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Nordestinas
  • 11/07/2018 06h48

    Poder nordestino no Senado está sob risco; cardeais nordestinos correm riscos e alguns nem candidatos serão

    Dos 18 que poderiam buscar a reeleição já está certo que 8 deles não deverão ser candidatos, mas o número poderá aumentar
    Foto: assessoria do senador José Agriino

    José Agripino é um dos figurões do Senado que não vai disputar a reeleição

    ( Publicada originalmente às 18h 22 do dia 10/07/2018) 

     

    (Brasília-DF, 11/07/2019) O primeiro semestre político no Congresso Nacional está se encerrando e com a proximidade das convenções partidárias – entre o dia 20 de julho e 5 de agosto os partidos estão autorizados a realiza-las – já começa a ficar claro que a próxima legislatura poderá ser uma das que mais vai oferecer mais caras novas, no Senado Federal, mesmo com as regras eleitorais estarem favorecendo os que já têm mandato.  Historicamente, o Senado Federal é controlado por lideranças nordestinas e algumas delas correm grande risco de não se reelegerem e alguns nem candidatos deverão ser nas eleições de outubro.

    Dos 81 senadores, 27 são eleitos por estados do Nordeste.  Desses, dois terços(2/3) terão quer renovar os mandatos – um total de 18 senadores. 

    No final de junho e no início da primeira semana de julho ficou confirmado com o senador com mais mandatos no Senado, senador José Agripino(DEM-RN), que têm quatro mandatos, está a 32 anos com mandatos seguidos na “Casa de Rui Barbosa” anunciou que será candidato a Câmara Federal.  A senadora Lídice da Mata(PSB-BA) não foi incluída na chapa majoritária do governador Rui Costa, da Bahia, e será candidata a Câmara Federal. 

    Há mais tempo, o senador João Alberto Sousa(MDB-MA), que foi senador por dois mandatos e ficou famoso por ser corregedor do Senado Federal – já tinha anunciado que não seria candidato à reeleição.  O senador Edson Lobão(MDB-MA), presidente da Comissão de Constituição e Justiça(CCJ), e que já tem 82 anos, cumpre seu quarto mandato ao Senado, é candidato à reeleição numa disputa que talvez seja a sua mais difícil de sua vida pública, apesar de liderar as pesquisas até o momento.

    FIGURÕES POLÍTICOS CORREM RISCOS

    O senador Renan Calheiros(MDB-AL), que cumpre seu terceiro mandato e já foi presidente do Senado por três vezes é candidato à reeleição e tem a vantagem de ter o filho, Renan Filho, governador de Alagoas. O senador Benedito de Lira(PP-AL), líder do progresssistas no Senado, também busca a reeleição. Lira está no primeiro mandato. Os dois lideram as pesquisas internas que a Política Real teve acesso, mas a possível candidatuta do deputado  estadual Rodrigo Cunha(PSDB-AL) ao Senado é vista como um problema para a reeleição dos dois.

    No Ceará, o senador Eunício Oliveira(MDB-CE), presidente do Senado e do Congresso  caminha para uma reeleição. Ele fez uma aliança branca com o PT, do governador Camilo Santana, que também busca à reeleição e deverá fazer, também, um acordo tácito com o ex-governador Cid Gomes(PDT), que também será candidato ao Senado.  Oliveira tem as dificuldades naturais de todas as eleições majoritárias, no entanto a ausência de candidatos fortes ajuda muito seu projeto de conseguir um segundo mandato ao Senado.  O senador José Pimentel(PT-CE) evita falar que seja candidato à reeleição, face ao acordo que Santana montou com o emedebista Eunício Oliveira e o pedetista Cid Gomes. Pimentel também não diz ao que pretende nesses eleições de outubro, até agora.

    No Sergipe, o senador Eduardo Amorim(PSDB-SE) é candidato ao Governo do Sergipe. Ele teria direito à reeleição.  O senador Antonio Carlos Valadares(PSB-SE) que cumpre seu terceiro mandato tem evitado confirmar a busca pela reeleição, pois ele trabalha para viabilizar a candidatura do deputado Valadares Filho(PSB-SE) ao Governo do Sergipe.  A Política Real apurou que ele deverá anunciar, em breve, a busca de um quarto mandato na “Casa de Rui Barbosa”.

    No Piauí, a senadora Regina Sousa(PT-PI), que assumiu na condição de suplente do então senador Wellington Dias(PT-PI), deverá ser candidata ao Senado na chapa do próprio Dias, que será candidato ao quarto mandato como governador do Piauí.  O senador Ciro Nogueira(PP-PI), presidente nacional do progressistas(PP), vai buscar seu segundo mandato. Tanto Nogueira como Regina não aparecem liderando as pesquisas, mas observadores da política piauiense avaliam que ambos têm boas chances face as dificuldades da oposição.

    Em Pernambuco, o senador Armando Monteiro Neto(PTB-PE) será candidato ao Governo do Estado.  O senador Humberto Costa(PT-PE) é, até o momento, candidato à reeleição, ao segundo mandato, mas ainda monta a equação política.  O líder na maioria das pesquisas ao Senado é o deputado federal Jarbas Vasconcelos(MDB-PE).   O deputado federal Sílvio Costa(Avante-PE), um dos maiores críticos do impeachment da Presidente Dilma Rousseff e do Governo Temer, além de apoio ao ex-presidente Lula, é candidato ao Senado, e defende compor a chapa do PT ao Governo do Estado.  Essa questão ainda não foi resolvida em Pernambuco.

    Na Paraíba, o senador José Maranhão(MDB-PB), o mais experiente daquela representação estadual é candidato ao Governo do Estado, lidera as pesquisas e poderá deixar o Senado.  As outras duas vagas estão também em disputa.  O senador Cássio Cunha Lima(PSDB-PB), Primeiro Vice Presidente do Senado, um veterano da política paraibana, terá dificuldades na busca pela reeleição.  O senador Raimundo Lira(PSD-PB) que era suplente, assumiu no lugar do então senador Vital do Rêgo Filho(MDB-PB). Ele teve doís mandatos no Senado.  Ele anunciou há 40 dias que não será candidato nessas eleições majoritárias.  A Paraíba poderá ter até três novos senadores tomando posse em fevereiro de 2019.

    O senador Garibaldi Alves Filho (MDB-RN) que cumpre seu terceiro mandato no Senado será candidato à reeleição.  Agripino foi presidente do Senado e do Congresso Nacional.  O senador Roberto Muniz(PP-BA), que assumiu de forma definitiva no lugar do então senador Walter Pinheiro(Sem Partido-BA) não será candidato ao Senado. O senador Otto Alencar(PSD-BA) tem mais quatro anos e não será candidato nas eleições deste ano.

    BALANÇO

    Dos 18 senadores nordestinos que poderiam buscar à reeleição na disputa de outubro, já está certo, um grupo de 8 senadores não deverá buscar mais um mandato.  Esse número até o final das convenções, em 5 de agosto, poderá aumentar, apurou a Política Real.

    ( da redação com texto e edição de Genésio Araújo Jr)  


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