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Nordestinas
  • 25/05/2017 08h56

    Romero Jucá responde Renan Calheiros e diz que Oposição não vai ficar sem resposta

    Ele disse que Rodrigo Maia pediu apoio ao Planalto por conta das depredações
    Foto: Roque de Sá/Agência Senado

    Romero Jucá falou "grosso" no plenário do Senado

    ( Publicada originalmente às 19h 52 do dia 24/05/2017) 

     

    (Brasília-DF, 25/05/2017) O senador Romero Jucá(PMDB-RR), líder do Governo Temer no Senado e Presidente nacional do PMDB, rebateu a Oposição e o líder do PMDB, Renan Calheiros(PMDB-AL), que em discurso, pouco antes, tinha feito críticas ao Governo Temer.

    “Senador Renan Calheiros, o povo do Brasil já está ferrado. E quem ferrou o povo do Brasil não foi o Governo Michel Temer, não; foi o governo Dilma; foi a herança que nós recebemos. É o desastre que nós estamos tendo que receber e de que estamos tendo que tratar. É a Previdência quebrada, foi a inflação, foi o desrespeito à segurança jurídica, à credibilidade do governo e à previsibilidade da economia, que foi ao chão e que levou um governo federal, que tinha maioria histórica, a não ter um terço dos Deputados na Câmara dos Deputados. Foi isso o que fez com que o Brasil estivesse nessa situação.”, disse, enfático.

    Romero Jucá é um tradicional aliado do senador Renan Calheiros, mas as diferenças entre ambos começam a se instalar.  Jucá rebateu a Oposição que estaria alardeando que nem o PMDB apoia Temer.

    “Ninguém está autorizado a subir a qualquer tribuna para dizer, de qualquer partido, que o PMDB não apoia o Presidente Michel Temer; não está! Eu sou Presidente do Partido, a maioria da Bancada do Senado se reuniu hoje, e nós temos a consciência histórica do nosso papel.”, disse, numa referência à fala do senador Jorge Viana(PT-AC).

    Sobre a decisão de convocar as Forças Armadas para atuar em Brasilia por conta das depredações, ele fez questão de afirmar que foi pedido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia(DEM-RJ).

    “Não foi pedido pelo Presidente da Câmara? Está aqui o ofício por escrito do Presidente da Câmara, pedindo forças, como pediu o Rio de Janeiro, como pediu a Bahia, como pediu o Espírito Santo. Portanto, não me venham falar que há diferença no tratamento. Incendiário é incendiário; bandido é bandido; Black Bloc é Black Bloc, queira ser de central sindical, queira ser de qualquer tipo de outra entidade; têm que ser tratados com rigor da lei, ainda mais na Capital da República.”, disse.

    OPOSIÇÕES

    Ele finalizou sua fala dizendo que vai rebater tudo a Oposição.

    “Então, pelo amor de Deus, eu quero dizer o seguinte, quero dizer o seguinte, quero dizer o seguinte. Nós vamos nos pautar aqui pelo debate, pela transparência e pelo respeito. Mas nós não temos medo de cara feia nem de bravata. Quero deixar isso claro. Exatamente, então quero deixar isso claro.”, disse

    Confira a íntegra da fala do senador Romero Jucá

     

    O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, eu quero começar as minhas palavras aqui restabelecendo algumas verdades, porque parece que o pouco tempo que passamos do novo Governo embotou raciocínios e mentes.

    Primeira verdade: ninguém está autorizado a subir a qualquer tribuna para dizer, de qualquer partido, que o PMDB não apoia o Presidente Michel Temer; não está! Eu sou Presidente do Partido, a maioria da Bancada do Senado se reuniu hoje, e nós temos a consciência histórica do nosso papel. Foi dito aqui pelo Senador Jorge Viana, porque talvez a leitura individual esteja tendo um simbolismo maior do que a leitura coletiva. Primeira questão.

    Segunda questão: pedido de tropa para manter a ordem. Não foi pedido pelo Presidente da Câmara? Está aqui o ofício por escrito do Presidente da Câmara, pedindo forças, como pediu o Rio de Janeiro, como pediu a Bahia, como pediu o Espírito Santo. Portanto, não me venham falar que há diferença no tratamento. Incendiário é incendiário; bandido é bandido; Black Bloc é Black Bloc, queira ser de central sindical, queira ser de qualquer tipo de outra entidade; têm que ser tratados com rigor da lei, ainda mais na Capital da República. Desmoralizado estaria o Presidente se permitisse que incendiassem ministérios e ficasse por isso mesmo.

    O exemplo de ontem na CAE não pode ser repassado para o resto do Brasil; não é no grito, não é na pancada, não é na ameaça que vai se resolver as questões do País. Ainda mais colocado por uma minoria. Não vai!

    Terceira questão que eu quero colocar aqui: Senador Renan Calheiros, o povo do Brasil já está ferrado. E quem ferrou o povo do Brasil não foi o Governo Michel Temer, não; foi o governo Dilma; foi a herança que nós recebemos. É o desastre que nós estamos tendo que receber e de que estamos tendo que tratar. É a Previdência quebrada, foi a inflação, foi o desrespeito à segurança jurídica, à credibilidade do governo e à previsibilidade da economia, que foi ao chão e que levou um governo federal, que tinha maioria histórica, a não ter um terço dos Deputados na Câmara dos Deputados. Foi isso o que fez com que o Brasil estivesse nessa situação.

    O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR) – Nós estamos trabalhando para tirá-lo dela, nós estamos trabalhando para recuperar as condições mínimas para que um Presidente República possa vir, em 2019, governar este País com um mínimo de condições de modernidade, segurança jurídica e respeito da sociedade nacional e internacional. É isso o que nós estamos fazendo.

