• Cadastre-se
  • Equipe
  • Contato Brasil, 25 de abril de 2024 17:01:38
Genésio Jr.
  • 26/01/2020 14h29

    Bolsonaro versus Moro, o retorno

    Essa questão do futuro da Segurança Pública sob controle de Moro corre seríssimo risco, há muito tempo.

    Sérgio Moro não terá paz!( Foto: arquivo Política Real )

    (Brasília-DF) Os últimos dias foram marcados pela clara disputa entre os grupos conservadores(ou seriam ultra?!) envolvendo o Presidente Jair Bolsonaro e o ministro Sérgio Moro.

    Os muito apaixonados de uma lado dizem que o assunto já foi superado que não tem essa de Bolsonaro querer anular Moro, que o ex-juiz será o sucessor do Presidente daqui a 8 anos. Pronto.  A outra turma fala do caos na relação dos dois, uma desconfiança que vai acabar com o bloco governista, reforçando a ideia de que Bolsonaro se afasta de sua principal plataforma o combate à corrupção, assim como Moro ficaria sem proteção para as ações de adversários da esquerda.

    Para quem se serve de um mínimo de razoabilidade nenhuma das duas verdades se sustenta.  É nítido que o Presidente Bolsonaro não esconde que não aceita que no campo conservador tenha alguém que lhe possa fazer sombra. Nas esquerdas, não resta dúvida que eles estão anímicos, sem plataformas e que Lula não terá condições de aparecer nas urnas por claros problemas legais, intransponíveis.

    Essa questão do futuro da Segurança Pública sob controle de Moro corre seríssimo risco, há muito tempo.

    É voz geral que a  melhora nos índices na redução da criminalidade nos país vem se vendo desde 2017, ainda no Governo Temer. Moro comemora sempre que pode os números da Segurança Pública, mas o governo federal pouco pode faze nessa questão e se está sendo montado um muro contra o crime, o governo federal só colocou alguns tijolos. A maioria tem sido colocado pelos governos estaduais em conserto com outras estruturas e superestruturas.

    Desde meados de 2019, um grupo de lideranças das polícias militares, e não se secretarias de segurança, como foi exposto na famosa reunião no Planalto quando o assunto surgiu para a administração pública e a mídia generalizada – vem tratando desse assunto.     Muitos não lembram, no entanto a Secretaria de Segurança Pública do Ministério da Justiça e Segurança Pública foi o único cargo que não teve um nome escolhido pelo ministro Sérgio Moro, que vem a ser o General Guilherme Theóphilo, que foi filiado ao PSDB e candidato ao Governo do Ceará em 2018.  Ele foi uma indicação dos militares do entorno do General Eduardo Villas Bôas.

    O PM’s sempre quiseram esse posto. Diziam que os militares do Exército não entendem nada de segurança pública. Reservadamente, reclamaram do segundo na secretaria nacional, o delegado cearense César Wagner.  “Esses policiais civis são uns playboys!”, diziam entredentes.  O assunto deixou de ter força no segundo semestre de 2019, pois veio a crise no PSL que dividiu o grupo de deputados policiais que existem no antigo partido do Presidente. Grupo dividido não vai lugar nenhum.

    Os que querem ter poder na Segurança Pública podem até não conseguir tirar, agora, o ministério de Moro, mas nada impede de uma articulação forte para que haja mudança no comando da estrutura dentro da pasta.  Os governadores nordestinos, região que junto com o Norte tem os maiores índices nacionais de criminalidade, hoje – defendem os desmembramento do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

    Não tem como o assunto parar no arquivo, mesmo com a declaração do “chance zero” dada pelo senhor Presidente da República. É certo como dois mais são quatro.

    Por Genésio Araújo Jr, jornalista

    Email: [email protected]


Vídeos
publicidade