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  • Contato Brasil, 23 de abril de 2024 13:56:00
Genésio Jr.
  • 26/02/2017 17h23

    Agora vai!

    A pauta nordestina ganha uma dimensão severa e pode ser determinante para o futuro próximo, 2018.

    (Brasília-DF)  O ano sempre começa depois do Carnaval, porém neste 2017 não foi assim. Não tem sido fácil lidar com essas contradições sobre avanços na área econômica e nada de novo na questão política. As novas revelações sobre recursos da Oderbrecht para o PMDB que envolvem o ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o próprio Presidente Michel Temer vão marcar os dias seguintes à Quarta-feira de Cinzas, porém existem outras questões.

    Existe uma sensação que apesar das dificuldades teremos um ano de vida parlamentar com toda a sua natural dinâmica, que foi aprisionada entre 2015 e 2016 com o comando de Eduardo Cunha e Renan Calheiros nas Casas Legislativas tendo que lidar com o erros em série da então Presidenta Dilma Rousseff.

    A pauta nordestina ganha uma dimensão severa e pode ser determinante para o futuro próximo, 2018.

    A crise no Nordeste é muito grave. Os três grandes estados do Nordeste – Bahia, Pernambuco, e Ceará – sofrem um grande impacto. Os emergentes na região, como o Rio Grande do Norte, Maranhão, Piauí e Alagoas, vêm sofrendo muito; Paraíba e Sergipe nem se fala.  Existe uma grande saudade dos melhores anos do início da década. 

    Não por acaso, o ministério do Governo Temer é recheado de nordestinos, especialmente pernambucanos. O “Ministério do Nordeste”, como é conhecido o Ministério da Integração Nacional, é ocupado por um nortista mas que está em sintonia fina com as tendências nordestinas. O segundo maior banco público do Brasil, a Caixa Econômica(CEF) tem influência muito forte de nordestinos, face a divisão de poder imposta por este governo.

    O Presidente Michel Temer já disseminou no Governo que deseja dar consistência nas ações voltadas para recursos hídricos. Sabe ele que a marca da Transposição do São Francisco tem que ser efetivada.

    É necessário que este governo com sua ampla formação parlamentar coloque para andar a efetiva reformulação do Dnocs, que está na Câmara Federal há anos e que não foi para frente por completa antipatia que o governo anterior tinha pela instituição, e que fortaleceu a Codevasf face aos interesses baianos, mas que por outro lado não amarrou a questão do controle do Canal da Transposição que surgirá, em breve, com a inauguração do Eixo Norte da obra. Essa questão pode gerar uma verdadeira briga de poder na Esplanada que tem influência direta com o futuro do Nordeste.

    É necessário se pensar como será feito o financiamento do desenvolvimento para o Nordeste a partir do novo perfil hídrico.  Os bancos públicos vão dar conta? Como ajustar a presença do financiamento externo para o desenvolvimento? O BNDES terá esse novo papel!?

    Essa discussão passa por um entendimento entre ações parlamentares, através da Bancada do Nordeste, e o Palácio do Planalto. Isso tem que ser feito logo, pois a agenda do desenvolvimento irá se projetar sobre o jogo do poder nacional, em breve. Os políticos, os agentes econômicos, públicos, como um todo, e a sociedade vão ser confrontados com novos parâmetros.

    Não é de bom juízo deixar de reconhecer, que nas últimas eleições presidenciais o Nordeste tem sido fundamental para escolher os presidentes da República.

    Parece tudo velho no Brasil, mas o Nordeste pode virar algo novo!

    Um bom mês de março a todos!

    Por Genésio Araújo jr, jornalista

    Email: [email protected]


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