministro indicado da Saúde, Marcelo Queiroga, que agora se sabe enrolado com a Justiça, também – além de ter “pedido socorro” a vice-presidente dos Estados, Kamala Harris, que também é presidente do Senado daquele país, para conseguir vacinas. Ele age internacionalmente, tal e qual Lira, que em conversa com o embaixador da China, no Brasil, Yang Wanming, disse, e encaminhou carta, que o Brasil não é só o Executivo, mas o Legislativo e o Judiciário.

    O Vice-Presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos( PL-AM), que na prática não deixa de falar por seu partido, controlado a mão de ferro por Valdemar Costa Neto, também mandou mais que recado. Sobre estado de sítio, disse que não existe o menor risco do Congresso aprovar nada disso, quase em tom de deboche e ainda afirmou que Bolsonaro desune e dispersa energias. Outros congressistas do mesmo Partido Liberal vem falando das incertezas com a vacinação.

    Em momento que o butim do orçamento se volta quase todo para o básico e para ações que envolvam saúde, essa turma que adora orçamento quer, ao menos, que suas energias sejam vistas pelo grande público e não querem se contaminar com o pior de Bolsonaro.

    O pior é que a semana terminou com a certeza de que Bolsonaro só quer preservar sua relação com os seus apoiadores de praxe.  Sua indiferença com a morte do senador Major Olímpio(PSL-SP) deixou muitos impressionados, e não é só na imprensa, além da insistência de usar a Lei de Segurança Nacional contra adversários são indicativos de que não teremos muita coisa que se aproveite nos próximos dias! Infelizmente! 

    Esperamos todos que esteja errado!

    Por Genésio Araújo Jr, jornalista

    Email: polí[email protected]

     


Vídeos
publicidade