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PREVIDÊNCIA – “Se não dermos a solução, municípios e estados serão engolidos pela falta de condições de cumprir seus compromissos financeiros”, diz Maia
26/04/2017 09h20
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

( Publicada originalmente às 20h 20 do dia 25/04/2017) 

 

(Brasí8lia-DF, 26/04/2017) “Todos estão sofrendo com a questão da Previdência em seus estados. Todos sabem, não só os governadores da base como os da oposição, que esta é uma questão em que se precisa ter uma solução. E se nós (Congresso) não dermos a solução, todos os municípios e estados da União serão engolidos pela falta de condições de cumpri seus compromissos financeiros nos próximos anos.”

A declaração é do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo maia (DEM-RJ), após reuniu-se nesta terça-feira, 25, na sua residência oficial, em Brasília, com o presidente da República, Michel Temer, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, 12 governadores, 03 vice-governadores, além de ministros de estado e deputados da base do governo.

A reunião-almoço foi para apresentar o novo relatório do deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) com as alterações feitas na proposta original que o governo enviou ao Congresso Nacional, inicio deste ano. O relatório está previsto para ser votado na próxima semana na Comissão Especial que analisa o tema, e dia 8 no Plenário da Câmara.

Apresentação/Relatório

“O almoço com os governadores foi para que a gente pudesse fazer um relato daquilo que foi construído nos últimos meses na Comissão Especial, com as bancadas e os partidos. O texto que ficou, do ponto de vista dos temas, foi o de melhor consenso”, disse Rodrigo Maia em conversa com os jornalistas.

“Fizemos questão para explicar o texto e ouvir os governadores para que possamos estar com esse tema bem esclarecido, até porque a aprovação a Reforma da Previdência gera um impacto não apenas não tema previdência, como vai gerai impacto na economia, e assim, um impacto positivo na situação fiscal do País”, argumentou.

Empenho/governadores

Questionado se os governadores saíram do almoço-reunião com a garantia de empenho para provação da reforma com as suas bancadas estaduais, Rodrigo maia foi enfático. “Eu não quero falar em nome de nenhum governador. Fica indelicado, deselegante.”

Contudo, o presidente da Câmara disse que viu um “clima positivo” por parte dos gestores estaduais em relação à importância da reforma da Previdência. 

Quem não veio

Rodrigo Maia descartou que os governadores que não vieram ao encontro estejam se posicionando contra a reforma da Previdência. E explicou a ausência de alguns.

“O governador Pedro Taques (Mato Grosso), por exemplo, no veio porque faleceu a esposa de um deputado federal do estado. cada governador deu explicação pelo motivo de sua ausência. O governador Beto Richa (Paraná) não pode vir, mas disse que apoia até porque disse que já fez a reforma no seu estado. O governador Alckmin (São Paulo) me ligou pessoalmente dizendo que apoia as reformas trabalhista e previdenciária", explicou.

Quanto aos governadores da oposição Maia disse que  cada um teve algum problema. "O governador do Ceará (Camilo Santana) disse que tinha algo a assinar às 14h. O governador de Minas (Fernando Pimentel) esteve comigo pela manhã e disse que sabe da importância de ser aprovada”, frisou.

Influência/bancadas

O presidente da Câmara acredita que os governadores tem influência sobre parte da sua bancada estadual e disse que alguns ficaram de ajudar no convencimento dos seus parlamentares.

“Eu entendo que há um consenso em todos que são gestores hoje - prefeitos, governadores e o próprio presidente da República, que a reforma da Previdência, essa que está sendo feita e outras que virão no futuro é necessária”, afirmou.

Para Mara a reforma é um tema que não se esgota e nem acaba com a votação, até porque algumas concessões foram feitas e várias questão – como a aposentadoria dos militares, ficaram para de fora do texto.

Relação dívida e PIB

 “O que nós precisamos nessa reforma é garantir uma sinalização forte para que com a sua aprovação a relação dívida/PIB (Produto Interno Bruto), o crescimento e o endividamento, não sai do controle. Isso é muito importante”, disse ele.

“Porque quando você sinaliza para aqueles que vão investir no Brasil, que o Estado brasileiro pode  ter a sua dívida sem controle, que o Estado não mais condições de financiar a sua dívida, ninguém investe”, completou.

Maia disse, ainda, que o presidente Michel Temer tem sido firme na proposta da reforma. E revelou que está confiante “de que nós vamos ter condições de juntos, Poder Executivo e Poder Legislativo, de aprovar uma boa reformada Previdência. E o que me motiva é que temos um governo com responsabilidade fiscal, e que não está preocupado com o hoje, mas com o futuro”, acrescentou.

Posição do PSB

Em relação a decisão da Executiva Nacional do PSB de orientar seus parlamentares a votar contra as reformas trabalhista e previdenciária, Maia acredita que o partido, que faz parte da base do governo, vai avaliar com cuidado essa decisão. Ele disse ainda que governadores do PSB – como o de Pernambuco, Paulo Câmara – são favoráveis às propostas do governo.

Segundo Rodrigo Maia, o governo conseguirá aprovar a reforma da Previdência no Plenário. “Quem disse que a gente não vai ter votos no dia 8? ”, questionou.

(Por Gil Maranhão – Agência Política Real. Edição: Genésio Jr.)



Link da notícia
http://politicareal.com.br/noticias/nordestinas/574642/previdencia-se-nao-dermos-a-solucao-municipios-e-estados-serao-engolidos-pela-falta-de-condicoes-de-cumprir-seus-compromissos-financeiros-diz-maia