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( Publicada originalmente às 15h 16 do dia 05/12/2017)
(Brasília-DF, 06/12/2017) Com o prazo cada vez mais curto, a reforma da Previdência é um tema cada vez mais complicado na Câmara dos Deputados. O PMDB, maior partido da Casa, já teria fechado a questão a favor da reforma, como declarou o líder Baleia Rossi (SP), mas nada ainda foi formalizado. O presidente do partido, senador Romero Jucá (RR) negou por meio de sua assessoria que uma reunião teria sido marcada para oficializar o fechamento.
"Não há qualquer decisão sobre quando haverá reunião da Executiva do PMDB para decidir fechamento de questão em relação à reforma da Previdência. Nem sequer informação se a reunião ocorrerá", informou a assessoria.
O senador Jucá declarou em sua conta oficial do Twitter que o Governo respeita a condução que está sendo feita pela Câmara e que cabe ao Senado aguardar.
"O presidente Eunício [Oliveira, PMDB-CE] já disse que se a Câmara votar no final do ano, o Senado vota no próximo ano", esclareceu. "No caso da Câmara, vai depender da agenda e do entendimento dos líderes e dos parlamentares. Seria prematuro querer inferir um calendário aos deputados, mas uma coisa é certa: quanto mais rápido votar lá, melhor para a aprovação nas duas Casas".
O fechamento de questão acontece quando um partido decide, por maioria, orientar o voto de toda a legenda para uma proposta da Câmara, do Senado ou do Congresso. Para fechar a questão é preciso o apoio da maioria da bancada e, em seguida, da Executiva partidária que aprovará ou não a decisão.
Com a resistência das Casas para deliberar sobre a Previdência por conta das eleições de 2018, Romero Jucá preferiu não prever nada na Câmara mas disse que ela será aprovada no Senado.
"Não arrisco calcular os votos que o governo tem na Câmara. Os líderes da Câmara estão fazendo isso. No Senado, a reforma passa", garantiu.
PLEITO DE 2018
A reforma da Previdência é tida como complicada pois terá reflexo diretamente nas eleições de 2018. A ofensiva do Governo pela sua aprovação, porém, está incluindo até o pleito do ano que vem, oferecendo apoio para quem articular e convencer os deputados a votarem a favor. Durante um evento em São Paulo no último dia 4, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que mesmo que não aconteça neste ano, o debate precisa acontecer.
"É a última chance deste ano, mas não é a última tentativa porque esse tema vai entrar a qualquer momento. É impossível que se faça um debate sério na eleição do ano que vem sem discutir o tema da previdência, se nós não conseguirmos aprová-la. Esse debate não vai acabar", ressaltou.
(por Bruna Pedroso. Edição: Genésio Araújo Jr.)