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Nordestinas
  • 08/06/2018 08h25

    Presidente Michel Temer diz que Brasil não corre risco de crise cambial

    O presidente Michel Temer disse não acreditar que a incerteza do quadro eleitoral traga riscos para a economia brasileira
    Foto: Marcos Corrêa/PR

    Michel Temer falou à TV Brasil e houve repercussão geral

    ( Publicada originalmente às 20h 34 do dia 07/06/2018) 

     

    (Brasilia-DF, 08/06/2018)  O presidente Michel Temer concedeu uma entrevista hoje, 7, a jornalista Roseann Kennedy, da TV Brasil, justo no dia de grave abalo na cotação do dólar que fez o Banco Central fazer operações no sentido de conter o avanço da moeda americana que poderá fazê-lo colocar U$ 20 bilhões no mercado até o final da semana.   Temer disse que o governo tem todas as condições para enfrentar a alta do dólar. “Não há risco de crise cambial no Brasil”, avaliou.

    Segundo o Presidente da República, o país dispõe de uma reserva de US$ 380 bilhões e uma dívida muito inferior a este valor, além de manter sob controle o ajuste fiscal e continuar recebendo investimentos de empresas estrangeiras.  Temer destacou ainda que não é apenas o Brasil que está sentindo os efeitos da valorização do dólar e da subida dos juros nos Estados Unidos, mas vários países, destacando México, Argentina e Colômbia.

    INCERTEZA ELEITORAL E CAUTELA

    O presidente Michel Temer disse não acreditar que a incerteza do quadro eleitoral traga riscos para a economia brasileira. Ele defendeu que o eleitor examine o programa doS candidatoS.

    "Acho que o voto será no programa; não na pessoa", afirmou. Segundo Temer, os pré-resultados das pesquisas causam "preocupações nas pessoas", mas avalia que os candidatos terão cautela e saberão se conduzir ao longo da campanha.

    Ele disse que a reforma da Previdência precisará ser debatida e continuará no horizonte dos governantes.

    "Falar contra as reformas traz instabilidade para o mercado", declarou. "Eu acho que pouco a pouco os candidatos  vão ver que é importante a continuidade do nosso programa de governo".

    Questionado sobre a indicação do ex-ministro Henrique Meirelles para estar à frente do MDB nas eleições deste ano, Temer disse que "Meirelles é a continuidade".

    Segundo ele, o ex-ministro foi muito bem recebido no MDB e tem "maioria" lá dentro. Ele afirmou, entretanto, que o partido nunca tem posição unânime.

    "O MDB sempre foi assim. Nem dr. Ulysses [Guimarães] conseguiu. Ele reconstruiu o Brasil e teve 4,6% dos votos; foi abandonado pelo MDB", avaliou. Michel Temer disse ainda esperar ser reconhecido futuramente. "Já me disseram que o reconhecimento virá depois, será mais histórico do que momentâneo", afirmou. 

    TABELAMENTO

    O presidente Michel Temer negou hoje qualquer possibilidade de tabelamento de preços na economia brasileira, seja de combustíveis ou outros produtos e serviços. “De jeito maneira [faremos tabelamento de preços]", respondeu.

    Com o fim da paralisação dos caminhoneiros, Temer afirmou que o governo trabalha agora para que o desconto de R$ 0,46 sobre o litro do diesel chegue às bombas. O presidente disse que os próprios caminhoneiros já estão fiscalizando a aplicação do desconto pelos postos.

    DIÁLOGO E FRAGILIDADE

    O presidente classificou como “dramática” a paralisação dos caminhoneiros - que provocou desabastecimento de combustível, alimentos e medicamentos em quase todo o país. Ele observou que “os rescaldos” da greve ainda estão sendo sentidos pela população, e destacou que em nenhum momento houve violência por parte das forças de segurança do governo.

    Temer rebateu ainda o que os críticos chamaram de “fragilidade” de seu governo na negociação. Segundo ele, essa “fragilidade” é, na verdade, a opção pelo diálogo. “Vou repetir que o Brasil precisa aprender a conviver com o diálogo e a democracia. E eu não saio desse padrão”, afirmou. “Fomos até onde deu na greve, mas mantendo o ajuste fiscal”, completou.

    Temer disse que a Casa Civil e o Ministério dos Transportes estão estudando "uma adaptação à tabela dos preços mínimos do frete" para que os caminhoneiros tenham condições de trabalho, sem que a economia seja abalada.

    Ele garantiu que o acordo feito com os caminhoneiros não será desconsiderado. O presidente lembrou que a tabela da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) já existia, mas não estava sendo colocada em prática porque havia uma oferta grande de fretes, graças ao número de caminhões disponíveis, após a retração da economia. "Mas isso não foi no meu governo", destacou.

    Copa do Mundo

    Por fim, o presidente disse que recebeu convite para ir à Copa do Mundo na Rússia, mas não sabe se vai porque "o Brasil está agitado e exige a presença do governante". Segundo Temer, a Copa "recupera o patriotismo", ao colocar em evidência a nossa bandeira e seu lema Ordem e Progresso. Ele disse esperar que os brasileiros possam festejar um bom resultado para o Brasil.

    A entrevista do Presidente Temer a Roseann Kennedy foi transmitida às 18h 30.

    ( da redação com informações da Agência Brasil. Edição: Genésio Araújo Jr)

     

     


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