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  • Contato Brasil, 19 de abril de 2024 09:39:23
Genésio Jr.
  • 17/01/2021 18h10

    importante é que nós vençamos essa!

    Isso será fundamental para o país começar a enfrentar os desafios da retomada do crescimento e desenvolvimento

    Todas as atenções ao Instituto Butantan( Foto: arquivo)

    (Brasília-DF) Antes tarde que nunca. Neste domingo, 17, depois de muitas idas e vindas, às 15h15 foi aprovado, por unanimidade(5x0), para uso emergencial, as vacinas coronaVac da Sinovac com o Instituto Butantan, e AstraZeneca/ Oxford da Fundação Osvald Cruz(Fiocruz) contra o covid-19.

    Às 15h 30, no Instituto Butantan, foi vacinada a enfermeira do Instituto Emílio Ribas, Mônica Calazans. A primeira brasileira, destaque para uma mulher negra, foi efetivamente vacinada em terras nacionais.

    Isso tudo tem que ficar muito claramente registrado, não só pelo seu caráter histórico mas pelo que isso vai representar, de agora em diante, para nosso país. Muitos outros, mais de 50 países, começaram a imunizar contra o covid-19 antes de nós, mas com nossa tradição e se não formos calados por outro show de incompetência, muito provavelmente, tendo vacinas, vamos ser um dos primeiros grandes países a vacinar todos os seus nacionais.

    Isso será fundamental para o país começar a enfrentar os desafios da retomada do crescimento e desenvolvimento. É o lado bom dessa infelicidade mil, que foram os dias que antecederam esse momento.

    Os últimos 20 dias, antes até da infeliz crise que a todos assusta e emociona em Manaus(AM), com pessoas morrendo asfixiadas mesmo sendo atendidas, oportunidade em que tivemos que aguentar autoridades insistindo que aquela gente tinha que fazer tratamentos alternativos à doença – foram marcados por um jogo de gato e rato para ver quem pegava um antes do queijo ser fisgado!

    O Presidente Jair Bolsonaro, mesmo não dando muita bola para vacinação contra o covid, ,ele mesmo não cansa de dizer que não iria se vacinar ao contrário de todos os líderes internacionais importantes - , face aos erros de comunicação do Governo de São Paulo, caminhava a passos largos para ter vacinas AstraZeneca/Oxford para mostrar antes de qualquer um!

    Infelizmente para Bolsonaro, as vacinas da AstraZeneca/Oxford que viriam do Laboratório Serun, da Índia, não puderam chegar. Parece que ninguém avisou no Planalto que os indianos iriam começar sua vacinação, por lá, justo neste final de semana.  Não teve jeito, mesmo com os erros de João Dória, os erros de Bolsonaro e equipe foram maiores e a vacinação, com foto e tudo mais, veio de São Paulo.

    Para quem vem acompanhando essa “Guerra das Vacinas 2” não tinha como São Paulo perder essa disputa. O Estado mais rico do país tem o principal fornecedor de vacinas para o Governo do Brasil, que é o Instituto Butantan, tem recursos, cientistas de sobra, e um poder econômico ávido para a chegada de imunizantes.

    João Dória é reconhecidamente ambicioso, vaidoso e marqueteiro.  Contra adversários com essas características, montado no poder econômico, tem-se que ser competente ao extremo. Isso foi tudo o que o Presidente Jair Bolsonaro e sua equipe não foram. Bolsonaro durante esse tempo todo soube usar ao extremo sua habilidade para inverter uma narrativa, usando do ambiente que domina.

    Bolsonaro se esquece que redes sociais e narrativas são boas para destruir, mas o que constrói é o trabalho e quando ele é baseado num princípio ético valiosíssimo, no caso a vida, fica difícil a narrativa vencer a verdade.

    João Dória pode ser tudo isso que já se sabe dele, e um pouco mais, mas ele não tinha como perder essa!

    O que importa agora é que a vacina venha, primeiro para os que mais necessitam e, que todos nós possamos delas usufruir. Viva!

    Por Genésio Araújo Jr, jornalista

    e-mail: [email protected]

     

     

     

     

     


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