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Nordestinas
  • 21/09/2017 07h22

    REFORMA POLÍTICA - Câmara transfere fim das coligações partidárias para 2020; medida atingirá somente vereadores

    Destaque apresentado pelo PPS está dentro da PEC 282/16, e não valerá para as eleições de 2018
    Luis Macedo / Câmara dos Deputados

    ( Publicada originalmente às 21h 03 do dia 20/09/2017) 

     

    (Brasília-DF, 21/09/2017) Por 348 votos favoráveis e 87 contrários – e quatro abstenções -, a Câmara dos Deputados decidiu que na noite desta quarta-feira, 20, que o fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais entrará em vigor somente a partir das eleições de 2020.

    A decisão atinge apenas a eleição dos vereadores. Ou seja, não valerá para as eleições de deputados estaduais e federais no próximo ano, como defendia o PMDB, partido do presidente Michel Temer.

    Destaque do PPS

    Destaque nesse sentido foi apresentado pela bancada do PPS, propondo passar de 2018 para 2020 a vigência da proibição de coligações.

    O tema faz parte da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 282/16, que além da questão de tratar da questão das coligações, também estabelece cláusula de desempenho para os partidos obterem recursos do Fundo Partidário e acesso a tempo de rádio e TV para propaganda, inclusive na campanha eleitoral.

    A PEC 282/16, que tem como relatora a deputada Sheridan Oliveira (PSDB-RR), para ser aprovada, no segundo turno, precisa ter ao menos 308 votos dos deputados.

    Para todos

    Antes da votação, o líder do PSDB, deputado Ricardo Tripoli (SP), chegou a defender a proibição nas coligações tanto para deputados e vereadores. “Sem a coligação, o partido não estará mais camuflado, terá transparência nos atos públicos”, sustentou.

    Trípoli lembrou que uma das maiores críticas às coligações no sistema proporcional é o fato de as cadeiras serem distribuídas de acordo com o desempenho das agremiações unidas. Dessa forma, se dois partidos antagônicos se coligam, é possível que o voto em um candidato ajude a eleição de outro.

    “Temos de devolver aos eleitores o direito de escolher entre aqueles que querem que sejam seus representantes”, frisou o tucano.

    Proibição

    O deputado Hildo Rocha (PMDB-MA) foi outro a defender a votação da proposta, com vigência em 2018.

    “A coligação é a raiz causadora dos problemas que estamos vivendo hoje. Você junta na mesma coligação partidos que pensam diferentes, o que não representa a vontade do eleitor”, enfatizou.

    O parlamentar maranhense acentuou que estar convicto de que as coligações serão proibidas pelo Judiciário se a Câmara dos Deputados se omitir sobre a questão.

     

    (Por Gil Maranhão. Agência Política Real. Edição. Genésio Jr.)


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