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Magno Martins
  • 02/09/2019 09h17

    Só Siqueira sai ganhando no PSB

    Líder de outra corrente, o ex-governador de São Paulo, Márcio França, também sai arranhado

    Carlos Sigueira, presidente do PSB( Foto: arquivo do colunista)

    (Recife-Pe) A implacável decisão do PSB, de expulsar o deputado Átila Lira (PI) e promover a suspensão do mandato por um ano de mais nove parlamentares, entre eles o pernambucano Felipe Carreras, permite algumas conclusões irrefutáveis. O núcleo socialista do Estado, à frente Paulo Câmara e Geraldo Júlio, votou com o relator, não encaminhou nenhum voto contra, mas sofreu uma meia derrota.

    Geraldo tinha razão: Felipe não foi expulso, como ele antecipou, mas sofreu uma cassação branca. Ficará, como os demais oito suspensos, 12 meses sem poder ter assento em comissões, relatorias e outros apetrechos da Câmara por um impedimento muito simples: o PSB não os indicará para nada.

    Líder de outra corrente, o ex-governador de São Paulo, Márcio França, também sai arranhado. Dos nove deputados, três são paulistas e ligados a ele. Sendo assim, quem manda, hoje, no PSB? Por exclusão, o presidente Carlos Siqueira, que fez prevalecer a sua pregação punitiva.

    Alma lavada – Carlos Siqueira teve tanto empenho para que nenhum dos dez deputados saísse ileso, pelo fato de terem dado as costas à orientação da executiva nacional, no voto contra à reforma da Previdência, que isso se traduziu pelo placar: 84 votos a favor do voto do relator da matéria no Conselho de Ética contra apenas quatro votos contra. Com certeza, ele está de alma lavada.

    Sem amparo – Seis dos nove deputados do PSB que sofreram a pena de não representarem mais o partido por um ano na Câmara, devem deixar a legenda, mas não encontraram ainda respaldo legal. O castigo não dá sustentação jurídica para deixar o partido coma justificativa legal de que a punição se traduz em perseguição política, segundo advogados consultados pela coluna.

    Engessado – Quanto ao pernambucano Felipe Carreras, até aliados mais próximos confessam que seu comportamento rebelde à orientação da executiva nacional teve como propósito forçar a sua expulsão, para, assim, viabilizar sua candidatura a prefeito do Recife por outra legenda, já que o PSB bateu o martelo com o nome de João Campos para entrar na disputa.

    PSB fecha? – Ainda em relação ao affair PSB, a expectativa em Brasília, agora, se volta para a posição que o partido tomará na votação da reforma tributária, se fecha questão ou não. Fechando, os nove deputados punidos, favoráveis ao projeto, passam a ser considerados rescendentes.

    Cargos – Na condição de coordenador da bancada federal, o deputado Augusto Coutinho (SD) conduz esta semana uma reunião com os parlamentares da base governista para discutir o preenchimento de cargos do segundo escalão no Estado. Os filés Chesf, Banco do Nordeste e Hemobrás ficam de fora.

    Vice do PT – Se o PSB foi buscar o PT para fechar a dobradinha nas eleições passadas para reeleger Paulo Câmara, alguém duvida que o vice de João Campos sairá por indicação de Humberto e seus liderados? O MDB já pode começar a tirar de imediato o cavalinho da chuva.

    Perguntar não ofende: Pelo andar da carruagem, as eleições do ano que vem em Caruaru vão contar com tropas federais?


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