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- Contato Brasil, 24 de abril de 2024 02:41:06
( Publicada originalmente às 17h 32 do dia 24/05/2017)
(Brasília-DF, 25/05/2017) A Câmara dos Deputados vive nesta quarta-feira, 24, um dia de tensão, com bate-bocas entre parlamentares governistas e oposicionistas e protestos com gritos dentro do Plenário Ulysses Guimarães. Tudo reflexo da manifestação na Esplanada dos Ministérios contra o presidente Michel Temer e as reforma trabalhista e previdenciária.
A sessão, desde o seu início, se desenvolveu em clima tenso. Parlamentares de partidos de oposição ocuparam o espaço da Mesa Diretora, tentando atrapalhar os trabalhos, obstruir votações e pedindo o encerramento da sessão.
Decreto de Temer e tumulto
A sessão foi interrompida várias vezes. A última interrupção aconteceu por volta das 17 horas, quando chegou ao Congresso Nacional a notícia de que o presidente Temer teria decretado o emprego das Forças Armadas “para a garantia da Lei da Ordem no Distrito Federal”.
Questionado pelos deputados sobre a veracidade da informação, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), confirmou, o gerou a partir de então uma confusão generalizada, envolvendo cerca de 20 deputados, e por pouco não resultou em agressão física.
Reunião com líderes
O tumulto foi amenizado com a intervenção da policia legislativa. Maia então pediu aos deputados oposicionistas que estavam ocupando o entorno da Mesa Diretora dos trabalhos e propões suspender a sessão para negociar um encaminhamento para o impasse entre base governista e oposição, numa reunião com líderes da casa.
A situação pretende continuar os trabalhos e a oposição quer o encerramento da sessão devido à repressão policial a manifestantes na Esplanada dos Ministérios.
Maia afirmou que, se houver a desocupação, ele encerrará a sessão e convocará outra com a Medida Provisória 765/16 em pauta. Essa MP reajusta a remuneração de várias carreiras do Executivo federal, como auditor-fiscal e analista tributário e os auditores-fiscais do trabalho.
Essa matéria já teve a discussão iniciada e sua continuidade tinha sido prometida pelo presidente após questionamento do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP).
Medida Provisória
Na sessão que estava em andamento em andamento está na pauta a Medida Provisória 767/17, que aumenta as carências para concessão do auxílio-doença, da aposentadoria por invalidez e do salário-maternidade no caso de o segurado perder essa condição junto ao Regime Geral da Previdência Social (RGPS) e retomá-la posteriormente.
Os deputados analisam requerimento de retirada de pauta da matéria, apresentado pelo Psol, mas líderes têm apelado para uma solução para o impasse.
(Por Gil Maranhão. Agência Política Real. Edição: Genésio Jr.)