• Cadastre-se
  • Equipe
  • Contato Brasil, 29 de março de 2024 12:26:31
Nordestinas
  • 14/07/2017 14h52

    Deputado nordestino que foi trocado na CCJ para votar contra a denúncia, votou pela continuidade do processo

    Laércio Oliveira, de Sergipe, e a bancada do Solidariedade, distribuíram nota explicando a posição
    Foto: Agencia Câmara

    Laércio Oliveira é deputado federal

    (Brasília-DF, 14/07/2017) Uma fato chamou a atenção de todos na votação da denúncia da procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente da República Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados.

    Dentre as 12 substituições feitas pelos partidos no colegiado, trocando deputados que eram titulares por suplentes, como forma de garantir a vitória do governo, uma delas foi a do deputado Laércio Oliveira (SD-SE). Ele era suplente do líder da bancada do Solidariedade, deputado Áureo (MG), e ficou na condição de titular.

    A ideia era garantir um vota a mais para o governo. Laércio, no entanto, surpreendeu a todos, e votou contrário a orientação do governo, e pela continuidade da denúncia – ou seja, pela autorização do Supremo Tribunal Federal em abrir processo contra Michel Temer. Após o impasse tanto o nordestino, quanto a liderança do Solidariedade distribuíram nota a imprensa explicando a posição do parlamentar.

    Nota de Láercio Oliveira

    “Participei da votação na CCJ da Câmara dos Deputados desta quinta e, seguindo minha consciência, votei a favor do parecer que recomendava a continuidade da denúncia contra o presidente Michel Temer. No entanto, alguns colegas e veículos de imprensa têm me imputado erroneamente a pecha de “traidor” do governo.

    Esse rótulo não me cabe porque nunca garanti ou divulguei qual seria meu voto após a leitura do relatório na comissão, justamente porque queria analisar com isenção os detalhes do parecer elaborado pelo relator Sérgio Zveiter.

    Nem meu partido, o Solidariedade, nem o governo me pressionaram a votar desta ou daquela forma, dando-me total liberdade para decidir de acordo com minhas convicções. Portanto, afirmações de que eu votaria necessariamente contra a admissibilidade da denúncia eram tentativas fantasiosas de adivinhar meus pensamentos.

    Considerei em meu voto que qualquer cidadão deve ser investigado se houverem contra ele indícios de irregularidades, independentemente do cargo que possa ocupar. Isso não significa de forma alguma que considere o presidente culpado. Caberá à Justiça tomar essa decisão.

    Durante toda a minha atuação na Câmara dos Deputados meu partido me deu condições de trabalhar com independência, como quando presidi a Comissão de Desenvolvimento Econômico e relatei projetos importantes na Casa.

    É importante destacar ainda que meu alinhamento com o governo sempre foi direcionado às políticas econômicas que auxiliem a geração de emprego e incentivem o desenvolvimento do setor produtivo do nosso país. (Deputado Laércio Oliveira/Solidariedade-SE) ”.

    Nota do Solidariedade

    “Na tarde desta quinta-feira (13), independentemente do resultado, o país viu a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados cumprir seu papel regimental de analisar a admissibilidade da denúncia a respeito do presidente da República.

    Os membros do colegiado (titulares e suplentes) que integram a bancada do Solidariedade - deputados Laércio Oliveira, Genecias Noronha, Wladimir Costa, Major Olímpio e Benjamin Maranhão - atuaram e votaram de acordo com suas próprias convicções e tiveram total liberdade para se manifestarem.

    Como o partido faz parte da base do governo, o vice-líder Wladimir Costa orientou votação contrária ao parecer do relator Sérgio Zveiter. No entanto, o Solidariedade não exigiu que os deputados a seguissem obrigatoriamente nem imputará qualquer punição a quem votou de outra forma. Por ser um partido plural, o Solidariedade nunca cerceou nem cerceará a opinião dos integrantes da bancada. (Liderança do Solidariedade na Câmara dos Deputados) ”.

    (Por Gil Maranhão – Agência Política Real. Edição: Genésio Jr.)


Vídeos
publicidade