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Nordestinas
  • 18/05/2018 14h26

    Wellington Dias diz que governadores se posicionam pela suspensão do processo de privatização do setor elétrico e pela pauta federativa encalhada no STF e Planalto

    Governador do Piauí afirma que temas ganharam destaque nas discussões da reunião Fórum dos Governadores do Nordeste
    Foto: Álvaro Carneiro, da assessoria do Governo do Piauí

    W. Dias falando no evento dos governadores do NE e MG

    (Brasília-DF, 18/05/2018) Governadores do Nordeste se posicionam pela suspensão do processo de privatização do setor elétrico brasileiro –Eletrobras e suas subsidiárias, como a Chesf – e ainda reforçar a luta pela pauta federativa que está encalhada no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Palácio do Planalto.

    A informação é do governador do Piauí, Wellington Dias 9PT), no encerramento da primeira etapa da reunião do Fórum dos Governadores do Nordeste, que acontece nesta sexta-feira, 18, em Recife (PE).

    “Nós tivemos uma posição muito firme na defesa de uma maior responsabilidade em relação ao sistema elétrica”, afirmou o gestor piauiense.

    Sistema elétrico

    De acordo com Wellington Dias “nenhum patrimônio do povo brasileiro construído a muito suor durante um longo tempo, como a Chesf e a nossa Cepisa, não é razoável esse processo (de privatização) atabalhoado, no final do mandato (do presidente Temer) e numa situação cheia de problemas de ordem legal.”

    “Veja no caso do próprio Piauí: estão vendendo um sistema, em que ainda nem pagaram a nossa Cepisa”, exemplificou.

    O governador atentou para as consequências da privatização do setor elétrico brasileiro, uma preocupação que atinge todos os nove estados do Nordeste.

    “Temos uma preocupação com as consequências de tudo isso. Os impactos que vai ter para a população. Todos os estudos apontam que haverá de imediato um aumento na alíquota, além do que se paga hoje, em mais de 17%”, revelou.

    “Em razão de tudo isso, fizemos uma sugestão para suspender esse processo de privatização da Eletrobras, e da Chesf em especial, e se abra um diálogo e a partir desse diálogo se ter uma posição qual é o melhor caminho”, completou o governador.

    Pauta federativa

    Wellington Dias também destacou o debate que os governadores nordestinos tiveram em relação a temas que integram a pauta federativa.

    Segundo ele, hoje há sistemáticas medidas para bloquear recursos dos estados e dos municípios, como os Fundos de Participações (FPE e FPM), cortes na área social, como no Bolsa Família e no Pronaf (Programa Nacional da Agricultura Familiar)

    “E, aqui, colocamos uma pauta dos governadores, como as ações que estão em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF), que queremos que sejam pautadas com prioridade, como a que garante entrar em funcionamento a Lei dos Royalties, que foi aprovada pelo Congresso Nacional, e faz distribuição justa dos royalties (do pré-sal) e participação especial, além da questão do salário da educação, pois as ações relativas, a diferença não paga o Fundef”, disse Wellington Dias.

    O governador do Piauí também citou o bloquei de R$ 21 bilhões do Fundo de Participação.

    “O próprio Fundo de Participação, que a título de receitas a classificar são cerca de R$ 14 bilhões. Num momento de dificuldade que passam estados e municípios há necessidade de uma ação conjunta dos governadores do Brasil tanto em relação ao poder central, quanto ao Supremo”, acentuou.

    Pauta política

    Wellington não quis comentar sobre a pauta política do encontro, que envolve a sucessão presidencial – com a maioria dos governadores do Nordeste defendendo uma aliança nacional entre os partidos de esquerda (PT, PDT, PSB e PCdoB), com a composição da chapa Ciro Gomes (PDT)-Fernando Haddad (PT) – as sucessões para os governos dos estados, temas que também estivem na ordem do dia da reunião.

    (Por Gil Maranhão. Agência Política Real. Edição: Genésio Jr.)


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