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Nordestinas
  • 20/04/2018 08h40

    Márcio França reitera apoio a Alckmin, mas reconhece que se Barbosa quiser ser candidato o quadro poderá mudar

    Governador de São Paulo considera Joaquim Barbosa uma figura “interessante”, mas tem dúvidas se ele quer ser candidato à Presidência da República
    Foto: Humberto Pradera, flick do PSB nacional

    Márcio França na conversa com Joaquim Barbosa

    ( Publicada originalmente às 20h 48 do dia 19/04/2018) 

     

    (Brasília-DF, 20/04/2018) O governador de São Paulo, Márcio França(PSB), membro do “grupo dos 10” que faz parte do Conselho Eleitoral do PSB, disse a Política Real que o partido é um partido maduro pelo tamanho e importância porém face “conjunção de interesses” tem dificuldades para uma candidatura própria à Presidência da República, reafirmou que apoia a candidatura do tucano Geraldo Alckmin, mas que se o ex-ministro do Supremo, Joaquim Barbosa, quiser ser candidato à Presidência vai mudar o quadro.  Ele salientou o fato de Barbosa, mesmo não tendo sido lançado ao cargo já estar em terceiro lugar nas intenções de votos.

    “Quando se está filiado se está apto. Ele é uma figura muito interessante . Tem posições fortes. É uma honra recebe-lo no partido. Ele está conhecendo as pessoas. Tem governador ali que ele não conhecia. Uma vez eu já tinha estado com ele em São Paulo, conversamos, longamente.”, disse, inicialmente.

    Márcio França saiu antes do final do encontro dos socialistas que se realizou na sede nacional do partido no bairro Asa Norte, na Capital Federal. Disse que tinha agenda, mas não falou qual.  França foi o primeiro a sair do encontro que seguiu por quase toda a tarde dessa quinta-feira,19. 

    Na coletiva, uma jornalista perguntou se o PSB estaria pronto para ter uma nova candidatura à Presidência.

    “Do ponto de vista numérico sim, temos mais governadores que todos os partidos, um partido maduro que disputou várias eleições, médio, mas facilmente comporia com outros quadros, eu ainda não sinto maduro com vista a conjugação dos interesses. Dele Barbosa) com todo mundo. Ainda não tem essa conjugação.”, disse.

    Ele avança ao avaliar que Joaquim Barbosa não ter demonstrado firmeza numa pré-candidatura.

    “Ele mesmo não tem isso.   Ele não disse: eu quero ser candidato! Ainda não tem um formato para começar uma conversa dentro do partido, também avaliações novas a partir da pesquisa( Datafolha), de fato a pesquisa foi surpreendente”, disse

    Ele fez questão de salientar a não-candidatura de Barbosa, voltou a dizer que o mais maduro seria apoia o tucano Geraldo Alckmin e que ele terá que sensibilizar todo o partido que não é feito só dos 10 membros do conselho eleitoral, mas de 500 mil filiados.

    “ Tudo o que eu falar será uma suposição. Ele não disse se é candidato. Eu sempre vou trabalhar no cenário que eu disse, na minha visão, no meu ponto de vista, a opção do Alckmin é a mais madura que existe para o Brasil. Agora, o Joaquim não é um candidato ainda. Se ele virar candidato, ele tem sido muito cortês em falar isso, é claro que ele é um nome. Ele produziu um fato no Brasil significativo, quem é do ramo sabe o que é isso. Cada coisa no seu tempo. Cada tijolo. Nesse momento é só um conhecimento. Muitos não o conheciam. Aqui são 10 pessoas, o partido é feito por meio milhão de pessoas. As pessoas precisam conhece-lo, ele precisa se deixar conhecer por todo mundo”, disse

    Márcio França foi questionado sobre o tempo para uma definição e uma decisão pela candidatura.

    “O prazo é até julho. Eu não senti nele nenhuma pressa na decisão. Eu não sinto ninguém com resistência. Eu defendo o Alckmin e outros defendem outros. Nós ainda não tempos o quadro completo. Com o tempo as coisas vão mudar. O quadro não está fechado. Se ele diz eu quero ser candidato! Aí, é outra circunstância, mas hoje ele não falou isso: eu quero ser candidato!”, disse

    Ele foi perguntado por um jornalista sobre se a demora de uma decisão iria atrapalhar uma efetiva candidatura.

    “Por enquanto isso não tem sido. Porque ele não se posicionou e está em terceiro lugar, se ele se posicionar, sei lá onde ele vai parar! “, disse, reconhecendo a importância do momento de Barbosa.

    Uma jornalista quis saber se essa demora não seria uma estratégia do ex-ministro.

    “ Talvez ele esteja sendo mais inteligente que a gente. Pensando uma estratégia que seja útil para ele. Eu senti que ele está se convencendo e a gente também. Não acho que ele esteja fazendo uma articulação. Ele está colocando seu nome. Ele tem uma vida toda reservada”, disse.

    Sobre as dificuldades para ele assumir a candidatura, França salientou que Barbosa é homem de encarar grandes tarefas.

    “ Ele é um homem de tarefas. Ele já encarou tarefas difíceis na vida. Missão é missão. Se for essa a missão!”, finalizou.

    ( da redação com edição de Genésio Araújo Jr)


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