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  • Contato Brasil, 02 de maio de 2024 23:00:33
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  • 17/04/2024 06h39

    FMI estima que o Mundo deverá crescer, em média, 3,2% e o Brasil deverá crescer 2,2% em 2024; Brasil vai crescer mais que a média dos chamados países avançados

    Veja os números
    Foto: site FMI

    Coletiva do economistas do FMI

    ( Publicada originalmente às 12h 00 do dia 16/04/2024) 

    (Brasília-DF, 17/04/2024)  Nesta terça-feira, 16, o Fundo Monetário Mundial(FMI) divulgou o seu World Outlook Economic, que trata das “Perspectivas Econ6omica Mundiais” apontando que apesar das previsões pessimistas, a resiliência da economia global continua a ser notável: o crescimento permanece estável e a inflação está caindo quase tão rapidamente como disparou.

    O crescimento global atingiu o seu ponto mais baixo, 2,3%, no final de 2022, pouco depois de a taxa média de inflação global ter atingido o pico de 9,4%. De acordo com as projeções feitas FMI , o crescimento para este ano e para o próximo permanecerá estável em torno de 3,2%, e a taxa média de inflação global cairá de 2,8% no final de 2024 para 2,4% no final de 2025. A maioria dos indicadores continua a apontar para uma aterragem suave. O FMI estima que o Brasil vá crescer 2,2 em 2024 e 2.1% em 2025.

    A economia dos EUA já superou a tendência pré-pandemia. O FMI acredita que agora as consequências serão mais profundas para os países em desenvolvimento de baixos rendimentos, muitos dos quais ainda lutam para virar a página da pandemia e da crise do custo de vida.

    A resiliência do crescimento e a velocidade da desinflação podem ser explicadas pela evolução favorável da oferta, nomeadamente a dissipação dos choques nos preços da energia e a recuperação acentuada da oferta de trabalho apoiada por uma imigração significativa para muitos países avançados. As medidas de política monetária ajudaram a ancorar as expectativas de inflação, embora pareça que a transmissão dos seus efeitos seja menos eficaz  porque as hipotecas de taxa fixa estão agora mais difundidas na Europa.

    Os excelentes resultados observados recentemente nos Estados Unidos podem ser explicados pelo crescimento acentuado da produtividade e do emprego, mas também pela forte procura numa economia que ainda está sobreaquecida. A Reserva Federal deve, portanto, abordar a flexibilização da política de forma cautelosa e gradual. A orientação orçamental é incompatível com a sustentabilidade das finanças públicas, o que é particularmente preocupante. Isto representa riscos, a curto prazo, para o processo de desinflação e, a longo prazo, para a saúde fiscal e a estabilidade financeira da economia global. Arbitragens terão que ser feitas.

    Na zona euro, o crescimento irá acelerar, mas a partir de níveis muito baixos: os efeitos prolongados de choques anteriores e da política monetária restritiva estão a abrandar a actividade económica. Se o crescimento salarial permanecer elevado e a inflação nos serviços persistir, o regresso da inflação ao nível-alvo poderá ser adiado. No entanto, ao contrário dos Estados Unidos, há poucos sinais de sobreaquecimento e o Banco Central Europeu terá de orquestrar cuidadosamente a flexibilização monetária gradual para evitar uma inflação abaixo da meta. A aparente força dos mercados de trabalho poderá ser ilusória se se verificar que as empresas europeias estão a acumular mão-de-obra na expectativa de uma recuperação da actividade e que esta não se concretiza.

    A economia chinesa continua a sofrer com o declínio do seu sector imobiliário. Os booms e as quedas do crédito nunca se resolvem rapidamente e este não é exceção. A procura interna permanecerá lenta, a menos que medidas decisivas abordem as causas profundas. A contracção da procura interna poderá muito bem causar um aumento dos excedentes externos, o que poderá exacerbar as tensões comerciais num contexto geopolítico já delicado.

    Muitos outros grandes países emergentes estão em ascensão, alguns aproveitando a reconfiguração das cadeias de abastecimento globais e o aumento das tensões comerciais entre a China e os Estados Unidos. A pegada destes países na economia global está a aumentar.

    ( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr.)

     


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