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- Contato Brasil, 26 de abril de 2024 02:25:57
( Publicada orinalmente às 14h 49 do dia 14/07/2017)
(Brasília-DF, 17/07/2017) Deputados do Partido do Trabalhador (PT) classificaram de “frágil” a vitória do presidente da República, Michel Temer (PMDB), na votação final da denúncia por corrupção passiva contra o peemedebista na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados.
O líder da Minoria (que reúne os partidos de oposição na Câmara), deputado José Guimarães (PT-CE), avaliou que a vitória do governo na CCJ só foi obtida “por meio de manobras que podem ser revertidas”, disse, referindo à votação da denúncia, em agosto, no Plenário da Câmara.
“Esse resultado já era esperado. O governo trocou membros da CCJ para mostrar força, mas acredito que não vencerá no Plenário”, afirmou o parlamentar cearense.
Mobilização/agosto
“Portanto, a partir de agora temos que aumentar as mobilizações, nas ruas e nas redes sociais, pressionando cada deputado e deputada para que aprove o prosseguimento da denúncia, para Temer ser julgado no STF”, acentuou.
O Líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), disse que “o resultado da votação na CCJ mostra que a vitória de Temer é frágil”. Ele concordou que a vitória só ocorreu “porque ele (Temer) trocou 12 titulares da comissão”.
Ele avalia que se as trocas não tivessem ocorrido, o resultado final teria sido de 37 votos favoráveis ao relatório de Zveiter e 28 contrários. O líder, no entanto, avisa: “No Plenário será diferente.”
Emendas
Zarattini ressalta que além da substituição de 12 integrantes da Comissão de Constituição e Justiça o governo liberou, “apenas nos últimos dois meses”, de mais de 20% do total das emendas parlamentares relativas aos últimos dois anos (2015 e 2016), “além da oferta de cargos públicos e ameaças aos ‘infiéis’”.
Para a deputada Maria do Rosário (PT-RS), que integra a CCJ, “paralisar a denúncia contra Temer ofende os princípios de igualdade contidos na Constituição”. Segundo ela, “Se a Câmara não autorizar o prosseguimento da denúncia contra Temer, será uma agressão à cláusula pétrea, do artigo 5º da Constituição, que diz que todos são iguais perante a lei.
O deputado Valdir Prascidelli (PT-SP) ressaltou que o resultado da votação “está dissociado da vontade do Parlamento e da sociedade”. Para ele, “o resultado que vimos nesse painel (onde aparece o voto dos deputados) não reflete a vontade dessa Casa, nem do povo brasileiro.”
Oposição unida
A oposição votou unida contra Temer na CCJ: as bancadas do PT, PC do B, PDT, PSOL, Rede, PPS, Podemos e PMB. A favor de Temer votaram o PMDB (exceto Sérgio Zveiter), PP, PR, PSD, PRB, PTB, PSC e Solidariedade.
Já nas bancadas do PSB, DEM, PSDB, PV, Pros e PHS, os votos se dividiram a favor e contra o prosseguimento da denúncia.
(Por Gil Maranhão – Agência Política Real. Edição: Genésio Jr.)