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- Contato Brasil, 26 de abril de 2024 22:57:19
( Publicada originalmente às 18h 58 do dia 19/04/2018)
(Brasília-DF, 20/04/2018) O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, afirmou nesta quinta-feira, 19, que depende apenas dele próprio para decidir sobre a sua candidatura à Presidência da República pelo PSB.
O ex-ministro se filiou à legenda no último dia, no apagar das luzes do prazo para filiações partidárias ou troca de partido. Na tarde desta quinta ele teve a sua primeira reunião com o núcleo político do partido para conversar sobre o assunto.
O núcleo é formado pelos cinco governadores socialistas: Paulo Câmara (Pernambuco), Ricardo Coutinho (Paraíba), Rodrigo Rollemberg (Distrito Federal), Márcio França (São Paulo) e Daniel Pereira (Roraima) - este último não compareceu.
Tem, ainda, o presidente do PSB, Carlos Siqueira (PE); o vice-presidente, Beto Albuquerque (RS); o secretário-geral e presidente da Fundação João Mangabeira, Renato Casagrande (ES), e os líderes na Câmara (deputado Júlio Delgado/MG) e no Senado (senador Antonio Carlos Valadares/SE).
Foram mais de duas horas de reunião fechada na sede do partido, em Brasília. No final, três dos quatros governadores presentes à reunião deixaram a sede do PSB com opiniões divergentes quando a possível candidatura de Joaquim Barbosa à Presidência da República. Consenso mesmo foi quando a indefinição do ex-ministro. Todos afirmaram que Barbosa ainda está pensando se aceita ou não ser candidato pelo partido. Segue, a seguir, a íntegra da entrevista do ex-ministro à imprensa.
O que falta para o senhor decidir ser candidato pelo partido?
“Não mudou nada em relação à nota que divulguei na internet no dia que e que eu me filiei ao PSB. Ou seja, há dificuldades dos dois lados. O partido tem a sua história, tem as suas dificuldades de alianças regionais. E eu, do meu lado, tem as minhas dificuldades de ordem pessoal. Eu ainda não consegui convencer a mim mesmo de que devo ser candidato. Persiste essa dúvida muito grande da minha parte”.
Quais são essas dificuldades?
“Muitas. Pessoal. Isso afeta a minha vida pessoal, minha e da minha família. De várias pessoas. Isso não mudou..."
A família do senhor é contra?
"Não é a favor."
O senhor tem um prazo para decidir?
"Não, não há prazo. O prazo é muito elástico. As convenções acontecem só lá em agosto, quando finda o prazo. Há muito tempo ainda. O partido pode inclusive optar em escolher um outro nome dentro os seus filiados."
O senhor sente que há resistência de alguns setores do partido?
"Isso é normal. Eu não conheço o partido. Essa foi a primeira reunião com um grupo grande e qualificado de dirigentes. Até então, eu conheci um pequeno número de pessoas, tinha tido algumas poucas conversas com o presidente do partido e com um ou outro líder. Hoje eu tive uma conversa com um grupo maior. Nós estamos ainda naquela fase de conhecimento. Conhecer as pessoas."
Como o senhor avaliam aparecer com 8% nas pesquisas?
"Muito boa. Para quem não está em campanha, para quem não dá entrevistas, para quem não frequenta a cena pública brasileira, está bom."
Na hipótese de uma candidatura, o senhor defenderia a Reforma da Previdência?
"Eu não sou ainda candidato."
O senhor está disposto a andar pelo Brasil?
"Já ando pelo Brasil inteiro, em viagens privadas. Eu circulo o Brasil inteiro. Conheço muito o Brasil."
(Por Gil Maranhão. Agência Política Real. Edição: Genésio Jr.)