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Genésio Jr.
  • 10/12/2017 14h55

    Não tem nada resolvido!

    Geraldo Alckmin chega a um posto que muitos achavam um problemão. Administrar a sua própria sucessão em São Paulo e se credenciar para ser um presidenciável respeitável em condições de chegar a um provável segundo turno

    Arthur Virgílio quer enfrentar Geraldo Alckmin ( Foto: blog do Adolfo)

    (Brasília-DF) O PSDB como já era esperado escolheu o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para ser o seu presidente nacional após se iniciar uma disputa entre o senador cearense Tasso Jereissati e o governador do Goiás, Marconi Perillo. Assume um partido dividido entre apoiar o Governo que veio do Impeachment e tomar um caminho independente.

    Geraldo Alckmin chega a um posto que muitos achavam um problemão.  Administrar a sua própria sucessão em São Paulo e se credenciar para ser um presidenciável respeitável em condições de chegar a um provável segundo turno.  Alckmin já foi candidato a Presidente. Chegou a um segundo turno contra Lula em 2006, mas que ficou marcado por ter acabado a disputa com menos votos que teve no primeiro turno.

    Não vai ser fácil a caminhada do governador paulista. Ele terá que enfrentar uma prévia contra o prefeito de Manaus, Arthur Vírgílio Neto.  Apuramos que ambos tiveram uma discussão dura no final da manhã-início da tarde de sexta-feira,08, num gabinete de um senador nordestino.  Alckmin não quer essa disputa. Ele sabe que já terá muitas dificuldades para unir os tucanos, administrar os governistas e os chamados “cabeças pretas”. Tem contra si o fato de ser a antítese dos políticos que hoje estão protagonizando as pesquisas pré-eleitorais – o ex-presidente Lula e o deputado Jair Bolsonaro.

    Alckmin se as prévias forem para valer, e vai ser difícil detê-las, enfrentará um tucano famoso por adorar enfrentamentos.  Arthur Virgílio vem das esquerdas e adora guerrear. Foi assim contra Lula como líder tucano e das oposições até perder sua reeleição ao Senado, em 2010. Virgílio adora embates e não é um arrivista como o prefeito de São Paulo, João Dória. 

    A classe política nordestina, pragmática como é, faz acenos e acordos com os que estão em destaque, mas sabe que pode aguardar para ver como o Governo Temer vai estar mais adiante, porém conta com o Governo Federal para ajudar com a reeleição dos seus deputados e senadores. Não é hora de apressar mais que a prudência recomenda.  Em tese, entre Alckmin e Virgílio, o governador paulista apesar da fala mansa soa mais forte, no entanto a retórica do prefeito de Manaus não pode ser desprezada. 

    O ex-senador sabe bater como poucos, é um craque da verborragia que anima eleitorados nordestinos afeitos ao teatro do palanque. Ele está mais próximo à polarização Lula-Bolsonaro. Já disse, para surpresa de alguns, que recusaria certos apoios.  Em política eleitoral se costuma dizer que água suja é que enche rios. Basta ver Lula unidos golpeados e golpistas para desespero dos adoradores da alijada Dilma Rousseff. O auto propalado outsider Jair Bolsonaro faz acenos ao mercado e aos que defendem o desenvolvimento pelo Estado.

    Se preparem, muita coisa há de acontecer. Nada está resolvido.  

    Por Genésio Araújo Jr, jornalista

    Email: [email protected]


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