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- Contato Brasil, 19 de abril de 2024 22:12:42
(Brasília-DF) Nunca é bom esquecer, pois em 13 de dezembro de 1968 foi editado o Ato Institucional nº 5. Há 52 anos atrás, o regime de exceção virou ditadura. É sempre bom lembrar, pois tem uma turma tão perdida que acredita até no que nunca foi real. Mas vamos lá.
O Presidente Jair Bolsonaro que saiu das eleições municipais bem menor do que entrou ,fazendo apostas equivocadas, confundindo sinais está à frente(?!) de um país que flerta com uma inflação perturbadora, especialmente nos alimentos, mais que se equivoca com essa questão das vacinas contra o covid-19, que está gerando uma euforia mundial - poderia ser visto como um líder fadado ao fracasso.
Destaque-se que o seu mentor internacional, o presidente Donald Trump, foi derrotado e não estará à frente da Casa Branca, nos Estados Unidos da América, a partir de janeiro de 21. São muitos os desamparos, mas a política não é tão simples assim. Se fosse, todos poderiam exercê-la com sucesso.
O Presidente Bolsonaro, hoje, por obra e graça de profissionais do poder que souberam muito bem se aproveitar de uma fragilidade presidencial, iniciada com a prisão do ex-faz-tudo da família do poder, Fábrício Queiróz, além de perceberem que o chefe do Executivo não queria ficar mais refém do sucesso econômico imediato de seu governo para avançar sozinho – pode dar a volta por cima.
Depois de tantos insucessos e erros, ele poderá chegar em fevereiro de 21 festejando a eleições de aliados no comando da Câmara e do Senado.
Na semana que se foi, vimos o deputado Arthur Lira(Progessistas-AL) lançar sua candidatura à presidência da Câmara dos Deputados inicialmente com apoio de seis partidos, já tem oito - pode ir a mais. O Presidente do Senado Federal, Davi AlcolumbreDEM-AP), que se imaginava irritado por não poder mais concorrer à reeleição, por decisão da Supremo Corte, no lugar partir para um protagonismo de independência, decidiu fazer acordo com o Presidente da República.
Por outro lado, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia(DEM-AP), que chegou a dizer, num tom acima, que Bolsonaro está doido para ficar com a Câmara e que o “Governo está desesperado” ainda não escolheu um candidato do seu grupo para sucedê-lo. Maia perde tempo, perde apoiadores e ainda vê a oposição se fragmentar sobre que rumos tomar quanto ao comando das casas legislativas.
Neste final de semana, foi divulgado por diversos veículos de comunicação que o deputado Arthur Lira, hoje em vantagem na disputa, não tem compromisso com o teto de gastos e teria feito um acordo com as oposições para flexibilizar a Lei da Ficha Lima( o que daria espaço para o retorno de Lula).
Lira, que foi o único que lançou candidatura – nenhum outro, na Câmara ou Senado fez algo parecido – divulgou nota dizendo que ele tem compromisso com o equilíbrio discal e que não fez acordo com as oposições. O deputado Rodrigo Maia, que vem sendo criticado à beça por sua gestão de sucessão – disse que Lira vai desestabilizar mais ainda as políticas de meio ambiente, vai fragilizar minorias e a própria sociedade.
Lira ainda não rebateu esses outros temas. Destaque-se que a eleição no poder legislativo não é uma eleição popular, é uma disputa de poder entre os senhores(as) do poder. Quem joga pedra na cruz será infeliz, mas se tiver prumo e coragem, numa disputa de voto secreto, tem chances de sobra de sucesso. Arthur Lira inicia a semana dando sinais de que os infortúnios em série de Bolsonaro podem ter os dias contados.
Só a política tem essa capacidade de transformar antes moribundos em gente viva, vivinha da Silva!
Por Genésio Araújo Jr, jornalista
Email: [email protected]