    Nós estamos discutindo uma lei de reforma trabalhista – estamos! –, que foi aprovada na Câmara quase que com maioria constitucional. Chegou aqui ao Senado. Nós poderíamos ter trazido direto para o Plenário, concordamos de ter parecer em três comissões. Fomos para a primeira comissão, e o que aconteceu ontem? Não se queria deixar ler o parecer! Não é discutir, não é debater. Fica se dizendo por trás que está se tirando o direito dos trabalhadores.

    O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR) – Vamos debater! Me apontem quais são os direitos que estão sendo tirados! Vamos para o debate!

    Agora, quem não quer o debate, se esconde na ignorância e na violência. Foi isto o nós vimos ontem: o Senador Tasso e vários Senadores sendo desrespeitados, sendo peitados, e gente batendo no peito, dizendo que não iria permitir ler. Existe algum Senador ou Senadora aqui melhor do que os outros? Nesta Casa não existe não! Nós somos iguais e nós temos uma responsabilidade grande, que é a responsabilidade de tratar das questões que estão aqui.

    O Presidente Michel Temer já cumpriu a obrigação dele: enviou para este Congresso a reforma trabalhista e a reforma previdenciária. Não depende mais do Presidente Michel Temer.

    O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR) – A reforma trabalhista é uma emenda à Constituição, nem para sanção irá, esta Casa que vai promulgá-la. Portanto, caberá a nós discuti-la e promulgá-la. A reforma trabalhista está sendo discutida, será votada neste plenário aqui. E todas as senhoras e os senhores que forem contra, democraticamente, poderão levantar aqui os óbices. Vamos debater, vamos discutir, vamos ver quem tem razão.

    Agora, não me venham querer impingir a este Governo qualquer coisa além da responsabilidade que se tem hoje de recuperar o Brasil, não me venham. O Governo não está caindo, o Governo não está vago. Não adianta fazer lista de candidato a Presidente.

    O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR) – Não adianta, porque vai haver resistência legal e constitucional, vai haver!

    Então, vamos ter responsabilidade. Vamos falar as coisas com consequência.

    A oposição vai agradar o Governo? Não. A oposição vai ajudar a aprovar? Não. A oposição tem um papel. Qual é o papel? Esticar a corda. É o papel de brigar, de marcar a posição. É legítimo. Não queremos tirar esse papel do oposição. Agora, esticar a corda não é passar a corda no pescoço do povo e enforcar a população. Nós não vamos deixar. Nós não vamos deixar.

    Então, Sr. Presidente, eu quero restabelecer essas verdades. O Presidente Michel Temer cumpriu a lei e a Constituição. O Presidente Michel Temer trabalhou pela segurança dos brasileiros e o Presidente Michel Temer...

    O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR) – ... deu um exemplo de coragem ao tomar uma decisão atendendo o Presidente da Câmara para fazer com que...

    O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR) – ... para fazer com que...

    O SR. PRESIDENTE (Eunício Oliveira. PMDB - CE) – Há um orador na tribuna. Há um orador na tribuna.

    O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR) – ... para fazer com que se dê ordem na Capital da República, se dê ordem na Capital da República. Então, Sr. Presidente, eu quero pedir a transcrição...

    O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR) – ... eu quero pedir a transcrição, eu quero pedir a transcrição...

    O SR. PRESIDENTE (Eunício Oliveira. PMDB - CE) – Há um orador na tribuna, Senadora Vanessa. Senador Randolfe, Senador Randolfe, há um orador na tribuna.

    O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR) – ... eu quero pedir a transcrição do ofício do Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, nos Anais desta Casa. E quero dizer que todo debate aqui...

    O SR. PRESIDENTE (Eunício Oliveira. PMDB - CE) – Para encerrar.

    O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR) – ... a partir de agora será enfrentado. Acabou essa história de vir aqui falar bobagem e ficar por isso mesmo. Agora é a hora do debate e do enfrentamento...

    O SR. PRESIDENTE (Eunício Oliveira. PMDB - CE) – Vamos encerrar, Senador. Para encerrar.

    O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR) – Vou encerrar. Se forem, se forem com moderação...

    (Tumulto no recinto.)

    O SR. PRESIDENTE (Eunício Oliveira. PMDB - CE) – Senadora, Senadora. Quando V. Exª estiver na tribuna, V. Exª terá que ser respeitada também. Por favor.

    O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR) – Sr. Presidente, Sr. Presidente, eu não interferi em ninguém que estava falando aqui. Por maior bobagem que dissessem aqui, nós respeitamos.

    O SR. PRESIDENTE (Eunício Oliveira. PMDB - CE) – Todos passaram do horário. Quem comanda o horário é o Presidente.

    O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR) – Nós estamos em uma democracia, cada um tem direito de dizer a imbecilidade que quiser. Nós temos que ouvir.

    Então, pelo amor de Deus, eu quero dizer o seguinte, quero dizer o seguinte, quero dizer o seguinte. Nós vamos nos pautar aqui pelo debate, pela transparência e pelo respeito. Mas nós não temos medo de cara feia nem de bravata. Quero deixar isso claro. Exatamente, então quero deixar isso claro.

    O SR. PRESIDENTE (Eunício Oliveira. PMDB - CE) – Terminou o tempo. Extinguiu o tempo.

    O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR) – Nós vamos debater, vamos votar as reformas que forem melhor para o povo brasileiro e a maioria se colocará para a população.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.

    ( da redação com informações da taquifia do Senado. Edição: Genésio Araújo  Jr) 


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