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- Contato Brasil, 28 de março de 2024 13:41:08
(Brasília-DF) Já vencemos dois terços do polêmico mês de agosto. Nunca duvidem da força do oitavo mês do ano, mas o mundo inteiro está assustado com uma possível grave redução do crescimento da economia mundial. Na verdade, há um receio de recessão. A possibilidade de mudança de comando na Argentina gerou uma especulação planetária sobre essa possibilidade.
No Brasil, chama atenção nesta semana a reunião dos governadores nordestinos em Teresina, no Piauí. Ora bolas, essa turma se reúne há meses seguidos o que há demais nisso?! Os governadores nordestinos vão ajustar mais ainda o consórcio de ações entre os estados, mas dessa vez eles vão dar corpo à montagem de escritórios de ações conjuntas tanto na Europa como na China.
No dia seguinte, todos eles vão participar do primeiro evento da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) no Nordeste,, o “Abdib Fórum Infraestrutura Regional”. Essa turma vai discutir saneamento básico, securitização das dívidas tributárias, mobilidade urbana e mudanças na Lei Geral de Telecomunicações.
Os grandes empresários brasileiros sabem que os grandes estados do Nordeste – Bahia, Ceará, Pernambuco -, e os ousados, como no caso do Piauí e Maranhão - já decidiram que devem conduzir uma nova política de desenvolvimento regional sem a poupança do Governo Federal e sem guerra fiscal. Eles sabem que esse tempo passou, por diversas razões, que será motivo para outra coluna.
Esses grandes empresários que sabem do baque que a Lava Jato gerou em alguns de seus parceiros, não poderão enfrentar o dissabor de serem atropelados pelo que poderá vir de fora.
O Governo Bolsonaro, na figura do Presidente da República e não de todo o governo, saliente-se( basta ver a simpatia que o VP Hamilton Mourão tem com a China) , já deixou claro que seu parceiro preferencial será os Estados Unidos. A Europa e a China não vão precisar do Governo Federal para montar ações de parceria nos estados do Nordeste, que viram que a política liberal da política econômica do ministro Paulo Guedes não tem como ser contra ao que eles pretendem fazer.
Os nove estados nordestinos são os que mais sofreram com a recessão econômica dos piores anos do governo petista de Dilma Rousseff. Eles continuam sendo os que mais sofrem com o desemprego, basta ver os números mais recentes. Sabem que não vão poder contar com o Governo Bolsonaro, que decidiu secar os recursos do BNDES e o Banco do Nordeste poderá perder parte dos seus recursos usados tradicionalmente para o desenvolvimento para serem direcionados à infraestrutura, contra sua tradição.
O Presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, não tende a ofertar muita coisa ao Brasil até ser reeleito, se o fizer, pois sua postura antiglobalização, especialmente para seu público interno – não tende a derrubar grande barreiras. Há muitas dúvidas se a possível gestão do ainda deputado Eduardo Bolsonaro na Embaixada do Brasil em Washington(EUA), confirmando-se sua indicação pelo Senado Federal – trará bons resultados econômicos. Imagina-se que o filho 03 possa fazer algo na política, menos na economia.
Essa estratagema dos governadores nordestinos, observada pelos grandes players da infraestrutura nacional nos leva a crer que se o Governo Federal e sua gestão política estavam achando que iriam obrigar que os gestores mais arredios às ideias do Presidente da República, na região onde nasceu o Brasil, poderiam ficar a reboque de humores arredios podem começar a revisar estratégias.
A política é uma atividade humana excepcional, que nos surpreende quando menos esperamos dela.
Boa semana a todos!
Por Genésio Araújo Jr, jornalista
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