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Genésio Jr.
  • 23/02/2020 14h12

    Carnaval e solavancos!

    Este é o segundo Carnaval do Governo Bolsonaro. Em 2019, o Presidente Jair Bolsonaro divulgou um vídeo pornográfico

    Carnaval 2020 não precisa ser igual ao de 2019( foto: Prefeitura Municipal de Borda da Mata)

    (Brasília-DF) O Carnaval, a famosa festa da carne, é bem antiga - dizem estudiosos e historiadores. A coisa é bem anterior ao que especulavam os cristãos. 

    Como a diretriz da cultura ocidental foi conduzida pelos senhores do hemisfério norte, se argumenta que as festas marcavam o início da primavera, pois viria um tempo de muito trabalho e zelo, um novo tempo de parcimônia. Na Roma Antiga, tinha as Saturnais, festa que era em dezembro é verdade, mas tinha muita fantasia, bloquinhos e  orgias.

    O Carnaval cristão existe em quase todo o mundo. A famosa festa de máscaras em Veneza, os festejos na América Central que chegaram em Saint Louis, nos Estados Unidos, e claro o nosso Carnaval, que é o mais famoso no mundo tendo o samba como seu condutor principal. O Carnaval durante um tempo elevou o samba, depois o samba ficou aprisionado pela festa. Nos anos duros que vivemos virou mercadoria nas mãos dos poderosos. Vimos como isso se deu nos piores e melhores momentos de Getúlio Vargas e durante o último golpe militar no Brasil.

    Este é o segundo Carnaval do Governo Bolsonaro. Em 2019, o Presidente Jair Bolsonaro divulgou um vídeo pornográfico de dois homens mexendo no ânus e urinando um em cima do outro no centro de São Paulo.  “Não me sinto confortável em mostrar, mas temos que expor a verdade para a população ter conhecimento e sempre tomar suas prioridades. É isto que tem virado muitos blocos de rua no carnaval brasileiro. Comentem e tirem suas conclusões", disse Bolsonaro à época.  

    A publicação que chocou, pois veio do Presidente da República, foi visto como uma forma de diminui a festa. Bolsonaro é oficialmente católico, mas seu mais forte aliado é formado pelas igrejas evangélicas, especialmente as neopetencostais, que vez por outra são envolvidas com ações contra uma forma ou outra que envolve a festa popular.  O presidente, à época, negou que fosse contra o Carnaval.

    Este Carnaval, até o momento, não foi motivo de manifestações voluntaristas do Presidente da República, num momento em que outra de suas fortes bases de apoio, as forças de segurança, estão sob grande pressão. Em pleno Carnaval, a crise na segurança pública no Ceará, que envolveu tiroteio que atingiu o senador licenciado Cid Gomes(PDT-CE), lá na cidade de Sobral, no norte do Ceará, chama todas as atenções.  As Forças Armadas estão no Ceará  e todos esperam que tudo tenha bom êxito, pois existe um motim policial por lá que poderá contaminar até 11 estados, onde as forças policiais estão querendo aumentos salariais.

    O Carnaval de 2020 dos poderosos não carece mais pendengas que essa, imagina-se. Tudo é possível nesses dias confusos que vivemos, mas a conta está completa. 

    Se os poderosos estão lidando com esses dias como se dirigissem um fórmula 1 a 50 quilômetros por hora, a população tem todos os motivos para fazer como muito se fez neste país durante essa nossa especial festa ao longo dos anos, esquecer o nosso mundo real, se imaginar num ambiente que não é o seu. Não resta dúvida que 2020 parece muito ainda com 2019. Ainda não se vê a economia avançando. Juro mais baixo, boas expectativas de industriais e comerciantes ou redução da desocupação anunciada, no entanto o mundo real parece não se mover.  A ânsia nacional tem relação direta com a lentidão com que as coisas se movem.

    Se os poderosos estão querendo um Carnaval sem solavancos, não resta dúvida que todos mais querem que venha um grande solavanco logo mais alí!

    Por Genésio Araújo Jr, jornalista

     Email: [email protected]

     

     

     

     

     

     


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