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Nordestinas
  • 21/03/2018 09h39

    Uso de recurso da reoneração da folha de pagamento para intervenção “é um bom caminho”, admite Rodrigo Maia

    Presidente da Câmara acredita que haverá trâmite rápido da matéria que está desde ano passado no Congresso
    Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados

    Rodrigo Maia

    ( Publicada originalmente às 18h 59 do dia 20/03/2018) 

     

    (Brasília-DF, 21/03/2018) O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) elogiou nesta terça-feira, 20, a ideia do governo Michel Temer de destinar recursos da reoneração da folha de pagamento de empresas de vários setores produtivos para arcar os gastos da intervenção federal no Rio e outras demandas do Ministério da Segurança Pública.

    “Esse é um caminho, é uma ideia boa”, disse o democrata, revelando que já tinha pensado nesta possibilidade, mas não apresentou a proposta para não entrar em atrito com o Planalto.

    “Eu tinha pensado nisto como relator. O governo pensou também. Então, ótimo. Eu não declarei antes para não criar nenhum tipo de atrito com o governo”, declarou.

    Trâmite rápido

    Maia lembrou que o projeto que trata da reoneração da folha, que está desde o ano passado no Congresso Nacional, pode ter um trâmite mais rápido, em decorrência da situação da segurança pública no País.

    “Já tem o projeto na Câmara e a gente pode rapidamente avançar na Câmara e no Senado”, disse. “E ai o presidente tomaria a decisão de alocação  dos recursos na área que entender, e pelo visto será na área da segurança”, completou.

    “Vamos conversar com o presidente Temer e ver que condições a gente pode atender a demanda do interventor (general Braga Netto), já que sabemos das condições mínimas de trabalhos de todas essas semanas”, disse.

    Despesas compulsórias

    “Todos nós ficamos aguardando para entender qual seria o tamanho do orçamento e o planejamento (das ações). A parte do orçamento está colocada. A gente tinha uma ideia disso, eu já vinha falando algumas semanas e pela necessidade do Estado o orçamento seria acima de R$ 1,5 bilhão”, emendou.

    Rodrigo Maia destacou, ainda, que “as despesas compulsórias do Estado brasileiro hoje muitas vezes dificultam investimentos em novos projetos porque o orçamento é 100% obrigatório, e a parte discricionária é não existe . Temos que trabalhar numa solução de curto prazo e depois numa solução de médio e longo prazo”, avisou.

    O Projeto

    O projeto de reoneração da folha de pagamento de empresas está no Congresso desde ano passado. A primeira medida ´provisória que tratou do tema caducou, sem ter o consenso de parlamentares e e equipe econômica do governo.

    O governo então elaborou um projeto de lei que tramita na Câmara. O relator é o deputado Orlando Silva (SP), atual líder do PCdoB na Câmara. Silva deverá apresentar um relatório com valores menor que o previsto pelo governo.

    Noventena

    Na sua proposta original, o governo pretendia uma receita de R$ 8, 8 bilhões. Devido o atraso da votação, esse valor deverá cair para R$ 6 bilhões. Mas há tendência de cair mais ainda, uma que que depois de aprovada pelo Congresso, a reoneração sofrerá uma espécie de noventena – ou seja, as empresas só passariam a pagar mais imposto três meses (90 dias) após a matéria ser sancionada pelo presidente da República; o dinheiro não entraria em caixa do governo logo neste semestre.

    “Acredito que só no segundo semestre os recursos da reoneração estariam livres, em torno de R$ 3 bilhões, para atender não só ao Rio, mas a outros estados, como o Ceará, para enfrentamento do sistema carcerário brasileiro”, acentuou Rodrigo Maia.

    (Por Gil Maranhão. Agência Política Real. Edição Genésio Jr.)


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