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  • Contato Brasil, 20 de abril de 2024 02:54:31
Genésio Jr.
  • 19/04/2020 16h03

    Gostaria de dar boa notícia!

    Essa primeira quinzena de abril foi marcada pelo intenso afastamento entre os poderes constituídos

    Bolsonaro com intervencionistas diz que não negocia( Foto: Veja)

    (Brasília-DF) O Presidente Jair Bolsonaro acabou participando de uma carreata anti-isolamento social, em apoio às suas ideias, na área do chamado “Forte Apache”, quartel general do Exército Brasileiro na região do bairro militar na Capital Federal.

    "Nós não queremos negociar nada. Nós queremos ação pelo Brasil", declarou o presidente. "Chega da velha política. Agora é Brasil acima de tudo e Deus acima de todos", declarou.  Bolsonaro, no sábado, já vinha se movimentando na cidade.

    O deputado General Girão(PSL-CE), que teve covid-19 e é o único deputado nordestino do PSL que ficou fiel a Bolsonaro, disse que pretende fazer um ato com bolsonaristas no Salão Verde da Câmara contra Rodrigo Maia.

    Eu apurei com governistas de partidos do chamado centro, que o Planalto sinalizou em aumentar a participação de indicados desses partidos no governo, “nada de Ministério” , disse um importante nome governista que vem desses partidos.  Mas, neste domingo, o Presidente disse que não vai negociar nada.

    Não se sabe se Bolsonaro mira afastar especulações que estaria pronto a esvaziar o poder de Rodrigo Maia(DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, a qualquer custo.    Se Bolsonaro sinaliza que não vai negociar com nenhum grupo social ou institucional, de forma generalizada, então é uma incógnita! O Presidente se movimenta pelo humor de suas redes sociais.  Participaram com destaque dessa carreata ativistas da intervenção militar, anti-democratas  convictos.   Essa movimentação teve destaque na mídia internacional durante o domingo com tuítes de correspondentes estrangeiros.

    Essa primeira quinzena de abril foi marcada pelo intenso afastamento entre os poderes constituídos. A opinião pública começa a perder a paciência com todos, se avaliam que Bolsonaro errou ao demitir Henrique Mandetta também se irritam com os governadores e prefeitos pois diminui os níveis de isolamento nos estados e municípios.

    Bolsonaro já não esconde que conta que, apesar de não ter respaldo institucional e legal para fazer o que bem entender, seus adversários nos estados não terão mais forças para segurar  as pessoas em casa. Bolsonaro precisa contar com fatos externos ao  jogo dos poderes, porém existe um desgaste pelo fato do governo federal estar autorizado a dar suporte aos mais necessitados, assim como as empresas,  mas as coisas não estão funcionando bem.  Bolsonaro tem que fazer isso funcionar.

    Os estados estão começando a institucionalizar o usdo máscaras e outras medidas que podem ajudar na liberação de algumas atividades, mas se os casos avançarem como se prenuncia, mesmo que atividades sejam liberadas, pouco a pouco, muitas pessoas não devem seguir o chamamento às ruas.  É tudo muito imprevisível na cena pública. 

    O Presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, que gostaria de abrir as atividades , estima que 65 mil norte-americanos devem perder a vida com o covid-19.  Ele, que tem o dever(?!) de ser cuidadoso, estima esse número, há que se especular que será muito mais, infelizmente. Aqui no Brasil, um país gigante como os Estados Unidos, é muito mais factível que viveremos dificuldades muito parecidas.

    Essa associação entre o avanço do problema sanitário( não esqueça a dengue e H1N1) e os nossos problemas políticos não nos recomenda esperar que esta segunda quinzena de abril será mais amena.  

    O novo ministro da Saúde, Nélson Teich, colocou como prioridade teste em massa para fazer o enfrentamento do covid-19.  Um grande desafio, face as dificuldades para tal.

    Seria bom prenunciar que a agonia se dissipa, mas, infelizmente ,não é ajuizado dizer isso se dê, infelizmente.

    Por Genésio Araújo Jr. é jornalista

    e-mail: [email protected]


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