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- Contato Brasil, 19 de abril de 2024 17:39:57
(Brasília-DF) No meio da primeira semana deste dezembro foi realizada um ato de lançamento do Instituto General Villas Bôas(IGVB). O evento foi patrocinado pela Confederação Nacional da Indústria(CNI) e se deu num dos espaços do Centro de Convenções Internacional de Brasília(CICB), o mesmo onde se realizou o evento dos Brics. Algo em torno de 1 mil pessoas estiveram no evento.
O objetivo do instituto que se dedica ao trabalho do General Villas Boas, ex-comandante do Exército Brasileiro, reconhecido dentro e fora de seu meio, ele que já foi para a reserva e é assessor especial no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República – como a maior liderança da caserna no Brasil - é interessante. Além de cuidar do acerto do general, construído ao longo da vida, irá desenvolver um projeto de desenvolvimento nacional com particular preocupação com a Amazônia, uma grande paixão dele, assim como o enfrentamento de políticas públicas para a questão da deficiência, particularmente a ELA, Esclerose Lateral Amiotrófica, que o atinge duramente.
O evento chamou atenção pela presença de um grande número de generais, da ativa e da reserva, que atuam ou já atuaram no Governo Federal, como o general Santos Cruz. Estiveram lá personalidades de centro-esquerda, nacionalista e muito respeitado na caserna, o ex-deputado e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebêlo, o apresentador e empresário Luciano Huck, o ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, o senador Chico Rodrigues, um amazônico, o ministro Sérgio Moro, ministro Augusto Heleno, jornalistas importantes, cientistas sociais e políticos, para ficar entre alguns.
O nome do Presidente Jair Bolsonaro não foi citado, o governo em si. Só houve um momento em que Luciano Huck fez uma defesa do Terceiro Setor, as ONGS, tão abominadas pelo Presidente e seus mais próximos. Huck foi convidado por uma filha de Villas Boas, que será a gestora do instituto.
Alguns avaliaram esse evento como algo que deve ficar neste encerramento de ano. Já se falou, no início de governo, que se der tudo certo quem ganha é o Presidente Jair Messias Bolsonaro, mas se der errado quem vai ficar com a conta são os militares brasileiros.
Tudo bem que Bolsonaro está fora da caserna há muito tempo. Ele está na politica há mais tempo que ficou no Exército. Mas, a verdade é que apesar de muito militares terem deixado o Governo, os generais deram suporte para organizar o início de tudo de um presidente da República que, praticamente, não tinha partido político.
Os generais são os fundadores da República e são famosos, apesar da história de golpismo, por formarem uma elite nacional brasileira. Não o lado ruim dessa expressão, como algo excludente, mas algo mais largo, formar um grupo de melhores para representar ações de interesse nacional. No geral, há militares conservadores e progressistas, chamados de melancias, verde por fora e vermelho por dentro. Os grandes líderes modernos na caserna tem uma postura mais centrista.
Teve gente vendo esse IGVB como um caminho para organizar( ou seria reorganizar) o chamado centro democrático nacional, muito além que o tal “centrão” que vem marcando a política nacional depois da redução do tamanho do MDB.
O General Villas Bôas não vai viver para sempre, como todos sabemos, mas ele busca dar sua contribuição neste momento nacional. Pelo que o leitor atento pôde observar, ele é um militar que não quer pagar a conta dos exageros que estão sendo feitos.
Vamos aguardar!
Por Genésio Araújo Jr, jornalista
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