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Nordestinas
  • 18/05/2018 08h14

    ELEIÇÕES 2018 - Camilo Santana admite e defende apoio a Ciro Gomes, Haddad para vice e alerta o PT sobre “isolamento suicida”

    Governador do Ceará é um dos mandatários do Nordeste que participa do encontro de gestores petistas nesta quinta, em Minas
    foto: Tapis Rouge

    Camilo Santana falou ao Estadão e a Política Real repercutiu

    ( Publicada originalmente às 14h 24 do dia 17/05/2018)

    (Brasília-DF, 18/05/2018) “O PT não pode apostar no isolamento suicida”. A declaração é do governador do Ceará, Camilo Santana (PT), ao defender a candidatura do pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, seu padrinho político, nas eleições de outubro deste ano. O gestor cearense propõe que PT indique o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), como vice na chapa pedetista.

    Santana é um dos participantes da reunião dos governadores do PT que acontece nesta quinta-feira, 17, e Belo Horizonte. A reunião foi organizada pelo governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), para discutir o atual cenário político e eleitoral do País e um Plano B ao PT – no caso apoio a Ciro. Outros governadores do PT, como Wellington Dias (Piauí) e Rui Costa (Bahia) também defendem apoio à candidatura do PDT, assim como governador do maranhão, Flávio Dino, do PCdoB.

    Em Entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo”, Camilo Santana, afirmou que está convicto de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato, não conseguirá disputar a Presidência nas eleições deste ano

    Insistência do PT em Lula

    “Respeito a posição do partido. Sempre tenho colocado que Lula é vítima de uma grande injustiça, mas acho que o momento não é de radicalismo. Sei que o desejo de todos nós era o Lula poder ser candidato. Mas entre querer que ele seja candidato e a realidade atual existe uma ponte muito grande”, disse Santana quando discorreu sobre a estratégia de setores do PT de insistir na candidatura do ex-presidente Lula.

    Interrogado se defenderia o apoio do PT a outro candidato, o governador do Ceará foi taxativo.

    Parto do princípio de que o PT, sem dúvida nenhuma, é hoje o maior partido deste País. Agora, não acredito que vão deixar o Lula ser candidato. Isso é um fato. Não adianta a gente se enganar. Acho que ele poderá contribuir muito nesse processo eleitoral, mas não como candidato. Não permitirão isso. E penso que o Ciro é hoje, sem dúvida nenhuma, o principal nome para unir as esquerdas e garantir as conquistas sociais alcançadas durante os 12 anos do PT no poder.”

    “Ciro, aliado fiel”

    Segundo Camilo Santana, “Ciro sempre foi um aliado fiel”. “Negar isso acho que seria injusto. Acho que o PT tem uma grande oportunidade de fazer esse debate. Não podemos nos isolar. O momento é de união, não de isolamento. O momento não é de radicalismos, isso não vai levar a nada. O momento é de reflexão, serenidade, desprendimento. Acho que quem pensa de verdade no partido, na sua história de luta, de conquista, não pode apostar no isolamento suicida”, disse.

    “Isolamento suicida”

    O governador explicou porque alerta ao PT para fugir de um “isolamento suicida”.

    “Claro que o desejo, a vontade nossa, e da grande maioria do povo brasileiro, é o Lula presidente. Desejar é uma coisa, a realidade é outra. A realidade, e estou convicto disso, é que não acredito que vão deixar o Lula ser candidato. E nós vamos estender isso até quando? Vamos prorrogar isso até quando? A partir do momento que isso acontecer, acaba o PT, talvez, ficando isolado. Essa é minha preocupação”

    Na entrevista, Camilo Santana também sugere que esse debate deve ser feito “Agora, já preparando, pavimentando aí”.

    Haddad vice de Ciro

    “Independente do que vai acontecer, acho que precisa ter essa clareza. Pode ser que a decisão dos partidos de esquerda seja cada um lançar um candidato no primeiro turno e apostar no segundo turno. Mas acredito que isso seja um risco de insucesso de uma candidatura que possa representar uma visão progressista do País”, frisou.

    Questionado se setores do PT defendem outro nome do partido, Camilo revelou que “ Há quase dois anos defendia que (ex-prefeito de São Paulo Fernando) Haddad fosse vice do Ciro ou vice-versa. Só acho que Ciro é uma pessoa preparada, que defende princípios e políticas de esquerda desse País. É inteligente, pensa o País e se credenciou para se colocar como uma das opções.”

    Conversa com outros petistas

    - O senhor apoiará Ciro, independentemente da decisão do PT? – questionou o repórter de “O Estadão”.

    “Estamos aguardando esse diálogo. O próprio partido sabe da minha relação com o Ciro, com o Cid, uma parceria, uma relação política muito forte. É uma pessoa em quem acredito. Estou na perspectiva de construir uma aliança ainda no primeiro turno. E vou trabalhar para isso, independente de ser o PT na cabeça e o PDT na vice, ou vice-versa”, disse.

    “Mas acho que o único nome que o PT teria para construir uma candidatura viável é o nome do Lula. Não sendo Lula, defendo que o nome seja o do Ciro e que o PT indique o vice já no primeiro turno, para que a gente possa construir e ter tempo para pavimentar, para consolidar uma candidatura forte nessas eleições de 2018”, completou.

    Camilo Santana afirmou, ainda, que já conversou com outros petistas sobre o apoio ao Ciro, como o ex-governador Jaques Wagner, os governadores Rui Costa (Bahia) e Wellington Dias (Piauí), também com alguns governadores que não são do PT. 

    (Por Gil Maranhão. Agência Política Real. Edição: Genésio Jr.)


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