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Nordestinas
  • 25/05/2017 08h39

    UNIDADE - Tasso reforça união tucana, diálogo com Planalto e descarta eleição indireta: “É casuísmo, brincar de mudar a Constituição a cada crise”

    Presidente interino do PSDB conversas com deputados federais do partido, no primeiro após assumir o cargo há uma semana
    Foto: Alexssandro Loyola Liderança do PSDB na Câmara Federal

    Tasso Jereissati em coletiva depois de reunião com deputados

    ( Publicada originalmente às 20h 59 do dia 24/05/2017) 

     

    (Brasília-DF, 25/05/2017) O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), se reuniu nesta quarta-feira, 24, com a bancada tucana na Câmara dos Deputados, composta por 46 deputados, para avaliar a atual conjuntura política nacional e a posição do partido em relação à permanência ou saída do governo Michel Temer.

    Foi a primeira reunião do senador cearense desde que assumiu, na quinta-feira passada, de forma interina, a presidência nacional da legenda, substituindo o senador Aécio Neves, que foi denotado nas delações dos executivos da JBS e afastado da função parlamentar pelo Supremo Tribunal Federal. 

    Após o encontro, Tasso defendeu em conversa com os jornalistas, a unidade da bancada tucana neste momento crítico por que passa a Nação, propões a continuidade do diálogo com o governo – e de Temer para com os partidos, se posicionou contrário à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que está no Senado e pede realização de eleição indireta para o cargo de presidente da República.

    Unidos pelo Brasil

    Tasso Jereissati disse que o encontro teve três objetivos. O primeiro foi manter a bancada unida – antes da indicação de Tasso, os deputados tucanos tinha escolhido o deputado Carlos Sampaio (SP) para o lugar de Aécio. “Percebi, com muita satisfação, que a bancada está unida em torno do partido, com duas preocupações básicas. A primeira é o Brasil”, disse.

    “Nós precisamos atentar para a crise que o Brasil e não tomar nenhum atitude que venha agravar essa crise Toda essa movimentação deve ser no intuito de diminuir e resolver a crise para que o País tenha uma vida normal, sem desconhecer os gravíssimos acontecimento que estão na vida pública, no Executivo, denúncia, gravações, inclusive aqui na Câmara. Levar uma vida normal para que o Brasil não vá à deriva”, completou.

    Tasso Jereissati e Ricardo Tripoli conversarm na reunião do PSDB, na Câmara

    De olho na Constituição

    O segundo ponto da reunião diz respeito ao cumprimento da Constituição. “Nós vamos no apegar de todas as maneiras à letra da Constituição, que representa para nós o memento da redemocratização e a confirmação de uma vez por toda da democracia no Brasil, constitucional, legal. E nós não vamos sair da Constituição um milímetro.”

    Outro ponto, segundo o líder, foi a definição de que qualquer que seja o movimento que venhamos a ter será em conjunto com o partido. “Não será do Senado, da Câmara, dos governadores, dos prefeitos, da Executiva. Vai ser do partido.”

    Cautela

    O presidente tucano acentuou que vai intensificar as conversas com os parlamentares, acompanhar o desdobramento da crise, os problemas do País, com muita responsabilidade e cautela. “Nós não vamos fazer nenhuma coisa que seja de repente, de maneira açodada ou por impulso”, frisou. 

    “Este é um momento de muita cautela, tem que ter entendimento. Não podemos ser os responsáveis por agravar essa falta de entendimento e esses extremismos que estão acontecendo no Brasil.”

    Candidato ao Planalto?

    Tasso ressaltou que não foi discutido um perfil de candidato para uma possível vacância de cargo do presidente da República – caso Temer renuncie ou seja afastado. “Não houve essa discussão. A nossa preocupação é estabilidade, calma, nada que venha afetar mais ainda o momento de tremenda  fraqueza das instituições brasileira”, disse.

    “O limite dessa esfera é o momento em que a gente tenha consolidada uma maneira de saber prever o dia seguinte. E o dia seguinte não é nome, mas estabilidade, instituição e a democracia preservadas e não se deixar levar por impulso daquele momento”, emendou. 

    Diálogo 

    - O senhor vê possibilidade para o governo sair dessa crise? – questionou um jornalista. “Olha, nós vivemos um momento muito difícil, mas o diálogo com o presidente Temer nós achamos que tem que ter”, respondeu o tucano, defendendo o Planalto “também participe do diálogo” com os partidos.

    Para Tasso, “o mais grave que estamos vivemos é justamente a ausência de diálogo. As posições completamente radicais, intransigência, falta de intolerância com a posição dos outros e um grau de rancor e animosidade crescendo de uma maneira perigosa. Acho que se nós pudermos ser ativos em construir um diálogo para atravessarmos esse momento e chegando em 2018, obedecendo a Constituição, a população decide o que vai crescer.”

    Eleição indireta

    O presidente interino do PSDB se mostrou contrário à PEC da Eleição Indireta. “Nesse momento eu acho casuísmo. Imagina se a gente toda vez que tiver uma crise, tiver uma PEC mudando a Constituição”, avaliou.

    “Nós temos uma democracia consolidada. Quando nós fizemos a Constituinte em 88 era a ideia d que nós teríamos instituições firmadas, consolidada. Não podemos está brincando de mudar a Constituição a cada crise, em função de um determinado caso ou momento”, concluiu.

    (Por Gil Maranhão. Agência Política Real. Edição: Genésio Jr.)


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