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Nordestinas
  • 21/06/2017 08h55

    Efraim Filho quer que Congresso priorize a Reforma Política e defende o voto majoritário, para aproximar população do Legislativo

    Líder do Partido Democratas na Câmara avisa que é cedo para oposição comemorar "derrotas" do governo Temer
    Foto: Assessoria da Liderança do Democratas

    Efraim Filho falou à Política Real

    (Publicada originalmente às 20h 45 do dia 20/06/2017) 

     

    (Brasília-DF, 21/06/2017) O líder do Partido Democratas na Câmara dos Deputados, Efraim Filho (PB), voltou a alertar nesta terça-feira, 20, que o Congresso Nacional deve focar sua atuação na votação de uma pauta de interesse do Brasil, da retomadas do seu desenvolvimento e recuperação dos empregos.

    Na Câmara, por exemplo, o parlamentar defendeu avançar no debate dos temas da nova Reforma Política, que estão sendo discutidos em duas comissões especiais – uma tratando de sistema eleitoral, financiamento de campanha, tempo e coincidência de mandatos, e outros; e a outra, analisando o fim de coligações partidárias e cláusulas de barreiras. 

    Mudanças

    "O que é essencial para este momento, agora, é vermos as matérias que tem prazo para acontecer. A Reforma Política, por exemplo, é essencial e imprescindível. Ela tem prazos e tem propostas que precisam acontecer até um ano antes das eleições, portanto, até outubro deste ano", disse Efraim Filha, em entrevista exclusiva ao portal Política Real.

    O líder democrata disse que o Parlamento deve fazer mudanças no atual modelo eleitoral brasileiro.

    "Não dá para imaginar um modelo, como o atual, que está exaurido, esgotado, e não adianta fazer remendo em tecido podre, vai rasgar de novo. Precisamos pensar nessa nova roupagem para a nossa democracia , com mais transparência e coerência", enfatizou.

    Voto majoritário

    Efraim também defendeu o voto majoritário como uma forma mais simples para o eleitor escolher seus candidatos, e também da população se aproximar ainda mais do Poder Legislativo.

    "O voto majoritário é aquele em que se elege os mais votados. A população nunca consegue entender  porque que muitas das vezes um deputado entra com mil votos, e um outro que teve 10 mil, por exemplo, fica de fora. Acho que são essas distorções que tem feito a nossa população não ter identidade com a representatividade política que ocupa os espaços no Congresso Nacional", frisou o deputado.

    Duas agendas

    O líder do DEM também voltou a enfatizar que o País, neste momento, está envolvido em duas agendas, de responsabilidade de poderes diferentes.

    "A agenda das investigações fica com o Supremo Tribunal Federal. A agenda das votações, agenda do Brasil, fica com a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, onde precisamos encontrar o rumo do desenvolvimento, fazer o Brasil voltar a crescer e recuperar os empregos perdidos", salientou.

    "Derrotas" do governo

    Ele também avisou que é cedo para oposição comemorar "derrotas" do governo Temer, no Legislativo, como aconteceu nesta terça, com a rejeição da Reforma Política, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAS) do Senado, e o avanço na discussão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 227/2016 – a chamada PEC das Diretas, na  Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. A oposição festejou, nas duas Casas legislativas, como derrotas do governo.

    Para Efraim, o governo tem que responder a tudo isso com fatos e não com discursos. "É hora, sim, de buscar na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, onde a reforma Trabalhista será agora analisada, a votação da matéria e a análise mais rápida possível", recomendou o líder.

    Já na CCJ da Câmara, onde avançou a discussão da PEC da Diretas, Efraim lembra que houve pedido de vista e tramitação ainda demorada.

    "Briga é nociva"

    "Precisa ter transparência, reconhecermos  que o momento é delicado, a sociedade cobra resposta rápidas e nós temos que fazer essa diferenciação."

    O líder democrata alertou também que essa briga entre governo e oposição tem contaminado a economia brasileira e "tem se mostrado nociva".

    "Acho que não é hora de comemorar resultado ruim, e sim pensarmos que o Brasil tem tudo para voltar a crescer", acrescentou.

    (Por Gil Maranhão – Agência Política Real. Edição: Genésio Jr.)


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