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  • Contato Brasil, 24 de abril de 2024 23:04:12
Genésio Jr.
  • 15/12/2019 14h17

    A grande missão brasileira

    Esse tema do meio ambiente ainda parece algo supérfluo para muita gente

    Bolsonaro tem uma missão histórica no meio ambiente, também

    (Brasília-DF)  Teve uma frase que marcou a mídia e o poder no século 20, mas não vem de Churchill ou outro monstro sagrado da oratória.   “Numa guerra, a primeira vítima é a verdade”, teria dito o senador Hiran Johnson, um republicano progressista que passou 28 anos no Senado dos Estados Unidos. 

    Neste século 21, vou ariscar uma paráfrase. A primeira vítima em época de baixo crescimento mundial é o meio ambiente. A frase é do colunista.

    Esse tema do meio ambiente ainda parece algo supérfluo para muita gente. Na luta pela sobrevivência muitos não tem muitos escrúpulos para dar de ombros para o tema, mas as energias alternativas a olhos vistos já mostraram para todos que o buraco é mais embaixo.

    Em 2015, seis anos depois da maior crise que o capitalismo viveu após a Crise da Bolsa de Nova York de 1.929, que foram aqueles anos de 2008/2009, o mundo viu a aprovação do Acordo de Paris naquele dezembro de 2015.  A meta era ousada: reduzir as emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono, a partir de 2020, manter o aumento da temperatura do planeta abaixo dos 2 ºC, preferencialmente em 1,5ºC, neste século.

    De fato, algo muito ousado. A COP 25, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas que era para ser no Chile mas se deu em Madrid, na Espanha - depois de muita “luta” terminou nesse domingo,15 - foi considerada decepcionante pelo português Antonio Guterres, secretário-geral das Nações Unidas(ONU), pois empurrou as decisões para 2020 quando os países signatários vão dar suas “coordenadas nacionais”.

    Segundo o acordo, o conhecimento científico será "o eixo principal" que deve orientar as decisões climáticas dos países para aumentar a sua ambição, que deve ser constantemente atualizada de acordo com os avanços da ciência. O texto inclui "a imposição" de que a transição para um mundo sem emissões tem de ser justa e promover a criação de emprego.  Ora bolas, na prática tem que cuidar da natureza mas não pode matar o emprego.

    Há pouco mais de um mês, a Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico(OCDE), o chamado clube dos ricos, divulgou documento afirmando que a onda de baixo crescimento que vamos viver, ao contrário dos anos de retomada do crescimento  econômico quando foi aprovado o Acordo de Paris, afirmou que tudo vai se dar pela digitalização da economia, a crise comercial entre Estados Unidos e China, assim como as mudanças climáticas.

    Os Estados Unidos e a China, pelo menos até novembro de 2020, vão dar uma reduzida na briga, pois Donald Trump não quer perder a reeleição a Casa Branca. Os próprios chineses acham melhor lidar com um republicano, mesmo diferente, que um democrata que são conhecidamente mais protecionistas apesar de globalistas.  Mas o enfrentamento da digitalização da economia e as mudanças climáticas são outro assunto.

    Voltando a frase montada por este colunista, de que o meio ambiente é a primeira vitima em época de baixo crescimento, não podemos esquecer que mudanças climáticas são a cara disso tudo. 

    O Brasil que tende a crescer muito dentro da média dos países do G20, talvez G7, as potências mais ricas da economia mundial,  em 2020, depois de vários anos ou no mergulho negativo ou ficando na faixa de 1%  enfrenta uma desafio, mais um deles. Ganhar, crescer e ser um exemplo entre os países em desenvolvimento. Poucos acreditam que a postura pública do novo governo seja suficiente para tamanho desafio.

    Como disse Carolina Shimidt, presidente da COP25, temos que ter esperança.  Será suficiente?!  Mais dúvidas que certezas!

    Por Genésio Araújo  Jr., jornalista

     

    Email: [email protected]

     


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