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  • Contato Brasil, 23 de abril de 2024 03:29:58
Genésio Jr.
  • 10/02/2019 14h17

    Quem disse que o PSDB estava morto?!

    PSDFB não cresceu de tamanho, mas de conceito

    Tasso Jereissati e Roberto Rocha podem dar protagonismo ao Nordeste(Foto: Atual 7)

    (Brasília-DF) Assunto não falta para começar a cuidar desses primeiro decêndio de fevereiro, quando todos os poderes da República estão funcionando.

    Temos a pressão que o Judiciário faz e sofre, com o caso da fiscalização estranha feita por setores da Receita Federal contra o mais polêmico dos ministros do Supremo, Gilmar Mendes, vimos a mudança de comando no Congresso com o fortalecimento de uns, o enfraquecimento de outros, o processo por qual passa o PSL, partido do Presidente da República , e, sem dúvida, a ausência de Jair Bolsonaro do dia-a-dia de Brasília.

    Em meio a tudo isso, vimos algumas situações importantes que revelam que a tal da nova política tem muito para enfrentar.

    Existem camadas importantes da sociedade que pedem e creem que isso é irrefreável. Alguns acreditam que isso se dê com uma mudança geral e outros avaliam que é possível obrigar uma mudanças de hábitos dos já estabelecidos.   Como o Presidente da República é um nome veterano da velha política, por lá andou por muito tempo, migrando de grupo a grupo de acordo com suas conveniências nacionais e regional  - é natural imaginar que os que desejam começar tudo da terra crua não terão êxito em suas pretensões.

    Frente a isso, além do velho PFL, agora Democratas, que está mandando ao comandar as duas Casas Legislativas, tendo três ministérios importantes do novo governo, temos a evidência de que os tucanos do PSDB passaram a ser um dos grandes jogadores da cena política.

    O PSDB não ganhou mais deputados e senadores. Na Câmara, a eleição de outubro  2018 não lhe foi favorável. No Senado Federal, não vimos novos membros se filiando ao partido, então, por qual razão o PSDB passou a ser um grande jogador?

    O PSDB montou com o cada vez mais robusto Podemos, de Álvaro Dias, o PSL de Major Olímpio, um dos maiores blocos partidários no Senado Federal. O senador Davi Alcolumbre(DEM-AP) concede a senadores desses grupo a maioria de seus apoiadores definitivos para sua eleição.

    O senador Tasso Jereissati(PSDB-CE) foi um dos primeiros a renunciar em favor de Alcolumbre - alguns creem, firmemente, que sua posição de “principal rival” de Renan Calheiros(MDB-AL), no início da campanha pelo comando do Senado, nunca foi real. Calheiros se deixou levar quando o principal rival era, efetivamente, Alcolumbre.

    O PSDB numa ação feita em grande parte pelo senador Roberto Rocha(PSDB-MA, agora líder do partido  naquela Casa, e muito presente no plenário do Senado nos momentos de grande embate nesses dias iniciais de Congresso – trabalhou para a montagem do bloco com o Podemos, articulou que o PSDB ajudasse Alcolumbre a pacificar o Senado ao abrir mão do comando da Comissão de Constituição e Justiça para o magoado MDB e de quebra bancou o senador Antônio Anastasia(PSDB-MG) para funcionar como primeiro vice presidente do Senado, o que dará tranquilidade para o jovem presidente do Senado, em momentos que precisar se ausentar.

    O PSDB sem crescer de tamanho, cresceu de conceito dentro do Congresso e perante o Palácio do Planalto.

    O Presidente Jair Bolsonaro sabe que não pode contar muito com o seu PSL, não deve dar poder total ao Democratas e vê no avanço do PSDB um outro braço para atuar e fazer seu governo andar, além da boa expectativa que existe junto aos agentes econômicos e o temor que os filhos boquirrotos lhe causam a todo momento.

    Para o Nordeste, visto sem protagonismo nesses primeiros dias de 2019, os tucanos Jereissati e Rocha podem acabar virando uma lufada para os interesses da região.

    Por Genésio Araújo Jr, jornalista

    Email: [email protected]


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