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Nordestinas
  • 21/03/2018 09h25

    Jackson Barreto quer parlamentares de Sergipe engajados luta contra fechamento de fábrica da Petrobrás

    Presidente da Petrobras comunicou na noite de segunda-feira a suspensão das atividades da fábrica, no município de Laranjeiras
    Foto: site Jornal da Cidade

    Jackson Barreto é governador do Sergipe

    ( Publicada originalmente às 15h 07 do dia 20/03/2018) 

     

    (Brasília-DF, 21/03/2018) O governador de Sergipe, Jackson Barreto (MDB), vai a Brasília nesta quarta-feira, 21, para pedir o empenho da bancada parlamentar sergipana no Congresso Nacional na luta contra o fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) da Petrobras, instalada em Laranjeiras. Ele também vai pedir uma audiência com o presidente Michel Temer para tratar do assunto.

    O presidente da Petrobras, Pedro Parente, comunicou ao governador na noite de segunda-feira, 19, a suspensão das atividades da fábrica.

    Bancada e Temer

    "Vou convidar todos os parlamentares federais a se engajarem nessa luta comigo", disse Barreto em nota divulgada à imprensa. "Irei pedir uma audiência de emergência ao presidente Michel Temer e, em companhia dos membros da nossa bancada, pedir sua intervenção nesse processo de fechamento para que seja revertido e preservado centenas de empregos em nosso estado", avisou,

    "Temos que reunir forças nesse momento e buscar uma saída que não prejudique os trabalhadores nem o Estado de Sergipe. Disso eu não vou abrir mão", completou o governador.

    Preocupação

    Jackson Barreto disse que ficou "profundamente preocupado"ao receber o telefone do presidente da Petrobras, e que Pedro Parente alegou que a fábrica vem dando prejuízos consecutivos, tornando a continuidade da operação industrial inviável do ponto de vista econômico.

    "Ele (Parente) afirma que está sendo concretizado um estudo e que irá ser anunciado ainda essa semana o fechamento no mês de junho da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) instalada em Laranjeiras. Ele alega que a empresa vem dando prejuízos consecutivos, tornando a continuidade da operação industrial inviável do ponto de vista econômico", diz o governador na nota.

    "De imediato, coloquei para o presidente a minha preocupação com os funcionários da fábrica e com o futuro do meu estado. São centenas de empregados. Ele disse que nenhum deles seria desempregado, já que existem outras unidades que atuam com mão de obra semelhante a dos trabalhadores da Fafen e que eles iriam ser reaproveitados nestas unidades", continua a nota.

    Empregos

    "Mas de qualquer forma, essa é uma decisão que gera uma grande inquietação", admite Barreto

    "Além da questão dos empregos, a Fafen gera um ciclo econômico virtuoso pela atividade que executa, tanto do ponto de vista da arrecadação de impostos, como no da geração de uma economia produtiva com fornecedores, prestadores de serviços, empresas que dão suporte a operação, e principalmente, as diversas fábricas de fertilizantes que estão instaladas no entorno da Fafen pela proximidade de acesso a matéria prima produzida por ela. Com o fechamento da Fafen, essas fábricas também irão embora", alega o goverbnador na nota.

    "Eu disse ao presidente Pedro Parente que uma decisão dessa envergadura não deve apenas ser comunicada ao governador por telefone. Pedi que me recebesse em audiência na sede da Petrobras no Rio de Janeiro para aprofundar esse tema na busca de alternativas. Não iremos desistir sem lutar. Afinal, são interesses do Estado de Sergipe que estão em jogo. Ele disse que estava a disposição para me receber. Vamos agendar", acentua a nota.

    Prejuízos

    A assessoria de comunicação da Petrobras confirmou a informação e disse que a empresa já havia anunciado em setembro de 2016 que sairia do setor de fertilizantes. A fábrica deixará de produzir, mas terá todos os seus equipamentos mantidos e conservados. A companhia alega que em 2017, a Fafen-SE apresentou resultado negativo de cerca de R$ 600 milhões.

    A assessoria informou também que nenhum outro investimento da Petrobras em Sergipe será afetado por essa decisão e que estima investir mais de R$ 600 milhões no estado até 2019. A Fafen-SE conta atualmente com 272 empregados próprios e a companhia vai se esforçar para a realocação dos empregados em outras unidades.

    (Por Gil Maranhão. Agência Política Real. Edição Genésio Jr.

     

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