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  • Contato Brasil, 25 de abril de 2024 14:17:14
Genésio Jr.
  • 07/03/2021 14h37

    Começam a esperar o pior!

    Vou contar duas, só para você ter uma dimensão da confusão que já se arrisca por aqui!

    Vacinas e sua força política( Foto: Arquivo)

    (Brasília-DF) O fator vacinas se transformou no grande catalizador de nossa vida pública, acredite.

    Vou contar duas, só para você ter uma dimensão da confusão que já se arrisca por aqui!

    No meio de fevereiro, vencidos os primeiros momentos dos novos comandantes do Congresso Nacional, que eram sucedâneos, gente boa especulava que iríamos chegar ao início de agosto com boa parte da população vacinada, uma onda positiva iria dominar o segundo semestre e iríamos terminar o ano cumprindo a meta de uma inflação, IPCA, menor que em 2020 e caminhando para um crescimento do PIB próximo de 3,5%. Iniciaríamos o ano de 2022, à espera de um acordo de Bolsonaro com o Centrão para definir uma chapa de reeleição, com amplas condições de enfrentar bem o ano eleitoral.

    Neste início de março o que temos?!  Os grandes agentes da economia estão entre desconfiadíssimos e irritadíssimos.  Não se tem a menor certeza, entre os mais otimistas, que venhamos a vacinar nem todo os prioritários até o final do semestre, não existe perspectiva nenhuma de onda otimista que venha dominar o segundo semestre; existe muita gente no mercado financeiro apostando em 18 milhões de desocupados e desempregado e uma inflação perto de 5%. Mais ainda: com os setores econômicos sem acreditar que as reformas sigam adiante  haverá pressão sobre o Centrão  para que eles faça um derradeiro “tour de force” sobre Bolsonaro.

    Isso significa o quê?! Tirar Bolsonaro com a “mãozada” do Impeachment?  Negativo. Os agentes econômicos, naturalmente, iriam pedir que os grupos políticos que controlam o Congresso encontrem, e avalizem, um nome que venha rivalizar com a candidatura de Bolsonaro e que seja um alternativa a oposição controlada, ou que se deixe controlar, pelo petismo. 

    Os bolsonaristas apaixonados dizem, em reconhecimento implícito que o chefe de Governo e Estado não é grande coisa, mas é o que se tem – que não há ninguém à vista para substituí-lo! Não é assim que a banca toca.  Muita gente boa que esteve com ele em 2018 está doidinha-da-silva para colocar outro no lugar, mas se precisa combinar com os russos! No caso, com o povo que em época tão acesa, confusa e polarizada não dá muita bola para os partidos, prefere nomes que lhe empolguem.

    O que ajuda a turma do mercado e outros tantos que estão irritadíssimos com Bolsonaro , repito, e não querem o PT de volta é que ainda não dá para medir o tamanho dessa nova onda de desencanto.  O Brasil vive um tempo único com a pandemia. Não só o nosso país, é bom que se diga.

    Algo em torno de 93 milhões de brasileiros dependem do estado de forma direta ou indireta, informam alguns números.    Em 2017, segundo estudo do economista Fernando  Montero, apontava-se que 77 milhões viviam de Bolsa Família, Abono, Loas/RMV e INSS. Para fechar a conta, tem os funcionários públicos civis, militares, entre ativos e inativos. Na verdade, esses números só aumentaram de lá para cá. Com o recuou de 4,1% do PIB, em 2020, já se especula que neste ano não vamos chegar nem aos 3,5% imaginados, enfim não cumpre nem o tapa buraco do ano passado.

    A desesperança política associada aos males da pandemia geram condições imprevisíveis para todos os lados que você quiser olhar!

    A pobreza e a extrema pobreza só avançam.  O temor é que mais adiante, os políticos vendo que Bolsonaro não consegue nada do que esperava que se exige na condução do país, dobrem a aposta em ações para atender os muito necessitados, tão somente!

    Se você estava chateado com o Carnaval que não teve e já arrisca uma Páscoa sem vacinação, pode imaginar coisa pior pela frente, infelizmente.

    Por Genésio Araújo Jr.

    E-mail: [email protected] 


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