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  • Contato Brasil, 28 de março de 2024 08:08:16
Jorge Henrique Cartaxo
  • 05/09/2019 08h13

    Humilhando e extorquindo

    O cenário Internacional lhe é crescentemente adverso

    Imagem da "Vergonha" de Marcelo Ramos( foto: arquivo do colunista)

    Definitivamente o presidente Bolsonaro parece não ter limites. Tosco e vulgar é a forma mais singela como podemos trata-lo. É verdade que ele fez um grande bem ao País ao banir o PT do poder. É verdade também que trouxe alguns nomes elogiáveis e respeitáveis para o seu ministério. Também é verdade que vem tentando, ainda que não da melhor forma, modernizar nossa ineficiente máquina administrativa.

    Mas é constrangedoramente evidente que ele se deixou vencer pelas gangues de colarinho branco que comandam a República há décadas. Ousadas, determinadas e encasteladas nos três poderes, as máfias de sempre reorganizaram-se e estão legalizando o roubo, os privilégios e a corrupção. Refém das suspeitas que cercam o senador Flavio Bolsonaro, o presidente Jair aliou-se ao que há de mais degradado na vida pública brasileira. Os militares saíram do Palácio do Planalto e o ministro Sérgio Moro apenas analisa o melhor momento de deixar o governo.

    Fragilizado e fragilizando-se, o presidente Bolsonaro, tão logo veja aprovadas as reformas da previdência e  tributária, terá diante de si um grande movimento para paralisa-lo ou mesmo tira-lo do poder. O cenário Internacional lhe é crescentemente adverso. Depois da sua anunciada ida à ONU – uma presença protocolar – certamente restará recluso em Brasília. Mesmo que, a passos lentos e imprecisos, a macroeconomia sinta-se confortável, o mesmo não poderemos dizer da nossa classe média, em franca decadência e empobrecimento, e de uma população de desempregados, subempregado e desalentados em expansão.

     É importante notar que o País continua sendo escravizado pelos bancos, que tungam 47% do PIB do País – cifra omitida e escondida pela mídia adestrada. É também verdade que a propalada abertura da nossa economia saiu da pauta do ministro Paulo Guedes. Privatizar a máquina pública, a saúde e a educação é no que se resume, até agora, a anunciada “grande mudança na nossa economia”. Patinamos na mesmice ostentando mediocridades e maus modos. Medíocres estávamos, medíocres, parece, estamos condenados a permanecer!

    Nada sugere que essa marcha da decadência venha  a ser interrompida. Não temos cidadania, líderes, vozes ou propostas claras e descentes. Nossa “elite” – prima à black tie do Bolsonaro – é igualmente tosca e vulgar. Escravocrata e colonizada, jamais enxergou o Brasil como uma Nação. Antes como um celeiro a ser extorquido, humilhado e destruído.

    e-mail: [email protected]

                                                              


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