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( Publicada originalmente às 14h 00 do dia 11/06/2018)
(Brasília-DF, 12/06/2018) O senador Roberto Requião (MDB-PR) reafirmou nas redes sociais, nesta segunda-feira, 11, que é pré-candidato à Presidente da República pelo MMB, e que vai levar seu nome para apreciação do demais colegas de partido, na convenção de julho.
Em entrevista ao Jornal do Brasil, ele afirmou que vai derrotar o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, escolhido em maio, como o pré-candidato oficial pela cúpula do partido.
Pré-candidatura
“Já lancei o meu nome. O meu lançamento é uma pesquisa. Eu quero saber como a base me recebe. Enviei uma consulta aos 420 convencionais. Das 200 respostas que recebi, 80% são favoráveis ao meu nome, contra 20% do Meirelles. A minha proposta é a do velho MDB, de esperança e mudança”, disse Roberto Requião, ao ser questionado se vai enfrentar Meirelles na convenção emedebista de julho.
“Estamos indo para a convenção partidária no momento em que o país está sofrendo resultados incríveis do fracasso dessa política econômica, que está causando desemprego, aumentando preço de tudo, derrubando previdência pública”, emenda o parlamentar sobre a candidatura de Meirelles.
Rebelde no MDB
O senador paranaense se lançou pré-candidato ao Palácio do Planalto em 1998, mas o partido resolveu não lançar candidato e apoiou a eleição de Fernando Henrique Cardoso (FHC). Requião lembra que desde após o governo Itamar Franco vem defendendo que o partido tenha candidato próprio, e critica que a legenda opte por alianças, como aconteceu também com Dilma Ropusseff, que teve o Michel Temer como vice na chapa.
Considerado rebelde no MDB, Roberto Requião também teceu duras críticas ao presidente Michel Temer, na entrevista ao JB. Ao ser questionado “Como o senhor vê a maneira como Temer está agindo nas negociações dos protestos das transportadoras?”, o senador foi taxativo.
Críticas a Temer
“O Temer não está agindo. Ele continua privilegiando a política da Petrobras, que se submete aos interesses das petroleiras estrangeiras. A Petrobras reduziu o seu refino e está importando petróleo 3, 8 vezes mais caro dos Estados Unidos. O Temer colocou no conselho da estatal representantes das petroleiras estrangeiras. Com isso, ela deixa de ser uma concorrente e passa a ser uma subordinada”, disse.
Quando perguntado se “o governo do MDB está executando a política do PSDB”, Requião reforçou sua critica a Temer.
“O governo Temer acabou. Se houvesse governo, esse Parente estaria na rua. Se houvesse governo, ele não teria sido nomeado. A bandeira do PMDB é o documento Esperança e Mudança, nacionalista e desenvolvimentista”, frisou.
Caminho do Futuro
“Não é o Encontro com o Futuro?”, insistiu o JB, se referindo ao programa de governo lançado recentemente pelo MDB. “Não. Este Encontro com o Futuro é a volta à barbárie do liberalismo econômico que destruiu a Europa”, ironizou o senador.
“Mas o MDB colocou o nome de um candidato liberal”, provocou o JB. “O PMDB não colocou nada. O Temer e a cúpula do partido fizeram uma proposta de lançar o Meirelles. Isso tem que ir para a convenção. Foi uma simulação. Quando o Padilha (Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil) colocou a proposta de reforma da CLT para consulta no partido, houve 97% de “não”. E eles implementaram a loucura de qualquer jeito”, enfatizou o senador.
Apoio a Lula
Ao ser perguntado se tem dito que apoia o presidente Lula. Acha que ele deve manter a candidatura, Roberto Requião acenmtua.
“Sempre fiz oposição aos governos Lula e Dilma. Mas o Lula aprendeu muito. E ele fez uma política séria de inclusão dos excluídos. O Temer não considera os excluídos. Trata como se fossem o lixo humano. Essa acusação contra o Lula pelo apartamento de Guarujá é absolutamente ridícula. Ele deve manter a candidatura”, concluiu.
(Por Gil Maranhão. Agência Política Real. Edição: Genésio Jr.)