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Genésio Jr.
  • 02/07/2017 13h21

    Temer ganha, Janot perde, a sociedade aguarda

    O final de junho foi marcado pelas 'Portas da Esperança’ que foram as decisões da Justiça, do Supremo Tribunal Federal, em liberarem o senador Aécio Neves, o ex-assessor do Presidente Temer, Rocha Loures, e a ex-banqueira, ainda da época do Mensalão, Kát

    Rodrigo Janot e Michel Temer, mais um round pela frente( Foto: montagem internet)

    (Brasília-DF)  Terminamos o mês das Festas Juninas com muito pular de fogueiras e estourar de fogos!  Aqui em Brasília, de forte influência nordestina, se acostumou a falar de Santo Antônio, São João e São Pedro até meados de agosto! Aqui, se adora festas em torno de fogueiras.  Nas redes sociais, e entre os piadistas, se brinca dizendo que não se faria festas na Granja do Torto pois a quadrilha estaria toda presa!

    O final de junho foi marcado pelas  'Portas da Esperança’ que foram as decisões da Justiça, do Supremo Tribunal Federal, em liberarem o senador Aécio Neves, o ex-assessor do Presidente Temer, Rocha Loures, e a ex-banqueira, ainda da época do Mensalão, Kátia Rabello.

    A declaração do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, em evento da associação dos jornalistas investigativos de que não vai parar de atuar até 17 de setembro, quando regimentalmente haverá um novo PGR, foi visto por muitos como um indicativo, efetivo e não especulatório, de que a disputa entre os poderes será acirrada até a chegada da primavera. 

    Existem muitas especulações sobre a importância das decisões tomadas e a postura do PGR.  O meio político viu as decisões do Supremo como uma derrota da PGR, o que abriria caminho para um possível convívio com a clara divisão de poder que existe dentro do Supremo Tribunal Federal. 

    A possibilidade do Senado Federal, ainda neste semestre legislativo, aprovar a indicação de Raquel Dodge para a PGR faria com que Janot funcionasse como uma das cabeças da mitológica Hydra para o seu público interno. Seriam, provavelmente, 45 dias com um PGR convivendo com um outro PGR. Expectativa de poder, com perda de poder.

    Durante todo o mês de julho, pelo menos até o recesso parlamentar, agora mais palpável, muito vai se articular sobre essa arrumação toda. Em tese, com a possibilidade do senador Aécio Neves voltar a fazer política a articulação em favor do Presidente Michel Temer ganha força, assim como a própria situação que agora tem Rocha Loures. A semana que passou prometia ser a mais difícil a ser enfrentada por Michel Temer após as revelações sobre a conversa noturna naquele 17 de maio de 2017.  Acabou não sendo tudo isso que se imaginava.

    O Presidente Michel Temer pulou uma fogueira gigante e o estourar de bombas acabou lhe sendo favorável, mas nada garante que permanecerá sendo assim. Não podemos esquecer que agosto tem um força quase atávica na política brasileira. Não custa lembrar que foi em agosto que Getúlio Vargas se matou no Palácio do Catete, foi em agosto que Juscelino Kubstichek morreu num acidade de carro na Via Dutra, e foi em agosto que  saiu o impeachment definitivo da Ex-Presidenta Dilma Rousseff.

    Janot vai enfrentar revelações sobre sua atuação nos próximos dias, vai encarar as críticas sobre as flechas enquanto houver bambu(sic) contra políticos e um sociedade que, agora, tem muitas dúvidas sobre como a Justiça vai atuar.  O Presidente Temer não deve comemorar, pois há que enfrentar a primeira denúncia que poderá chegar ao Plenário da Câmara, em breve.

    Começamos julho com o sentimento que Temer saiu ganhando e que Janot acabou perdendo. A sociedade parece não ganhar e nem perder nisso. Assustada com o que vê, torce, ao menos, que a economia não pare e que o crescimento econômico venha, mesmo que sob um governo que ela não tolera!

    Por Genésio Araújo Jr, jornalista

    e-mail: [email protected]


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