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Nordestinas
  • 17/07/2017 07h19

    Petistas dizem que vitória de Temer na CCJ “é frágil”; Para José Guimarães, só ocorreu pela troca de 12 titulares na Comissão

    Partido já se articula com outros partidos do campo da oposição para derrotar o governo no Plenário da Câmara em agosto
    Foto: PT org

    José Guimarães é líder da minoria na Câmara

    ( Publicada orinalmente às 14h 49 do dia  14/07/2017) 

    (Brasília-DF, 17/07/2017) Deputados do Partido do Trabalhador (PT) classificaram de “frágil” a vitória do presidente da República, Michel Temer (PMDB), na votação final da denúncia por corrupção passiva contra o peemedebista na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados.

    O líder da Minoria (que reúne os partidos de oposição na Câmara), deputado José Guimarães (PT-CE), avaliou que a vitória do governo na CCJ só foi obtida “por meio de manobras que podem ser revertidas”, disse, referindo à votação da denúncia, em agosto, no Plenário da Câmara.

    “Esse resultado já era esperado. O governo trocou membros da CCJ para mostrar força, mas acredito que não vencerá no Plenário”, afirmou o parlamentar cearense.

    Mobilização/agosto

    “Portanto, a partir de agora temos que aumentar as mobilizações, nas ruas e nas redes sociais, pressionando cada deputado e deputada para que aprove o prosseguimento da denúncia, para Temer ser julgado no STF”, acentuou.

    O Líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), disse que “o resultado da votação na CCJ mostra que a vitória de Temer é frágil”. Ele concordou que a vitória só ocorreu “porque ele (Temer) trocou 12 titulares da comissão”.

    Ele avalia que se as trocas não tivessem ocorrido, o resultado final teria sido de 37 votos favoráveis ao relatório de Zveiter e 28 contrários. O líder, no entanto, avisa: “No Plenário será diferente.”

    Emendas

    Zarattini ressalta que além da substituição de 12 integrantes da Comissão de Constituição e Justiça o governo liberou, “apenas nos últimos dois meses”, de mais de 20% do total das emendas parlamentares relativas aos últimos dois anos (2015 e 2016), “além da oferta de cargos públicos e ameaças aos ‘infiéis’”.

    Para a deputada Maria do Rosário (PT-RS), que integra a CCJ, “paralisar a denúncia contra Temer ofende os princípios de igualdade contidos na Constituição”. Segundo ela, “Se a Câmara não autorizar o prosseguimento da denúncia contra Temer, será uma agressão à cláusula pétrea, do artigo 5º da Constituição, que diz que todos são iguais perante a lei.

    O deputado Valdir Prascidelli (PT-SP) ressaltou que o resultado da votação “está dissociado da vontade do Parlamento e da sociedade”. Para ele, “o resultado que vimos nesse painel (onde aparece o voto dos deputados) não reflete a vontade dessa Casa, nem do povo brasileiro.”

    Oposição unida

    A oposição votou unida contra Temer na CCJ: as bancadas do PT, PC do B, PDT, PSOL, Rede, PPS, Podemos e PMB. A favor de Temer votaram o PMDB (exceto Sérgio Zveiter), PP, PR, PSD, PRB, PTB, PSC e Solidariedade.

    Já nas bancadas do PSB, DEM, PSDB, PV, Pros e PHS, os votos se dividiram a favor e contra o prosseguimento da denúncia.

    (Por Gil Maranhão – Agência Política Real. Edição: Genésio Jr.)


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