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Nordestinas
  • 20/04/2018 09h10

    Siqueira avalia que a candidatura de Joaquim Barbosa ajuda nas candidaturas dos governos estaduais mais que as alianças regionais

    Presidente do PSB diz que primeira reunião com o ex-ministro foi o primeiro tijolo para construção da candidatura socialista ao Planalto
    Foto: Humberto Pradera, flick do PSB Nacional

    Carlos Siqueira ao lado de Renato Casagrande e Beto Albuquerque na coletiva do PSB

    ( Publicada originalmente às 20h 49 do dia 19/04/2018) 

     

    (Brasília-DF, 20/04/2018) O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, avaliou que a candidatura do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, ajuda nas candidaturas para os governos estaduais do partido, mais que as alianças regionais. A legenda tem 11 pré-candidatos a governador nas eleições deste ano.

    O núcleo político do partido – formado por 10 pessoas, dentre elas os cinco governadores do PSB -  se reuniu o ex-ministro nesta quinta-feira, 19, na sede da legenda, em Brasília. Foi o primeiro encontro de Barbosa com o PSB, desde a sua filiação no último dia 6.

    Siqueira classificou a conversa como “o primeiro tijolo da construção dessa nossa candidatura”. Ele lembrou que o partido até 5 de agosto, prazo da realização das convenções, para a definição da candidatura socialista à Presidência da República. No final do encontro, o presidente do PSB conversou com os jornalistas. A Agência Política Real destacou alguns pontos da entrevista, que publicamos a seguir.

    Plano de governo

    “Uma candidatura presidencial não vai se dar apenas pelo fato de s éter bons índices nas pesquisas. É importante isso, mas não essencial. Temos que ter a junção disto com a construção programática de um Plano de Governo que possa refletir os interesses do nosso País, propostas que superem a crise e a divisão política-geográfica que o País vive. Essa história de “nós e eles” levou o nosso País a uma divisão de alto grau intolerância e de crescimento da extrema direita, que é muito preocupante para o PSB e todos os cidadãos”

    Unir setores

    tr“Estamos procurando um nome que uma mais os setores, não apenas partidários ou político, mas também setores sociais. A nossa decisão de ter uma candidatura própria leva em conta a avaliação que temos a conjuntura nacional, no grau de desgaste da política convencional, de um sistema político que se aproxime mais com a sociedade.

     

    Tijolo a tijolo

    “Será uma construção. Tijolo a tijolo. Isso significa dizer que não daremos qualquer passo com açodamento, nem com pressa. Quem tem prazo não deve ter pressa. É um projeto de extrema responsabilidade e requere dos dirigentes e dele próprio (Joaquim Barbosa) bastante serenidade.”

    Filiação e 1º encontro

    “Acho que hoje foi até mais interessante do que o dia filiação (de Barbosa). Embora a filiação seja indispensável, essa reunião foi com o grupo eleitoral do PSB. Esse primeiro contato foi um conhecimento. Ele é uma pessoa do mundo jurídico e nós somos do mundo da política. Embora ele tenha posições, como ministro, que foram relevantes para a vida do País. Foi uma conversa para nos conhecermos melhor, criar uma sinergia para a gente possa colocar outros tijolos sobre esta construção.”

    Eleição atípica

    “A maioria dos políticos e da imprensa está analisando este processo eleitoral com uma visão no retrovisor. Esta é uma eleição atípica. Não é uma eleição que reincidir tudo que já vimos nesses 30 anos de democracia. Nós estamos com esta indisposição do eleitorado em relação aos rumos da política e por isso presidenciável que estão meses na política não conseguiram decolar.”

    Lula

    “O único que conseguiu decolar é um candidato que não pode ser candidato e cujo índice de rejeição é maior que a intenção de votos.”

    Barbosa

    “Aí surge um cidadão, uma personalidade do mundo jurídico, mas que tem posições políticas também, e se filia a um partido quase que secretamente, porque nenhum de vocês (jornalista) viu ele assinando a ficha, na noite do último dia do prazo, embora decorrente de conversas de meses. E esse cidadão, na primeira pesquisa, sem que o nome dele seja lembrado por todos, sem estar fazendo campanha, aparece praticamente empatado em 3º lugar, passa o pré-candidatos como Geraldo Alckmin que já teve quase 50 milhões de votos numa eleição, governador de S. Paulo por 4 vezes e apere, em alguns cenários, empatados com Marina Silva, que já foi2 vezes candidata.”

    Herdeiro de votos

    “Sinceramente, eu não gosto dessa história de herdeiro na política. Ninguém é dono do voto de ninguém. Os eleitores são livres para escolherem quem eles querem. Os eleitores que vão decidir a quem dar o seu voto.”

    Crise política

    “Nenhum de nós brasileiros concordamos com o que aconteceu com o ex-presidente Lula. Porque quando um ex-presidente que é um dos poucos líderes do nosso País, e líder nas pesquisas é preso, revela que nós não estamos numa normalidade política. Estão presos ele, outros políticos, grande empresários e banqueiros. E isso é revelador de uma profunda crise política que vive o País.”

    Divergências/governadores

    “Eu não concordo que tantas indiferenças internas no partido. Ninguém disse aqui que é contra a candidatura de Joaquim Barbosa.  Pelo contrário, todos os governadores, inclusive o Marcio Franças e o Ricardo Coutinho, deram sugestões para que organizássemos os próximos passos.”

    Alianças regionais

    “O partido tem seus cuidados. Tem seus problemas regionais. Temos 11 candidatos a governos estaduais. Eles dependem de aliança, de coligações em seus estados. Nós também não queremos atrapalhar isso. Eu, no entanto, estou convencido, que a eventual candidatura de Joaquim Barbosa vai ajudar muito mais que todas as coligações que estão sendo engendradas. Não tendo dúvidas que o potencial dele é bem maior que o resultado das pesquisas que Datafolha revelou. Portanto, ele se torna uma liderança que pode ajudar não apenas eleger mais deputados, mas também participando dos palanques estaduais, contribuir para o êxito desses palanques.”

     

    (Por Gil Maranhão. Agência Política Real. Edição: Genésio Jr.)


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