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Nordestinas
  • 21/09/2017 07h04

    Edvaldo Moura diz que extinção de zonas eleitorais "é danosa aos interesses da democracia representativa, ao eleitor e à Justiça Eleitoral"

    Desembargador do Piauí, que é membros da Associação dos Magistrados do Brasil, defende diálogo com ministro Gilmar Mendes
    Foto: Floriano Rios, especial para a Política Real

    Desembargador Edvaldo Moura ao lado de Júlio César no evento com magistrados do Nordeste e do Brasil

    ( Publicada originalmente às 14h 34 do dia 20/09/2017) 

     

    (Brasília-DF, 21/09/2017) O vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Estado Piauí (TRE-PI) e membro da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), desembargados Edvaldo Moura, afirmou nesta quarta-feira, 20, em Brasília, que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de extinção de zonas eleitorais em todo o Brasil é danosa aos interesses da democracia representativa.

    O desembargador piauiense foi uma das autoridades a participar do café da manhã promovido pela Bancada Parlamentar do Nordeste, na Câmara dos Deputados para discutir o tema.

    Ele avaliou como positivo o encontro, que contou ainda com a participação do presidente da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), Jayme Oliveira, e representantes da instituição de vários estados.

    Rezoneamento

    "Foi positivo esse encontro, pois se debateu de forma exaustiva a questão do rezoneamento, que na verdade é a extinção de zonas eleitorais no Brasil", disse Edvaldo Moura, em entrevista exclusiva ao portal da Política Real.

    O desembargou avaliou que essa Resolução do TSE "atinge de forma brutal os estados mais pobres da Federação, como o Piauí, e outros do Nordeste, criando uma séria de dificuldades para o eleitor e para a Justiça eleitoral como um todo.

    Somente nos nove estados da região Nordeste estão previstas para serem extintas 600 zonas eleitorais.

    "Medida danosa"

    "Vejo essa medida do TSE, parece-me que concebida pelo ministro Gilmar Mendes, como danosa aos interesses da democracia representativa, aos interesse do cidadão, do eleitor daquele que vai ficar distante do juiz, com a extinção da zona, e, consequentemente um embaraço à sua vida, seu trabalho e seu atuar", enfatizou.

    Na opinião de Moura, "é uma medida contempla os interesses nem do Piauí, nem do Brasil como um todo". O desembargador  lembrou que o estado do Piauí perdeu 24 zonas eleitorais e 07 foram objeto de mudança de localidade.

    "Nós sabemos que a Constituição Federal assegura a qualquer cidadão o princípio do acesso pleno e livre ao Judiciário, seja o eleitoral, o federal, o trabalhista ou à Justiça Comum", ressaltou.

    "Acesso à Justiça"

    "É um direito fundamental do cidadão tem pleno acesso a Justiça. Quando se extingue as zonas eleitoral, se cria dificuldade para esse pleno e livre acesso à Justiça", reforçou o desembargador.

    - O senhor acredita que essa articulação que o Judiciário faz com o Parlamento, que é responsável pelas possíveis alterações no Orçamento da União, essa interação poderá fazer com que o Congresso mantenha uma dotação para que essas zonas eleitorais permaneçam, mesmo com essa resolução do TSE? – questionou a nossa reportagem.

    "TSE vai refletir melhor"

    "Eu vejo com bons olhos, e aplaudi, essa iniciativa do presidente da AMB, Dr. Jayme Oliveira, com o coordenador da Bancada do Nordeste, deputado Júlio César, que é um parlamentar ativo, que concebeu a necessidade desse encontro da bancada com os magistrados do Brasil", respondeu Edvaldo Moura.

    "Eu acho que pelas manifestações dos senadores e deputados nordestinos, de juízes, desembargadores e presidentes de associações, e a inciativa de se criar uma comissão para irmos ao ministro Gilmar Mendes, o presidente do TSE vai refletir melhor e entender que isso é danoso aos interesses do Brasil e da Justiça eleitoral", concluiu.

    (Por Gil Maranhão. Agência Política Real. Edição. Genésio Jr.)

     

     

     

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